sexta-feira, 26 de abril de 2019

1º DE MAIO UNIFICADO DAS CENTRAIS SINDICAIS: NADA DE LUTA E GREVE GERAL, SÓ “LIXO CULTURAL” E PARALISIA POLÍTICA... COM ESSA ORIENTAÇÃO DESPOLITIZADA NÃO DERROTAMOS AS REFORMAS DO “MERCADO” E O GOVERNO FASCISTA BOLSONARO!


O conjunto da burocracia sindical vem convocando atos unificados de 1º de Maio em São Paulo e em todas as capitais do país. Nas reuniões preparatórias a cúpula das centrais (CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, CTB, UGT, CSB, CGTB, Nova Central, Intersindical) decidiu não convocar a Greve Geral para derrotar a reforma neoliberal do governo Bolsonaro, não marcar qualquer data pelo menos para sinalizar que o movimento operário vai lutar de verdade contra o ataque brutal que os rentistas exigem que seja imposta imediatamente. As centrais se limitaram a lançar o chamado vazio “Em defesa dos direitos dos trabalhadores” sem apontar nenhuma medida concreta de luta. Ao contrário, o cartaz do ato de 1º de Maio de SP não passa de convocatória para um show de música sertaneja de péssima qualidade, com representantes típicos desse “lixo cultural”, duplas mercenárias bancadas pelas gravadoras como Simone e Simaria, Maiara e Maraísa... Os sindicalistas revolucionários da LBI alertam que com essa política de sabotagem das lutas e despolitização dos trabalhadores não se derrota a investida do grande capital e seu gerente fascista contra os explorados, não é essa a unidade que almejamos! A Conlutas, por sua vez, está eufórica saudando a “unidade histórica de todas as centrais sindicais”, declarando em seu site que “O 1° de Maio este ano no Brasil será histórico. Diante do brutal ataque aos trabalhadores que representa a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, as centrais sindicais brasileiras estão organizando atos unificados no país... Em São Paulo, o evento terá início às 10h, com apresentações artísticas e culturais”. Espertamente, chegou a lançar um micro-comunicado de poucas linhas a “boca miúda” no Face dizendo “Não temos acordo com esse formato do panfleto, seja pelo estilo exageradamente de ‘show’, seja por reproduzir um viés machista”. O fato desse “comunicado” não constar sequer em sua página oficial na internet demonstra que a Conlutas e o PSTU não desejam enfrentar a política traidora e despolitizada da burocracia sindical, com essa manobra covarde para “consumo interno” suas direções visam apenas “calar a boca” de meia dúzia de militantes descontentes dentro do partido que perceberam o óbvio caráter traidor dessa “unidade”. Fica evidente que as centrais sindicais apostam suas fichas no lobby parlamentar no corrupto Congresso Nacional, alimentando ilusões que os trabalhadores podem derrotar a proposta do Planalto pressionando deputados e senadores, cuja esmagadora maioria está comprometida com os planos da burguesia e do imperialismo de liquidar a previdência pública, acabar com o direito da aposentadoria e pensões, dando um verdadeiro “Deus lhe pague” para o povo. A “ala esquerda” da Frente Popular (PSOL e PSTU) embarcou de cabeça nesse engodo. Em nome da “unidade” vem subordinando seus aparatos sindicais (Conlutas, Intersindical) a política de colaboração de classes do PT, PCdoB, CUT, que por sua vez cedem cada vez mais a política da Força Sindical, UGT, ou seja, da máfia sindical ligada diretamente a burguesia que aceita que passe o grosso da proposta do governo, “opondo-se” apenas a seus aspectos mais brutais e menos importantes, como inclusive vem atuando o “Centrão” no parlamento. Paulinho da Força é o porta-voz dessa ala, o mesmo que estará como figura de proa o “1º de Maio unificado”. A LBI alerta que essa “unidade” longe de ser um ponto de apoio para a luta direta dos trabalhadores é um freio para uma mobilização radicalizada e para a construção imediata de uma verdadeira Greve Geral desde as bases operárias e populares, com piquetes e que paralise a produção, tendo os trabalhadores do campo com suas ocupações de terra e os sem-teto nas cidades como aliados. Intervimos nesse 1º de Maio com um eixo político oposto ao do conjunto da burocracia sindical, defendemos a convocação imediata da Greve Geral, com a assembleias de base nos locais de trabalho, estudo e moradia, no campo e na cidade, a fim de construir uma poderosa mobilização classista para derrotar os planos do fascista Bolsonaro e do parlamento, ambos capachos da burguesia e do imperialismo!