DERROTADO NA SÍRIA: “ESTADO ISLÂMICO” LEVA O TERROR PARA SRI
LANKA, ANTIGO CEILÃO
Uma série de explosões em hotéis de luxo para turistas e
igrejas católicas durante a celebração da Páscoa no Sri Lanka deixou
hoje (21/04) pelo menos 207 mortos e 450 feridos, na maior onda de violência já
registrada no país desde o o encerramento da guerra civil que durou 30 anos,
sendo finalizada em 2009. Os atentados terroristas foram registrados na
capital, Colombo, e nas regiões de Katana e Batticaloa, contabilizando oito
explosões. Três igrejas da minoria católica foram alvos dos ataques, que
aconteceram durante as missas de Páscoa. Os hotéis cinco-estrelas Shangri-La,
Kingsbury, Cinnamon Grand e um quarto hotel, todos em Colombo, também foram
atingidos,houve ainda uma explosão num complexo de casas. Autoridades
governamentais no Sri Lanka dizem que os ataques foram planejados e
coordenados, apesar de não terem sido ainda reivindicados por nenhuma
organização política ou militar. Porém é
de conhecimento no país que destacamentos de brigadas do “Estado Islâmico” se deslocaram
massivamente para o Sri Lanka vindo do Oriente Médio, mais precisamente fugindo
da estrondosa derrota que sofreram na Síria. Cerca de 10% da população do Sri
Lanka, antigo Ceilão, é de origem muçulmana. As ações guerrilheiras e atos
terroristas contra as tropas cingalesas (a maioria da população é etnicamente
cingalesa) tem uma longa história no Sri Lanka, duraram três décadas, até que,
derrotados militarmente, os rebeldes da minoria étnica tâmil negociaram um
cessar-fogo com o governo central, encerrando a guerra civil. Mas pelas primeiras
análises da conjuntura nacional recente, tudo aponta que a guerrilha maoísta
não tenha tido nenhuma participação nestes bárbaros ataques. Os Marxistas
Revolucionários não compartilham o método do terrorismo individual, comumente
“confundido” propositalmente pela mídia corporativa com justas ações
guerrilheiras. Neste caso concreto o ataque não corresponde a uma iniciativa
militar ou política da minoria muçulmana, mas sim da organização reacionária e
manipulada pelo imperialismo ianque, o chamado “Estado Islâmico”. O
proletariado cingalês, tâmil e muçulmano deve lutar unido pelos mesmos
objetivos estratégicos no antigo Ceilão, um genuíno governo operário e camponês
em direção ao socialismo!