quarta-feira, 10 de abril de 2019

100 DIAS DO GOVERNO BOLSONARO: ENQUANTO A ESQUERDA PATROCINA O IMPRESSIONISMO VULGAR QUE O FASCISTA “BALANÇA MAS NÃO CAI”, SUA GERÊNCIA ULTRANEOLIBERAL SEGUE FIRME NA OFENSIVA CONTRA O PROLETARIADO TENDO O APOIO DA REDE GLOBO E CASA BRANCA


A Frente Popular capitaneada pelo PT e a blogosfera “progressista” não se cansam de patrocinar a miragem que o governo do fascista Bolsonaro está imerso em uma crise tão profunda que estaria prestes a “cair de podre”. Por essa linha de raciocínio estaríamos presenciando o “início do fim” prematuro do governo Bolsonaro em função de suas próprias “patetadas” assim como das "lambanças" de seu ministério. Por essa “lógica” as mobilizações populares “em banho maria” devem desgastar o governo com vista a um desenlace eleitoral de um futuro breve que beneficie o PT e o PSOL, melhor ainda seria para esses ilusionistas os dois juntos em uma coalizão de “centro-esquerda”. A realidade não corresponde aos desejos do arco socialdemocrata. É fato que Bolsonaro é um fascista que não comanda seu próprio governo, o falso “capitão” compõe um Triunvirato neoliberal, do qual o “justiceiro Moro” é parte-mor integrante e vem sedimentando um regime de exceção no país sob as ordens do Pentágono. O chefe da “República de Curitiba” aliado aos rentistas representados no gabinete por Paulo Guedes ditam as diretrizes centrais da gestão burguesa ultraneoliberal em curso. O regime de exceção atual não é uma “mera” continuidade do regime golpista de Temer, é uma guinada a extrema-direita do conjunto das instituições burguesas que vem se aprofundando, como vimos no alinhamento automático com Trump no caso da Venezuela e Israel, na gestão nazista no MEC e no pacote reacionário de Moro que libera o “direito de matar” pobres por parte da Polícia e o Exército como acabamos de ver no Rio de Janeiro. O patético Bolsonaro será mantido firme enquanto a burguesia nacional subserviente (Famiglia Marinho à cabeça) ao imperialismo (Casa Branca) assim desejarem, o que passa por lhe conferir a estabilidade política necessária para aprovar a reforma neoliberal da previdência e levar a cabo a liquidação da Petrobras. Esse “tempo” de governabilidade está plenamente garantido para Bolsonaro, um quadro que somente poderia ser alterado com a entrada em cena do movimento operário organizado em luta direta contra o governo e o parlamento, uma orientação política que vem sendo sabotada pelo PT, PCdoB, CUT, UNE e MST... além do próprio PSOL. Quando se completam os 100 dias do governo Bolsonaro, a Rede Globo saiu a “comemorar” que o fascista vem “cumprindo o que prometeu” em um apoio explícito a sua gestão, calando a boca dos tolos e da esquerda domesticada que já consideravam o clã Marinho como um “aliado tático” contra Bolsonaro. Ao contrário desses impressionistas vulgares de “esquerda” que não se movem por uma estratégia de classe e vendem a farsa que o governo está prestes a cair, a burguesia e o imperialismo vão sustentar Bolsonaro até que ele faça todo serviço sujo, tendo Moro e Guedes como os verdadeiros timoneiros dessa gerência neoliberal. Sem a intervenção política revolucionária da vanguarda operária, o desenlace da gestão bolsonarista pode ser um retrocesso político ainda maior do que presenciamos, seguindo o famoso conselho popular do “sempre pode piorar”. Como nos ensinaram os mestres Marx e Lênin, um governo burguês mesmo em crise (dos de cima) só vem abaixo e abre uma perspectiva progressista para o proletariado (os de baixo) com a ação independente de nossa classe munida de um programa de luta... fora disso é tudo ilusão!