quarta-feira, 27 de julho de 2011

Hyundai e Eike Batista anunciam megaprojeto no Rio, sob as bênçãos e benesses de Sérgio “Caveirão”

Avança a passos largos o projeto, levado a cabo pela frente popular, de potenciar o estado do Rio de Janeiro como o pólo industrial mais avançado do país. Após a Petrobras anunciar corte nos planos de investimentos em construções de novas refinarias no país, deixando o projeto da megarrefinaria de petróleo em Campos praticamente intacto e como prioridade nacional da estatal, a multinacional Hyundai anunciou a decisão de construir uma fábrica de veículos pesados (destinados à indústria de infraestrutura, mineração e construção civil) na cidade de Itatiaia, interior do Rio de Janeiro. O empreendimento contará, é claro, com a “ajuda” generosa da CODIN (Companhia de Desenvolvimento Industrial do RJ), controlada pelo governador Sérgio Cabral.

A mão do bilionário Eike Batista não poderia estar de fora deste negócio, que criou uma empresa (BMC) para se associar a Hyundai nesta empreitada. Os planos de burguês “emergente” Eike com a Hyundai vão bem mais além desta fábrica em Itatiaia, incluindo a construção do maior estaleiro do mundo em Porto Açu também no interior Fluminense. Por sinal, no complexo industrial de Porto Açu, Eike pretende aglutinar além do estaleiro, uma megassiderúrgica, sua refinaria “prive” e posteriormente seu maior “sonho nacionalista”, ou seja uma montadora de veículos automotivos com sua própria marca para o mundo.

Com toda esta soberba “visionária” Eike atraiu o apoio do governo Lula para “bancar” seus investimentos, ao mesmo tempo a frente popular teve como objetivo sedimentar um novo setor de grandes capitalistas fiéis aliados políticos ao seu projeto de colaboração de classes. O pano de fundo “escolhido” para este cenário foi o estado do Rio de Janeiro, sendo beneficiado com o maior pólo petroquímico do Brasil, uma Copa do Mundo e nada menos que os Jogos Olímpicos mundiais. O gerente local deste “projeto”, Sérgio “caveirão”, agradece tanta “fartura” em sua horta intensificando a repressão a população pobre e negra, e presenteando a ascendente burguesia carioca com mais “incentivos” fiscais.

O proletariado não pode cair no canto de sereia da “luta em comum” com os capitalistas, contra a desindustrialização do país, como atualmente fazem a CUT e CTB, promovendo marchas com a federações patronais. Os novos investimentos industriais, como os que hoje estão em curso no RJ têm como objetivo a acumulação capitalista concentrada em meia dúzia de “emergentes” burgueses, simpáticos a um modelo político de governo da colaboração de classes. O combate por uma plataforma transitória de reivindicações proletárias mantém toda sua atualidade em uma época marcada pelo “policlassismo” e ausência de uma perspectiva revolucionária.