terça-feira, 9 de abril de 2019

COMITÊS “LULA LIVRE” ENTRE PT E PSOL NÃO SÃO PONTO DE APOIO PARA A LUTA DIRETA CONTRA A OFENSIVA NEOLIBERAL: ESTÃO SUBORDINADOS A ESTRATÉGIA DA FRENTE POPULAR DE CENTRALIDADADE ELEITORAL!


Durante toda esta semana, após a prisão arbitrária de Lula completar 1 ano pelas mãos da “Operação Lava Jato”, vem ocorrendo em todo o país a Jornada “Lula Livre” com o lançamento dos comitês em todos os estados da federação. Nesta quarta-feira, às 14h, haverá um ato político para pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília que adiou o julgamento da ação que poderia libertar Lula, assim como uma manifestação no Largo da Batata em São Paulo. Desgraçamente, o “Lula Livre” organizado pelo PT não passa de uma palavra de ordem oca, demagógica, voltada apenas para cabalar voto e simpatia dos seus eleitores, não está fincada na luta concreta para romper com a legalidade burguesa e combater por fora das regras da democracia dos ricos. Os Marxistas-Leninistas da LBI vêm intervindo em frente única com a mobilização convocada pela Frente Popular nesta semana para exigir da “República de Curitiba” a imediata liberdade de Lula porém sem nutrir nenhuma ilusão na política de colaboração de classes do PT e seus satélites! Ao contrário, nossa política revolucionária é de polemizar abertamente com a orientação do PT e PSOL que vem dirigindo o comando do comitê nacional com uma política de unidade socialdemocrata visando as eleições municipais de 2020 e, fundamentalmente, a disputa presidencial de 2022. Tanto que fizemos essa denúncia “olho no olho” com Guilherme Boulos e Lindberg Farias durante as atividades da jornada, defendendo na polêmica viva, em “carne e osso”, que para libertar Lula do cárcere é preciso impulsionar a luta direta contra a ofensiva neoliberal do governo do fascista Bolsonaro, culminando com a Greve Geral. Nesse sentido, ao participarmos das atividades da Jornada fizemos questão de convocar a militância de base do PT, PSOL e da CUT para somar forças na ação direta pela liberdade de todos os presos políticos deste autocrático regime democrático-burguês e não somente de Lula. A vanguarda da classe operária mesmo não reconhecendo o PT como um partido seu sabe diferenciar seus inimigos principais e seus possíveis aliados circunstanciais, que neste caso se materializa na militância de base do partido e da CUT. Somente a mobilização permanente, com os métodos revolucionários da ação direta do proletariado, será capaz de libertar todos os presos políticos das masmorras do Estado capitalista. Ilusões disseminadas na defesa de em um suposto “Estado de Direito” no quadro desta República dos novos “barões” do capital só servirá para o movimento de massas acumular mais derrotas e retrocessos como estes que estamos assistindo agora, por essa razão nosso eixo político deve ser “Não a condenação de Lula pela farsa da Lava Jato! Superar a política de colaboração de classes do PT!”. Ao mesmo tempo, exigimos a liberdade imediata de todos os presos políticos da democracia dos ricos perseguidos pela repressão estatal burguesa. No sentido oposto da política de patrocinar ilusões nas negociações de bastidores com os ministros do STF e STJ que vão consciente mantendo Lula preso até pelo menos a aprovação da reforma neoliberal da previdência no Senado prevista para o final deste ano, temos claro que Lula somente recuperará suas garantias constitucionais elementares com a derrubada revolucionária do atual regime vigente, o que passa por romper com a paralisia imposta pela Frente Popular!


Marco Queiroz, porta-voz da LBI, polemiza com 
Boulos e Lindbergh no ato "Lula Livre"