COMITÊS “LULA LIVRE” ENTRE PT E PSOL NÃO SÃO PONTO DE APOIO
PARA A LUTA DIRETA CONTRA A OFENSIVA NEOLIBERAL: ESTÃO SUBORDINADOS A
ESTRATÉGIA DA FRENTE POPULAR DE CENTRALIDADADE ELEITORAL!
Durante toda esta semana, após a prisão arbitrária de Lula
completar 1 ano pelas mãos da “Operação Lava Jato”, vem ocorrendo em todo o
país a Jornada “Lula Livre” com o lançamento dos comitês em todos os estados da
federação. Nesta quarta-feira, às 14h, haverá um ato político para pressionar o
Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília que adiou o julgamento da ação que
poderia libertar Lula, assim como uma manifestação no Largo da Batata em São
Paulo. Desgraçamente, o “Lula Livre” organizado pelo PT não passa de uma
palavra de ordem oca, demagógica, voltada apenas para cabalar voto e simpatia
dos seus eleitores, não está fincada na luta concreta para romper com a
legalidade burguesa e combater por fora das regras da democracia dos ricos. Os
Marxistas-Leninistas da LBI vêm intervindo em frente única com a mobilização convocada
pela Frente Popular nesta semana para exigir da “República de Curitiba” a
imediata liberdade de Lula porém sem nutrir nenhuma ilusão na política de
colaboração de classes do PT e seus satélites! Ao contrário, nossa política
revolucionária é de polemizar abertamente com a orientação do PT e PSOL que vem
dirigindo o comando do comitê nacional com uma política de unidade socialdemocrata
visando as eleições municipais de 2020 e, fundamentalmente, a disputa presidencial
de 2022. Tanto que fizemos essa denúncia “olho no olho” com Guilherme Boulos e
Lindberg Farias durante as atividades da jornada, defendendo na polêmica viva,
em “carne e osso”, que para libertar Lula do cárcere é preciso impulsionar a
luta direta contra a ofensiva neoliberal do governo do fascista Bolsonaro,
culminando com a Greve Geral. Nesse sentido, ao participarmos das atividades da
Jornada fizemos questão de convocar a militância de base do PT, PSOL e da CUT
para somar forças na ação direta pela liberdade de todos os presos políticos
deste autocrático regime democrático-burguês e não somente de Lula. A vanguarda
da classe operária mesmo não reconhecendo o PT como um partido seu sabe
diferenciar seus inimigos principais e seus possíveis aliados circunstanciais,
que neste caso se materializa na militância de base do partido e da CUT.
Somente a mobilização permanente, com os métodos revolucionários da ação direta
do proletariado, será capaz de libertar todos os presos políticos das masmorras
do Estado capitalista. Ilusões disseminadas na defesa de em um suposto “Estado
de Direito” no quadro desta República dos novos “barões” do capital só servirá
para o movimento de massas acumular mais derrotas e retrocessos como estes que
estamos assistindo agora, por essa razão nosso eixo político deve ser “Não a
condenação de Lula pela farsa da Lava Jato! Superar a política de colaboração
de classes do PT!”. Ao mesmo tempo, exigimos a liberdade imediata de todos os
presos políticos da democracia dos ricos perseguidos pela repressão estatal
burguesa. No sentido oposto da política de patrocinar ilusões nas negociações
de bastidores com os ministros do STF e STJ que vão consciente mantendo Lula
preso até pelo menos a aprovação da reforma neoliberal da previdência no Senado
prevista para o final deste ano, temos claro que Lula somente recuperará suas
garantias constitucionais elementares com a derrubada revolucionária do atual
regime vigente, o que passa por romper com a paralisia imposta pela Frente
Popular!
Marco Queiroz, porta-voz da LBI, polemiza com Boulos e Lindbergh no ato "Lula Livre" |