União Europeia libera “socorro” bilionário para os bancos na Grécia
A União Europeia acaba de anunciar a “liberação” de um pacote de ajuda de 109 bilhões de euros para a Grécia. Este valor está voltado a socorrer os bancos estrangeiros que dominam o mercado financeiro do país, evitando que o governo “socialista” fosse obrigado a decretar a moratória da dívida. Em resumo, depois das derrotas sofridas pelos trabalhadores gregos, com a aprovação do plano de ajuste e a confirmação de Papandreu a frente do governo, as potências imperialistas, via o BCE e o FMI, trataram de garantir a espoliação do país pelos banqueiros parasitas.
A ofensiva do capital tem deixado a Grécia de joelhos com o brutal corte de salários e ataques as conquistas. Essa realidade é a demonstração que o aprofundamento da crise econômica capitalista advinda do crash financeiro não abriu uma “etapa de revoluções” como alardeava a esquerda revisionista, mas um período de recrudescimento das investidas contra os trabalhadores, expressas no plano político no fortalecimento dos partidos de direita e extrema direita no velho mundo, enquanto os “socialistas” seguem aplicando os planos de ajuste onde governam, como no caso da Grécia.
Por mais radicalizadas que tenham sido as diversas greves gerais na Grécia, a luta nas ruas e praças, além de ter um caráter defensivo, esteve limitada a pressionar o governo do PS e o parlamento burguês por um recuo na aplicação das medidas ditadas pelos capitalistas (nativos e forasteiros) sem que as direções sindicais e o KKE tenham publicitado a derrubada de Papandreu pela via da ação revolucionária direta dos trabalhadores. O cínico socorro aos bancos por parte da UE é uma prova cabal da derrota sofrida pelas massas, que somente poderão reverter esse quadro dramático através da construção de uma direção genuinamente comunista que aponte uma alternativa de poder dos trabalhadores sobre os escombros das corruptas instituições do regime capitalista.