O neofascista Jair Bolsonaro recebeu nesta quinta-feira
(04/04) em reuniões fechadas no Palácio do Planalto, presidentes de seis
partidos: Marcos Pereira (PRB), Gilberto Kassab (PSD), Geraldo Alckmin (PSDB),
Ciro Nogueira (PP), Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) e Romero Jucá (MDB), ou
seja toda a cúpula do malfadado “Centrão”, a mesma articulação política que
garantiu ao golpista Temer aprovar toda(ou quase toda, ficou faltando a Reforma
da Previdência) à agenda do ajuste neoliberal exigido pelos rentistas do
mercado financeiro. Os “caciques” do “Centão” afirmaram: “que a Previdência
deve ter novas regras”, um eufemismo para avalizar a destruição da Previdência
Pública, proposta pelo Ministro “thuthuca” Paulo Guedes. Junto todo o Centrão
já garante cerca de 230 votos para o governo neofascista, sem contar os 50
parlamentares do próprio PSL de Bolsonaro e outras bancadas de extrema
direita (BBB). Em síntese, falta muito pouco para os rentistas conseguirem os
2/3 do quórum da Câmara dos Deputados para a alteração da Constituição Federal.
Mas a esquerda reformista que integra a Frente Popular (PT,PSOL e PCdoB) ainda
assim aposta todas suas fichas políticas
na derrota da (contra)Reforma da Previdência na arena do corrompido
Congresso Nacional. Além de não organizarem nenhuma ação concreta do movimento
de massas na efetiva direção estratégica de uma Greve Geral por tempo
indeterminado, a esquerda reformista cria verdadeiras “fábulas políticas”, como
uma suposta ruptura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com a
pauta de “ajuste “ do governo neofascista. Mas o principal e mais perigoso
“conto de fadas” elaborado pela Frente Popular diz respeito a uma iminente
queda do presidente Bolsonaro, que “já teria os seus dias contados” em função
de suas próprias “trapalhadas”. Esta versão é absolutamente “criminosa” do
ponto de vista da luta do proletariado, prega a passividade política do
movimento operário em função da centralidade absoluta das direções reformistas
no palco da institucionalidade burguesa. Para a Frente Popular a prioridade da
conjuntura nacional seria preparar o impeachment do presidente em crise
permanente, ou no mínimo esperar uma fácil vitória eleitoral da esquerda em
2020. Seguindo esta lógica de traição do reformismo a tática mais correta para
derrotar as (contra)reformas é a “presão popular” no parlamento
burguês...relevando para um plano secundário as ações diretas, como a Greve
Geral. Não podemos nos equivocar, apesar da aparente inoperância do governo
neofascista o regime bonapartista de exceção está plenamente ereto e suas
instituições funcionam a “pleno vapor” contra o povo explorado. É hora da
vanguarda classista e combativa do movimento de massas romper com a plataforma
reformista de colaboração de classes da Frente Popular, e que levará
invariavelmente a uma derrota histórica da classe operária, construindo uma
alternativa revolucionária de poder proletário para por abaixo não somente o
atual governo neofascista e suas (contra) reformas, mas sim o conjunto do
regime capitalista da propriedade privada dos meios de produção!