100 DIAS DO GOVERNO BOLSONARO: ENQUANTO A ESQUERDA PATROCINA
O IMPRESSIONISMO VULGAR QUE O FASCISTA “BALANÇA MAS NÃO CAI”, SUA GERÊNCIA
ULTRANEOLIBERAL SEGUE FIRME NA OFENSIVA CONTRA O PROLETARIADO TENDO O APOIO DA REDE GLOBO E CASA BRANCA
A Frente Popular capitaneada pelo PT e a blogosfera
“progressista” não se cansam de patrocinar a miragem que o governo do fascista
Bolsonaro está imerso em uma crise tão profunda que estaria prestes a “cair de
podre”. Por essa linha de raciocínio estaríamos presenciando o “início do fim”
prematuro do governo Bolsonaro em função de suas próprias “patetadas” assim
como das "lambanças" de seu ministério. Por essa “lógica” as mobilizações populares “em banho
maria” devem desgastar o governo com vista a um desenlace eleitoral de um
futuro breve que beneficie o PT e o PSOL, melhor ainda seria para esses
ilusionistas os dois juntos em uma coalizão de “centro-esquerda”. A
realidade não corresponde aos desejos do arco socialdemocrata. É fato que
Bolsonaro é um fascista que não comanda seu próprio governo, o falso “capitão” compõe um Triunvirato neoliberal, do qual o “justiceiro Moro” é parte-mor integrante e vem sedimentando um regime de exceção no país sob as ordens do Pentágono. O chefe da
“República de Curitiba” aliado aos rentistas representados no gabinete por
Paulo Guedes ditam as diretrizes centrais da gestão burguesa ultraneoliberal em curso. O regime de
exceção atual não é uma “mera” continuidade do regime golpista de Temer, é uma
guinada a extrema-direita do conjunto das instituições burguesas que vem se aprofundando, como vimos no alinhamento automático com Trump no caso da Venezuela e Israel, na gestão nazista no MEC e no pacote reacionário de Moro que libera o “direito de matar”
pobres por parte da Polícia e o Exército como acabamos de ver no Rio de
Janeiro. O patético Bolsonaro será mantido firme enquanto a burguesia nacional
subserviente (Famiglia Marinho à cabeça) ao imperialismo (Casa Branca) assim
desejarem, o que passa por lhe conferir a estabilidade política necessária para
aprovar a reforma neoliberal da previdência e levar a cabo a liquidação da
Petrobras. Esse “tempo” de governabilidade está plenamente garantido para
Bolsonaro, um quadro que somente poderia ser alterado com a entrada em cena do
movimento operário organizado em luta direta contra o governo e o parlamento,
uma orientação política que vem sendo sabotada pelo PT, PCdoB, CUT, UNE e
MST... além do próprio PSOL. Quando se completam os 100 dias do governo
Bolsonaro, a Rede Globo saiu a “comemorar” que o fascista vem “cumprindo o que
prometeu” em um apoio explícito a sua gestão, calando a boca dos tolos e da
esquerda domesticada que já consideravam o clã Marinho como um “aliado tático”
contra Bolsonaro. Ao contrário desses impressionistas vulgares de “esquerda”
que não se movem por uma estratégia de classe e vendem a farsa que o governo
está prestes a cair, a burguesia e o imperialismo vão sustentar Bolsonaro até
que ele faça todo serviço sujo, tendo Moro e Guedes como os verdadeiros
timoneiros dessa gerência neoliberal. Sem a intervenção política revolucionária
da vanguarda operária, o desenlace da gestão bolsonarista pode ser um
retrocesso político ainda maior do que presenciamos, seguindo o famoso conselho
popular do “sempre pode piorar”. Como nos ensinaram os mestres Marx e Lênin,
um governo burguês mesmo em crise (dos de cima) só vem abaixo e abre uma
perspectiva progressista para o proletariado (os de baixo) com a ação
independente de nossa classe munida de um programa de luta... fora disso é tudo
ilusão!