quinta-feira, 4 de abril de 2019

MESMO APÓS O “CENTRÃO” FECHAR SEU APOIO A (CONTRA)REFORMA DA PREVIDÊNCIA: ESQUERDA REFORMISTA QUE INTEGRA A FRENTE POPULAR APOSTA SUAS FICHAS NA DERROTA DA AGENDA NEOLIBERAL NO CAMPO DO CORROMPIDO CONGRESSO NACIONAL...


O neofascista Jair Bolsonaro recebeu nesta quinta-feira (04/04) em reuniões fechadas no Palácio do Planalto, presidentes de seis partidos: Marcos Pereira (PRB), Gilberto Kassab (PSD), Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Nogueira (PP), Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) e Romero Jucá (MDB), ou seja toda a cúpula do malfadado “Centrão”, a mesma articulação política que garantiu ao golpista Temer aprovar toda(ou quase toda, ficou faltando a Reforma da Previdência) à agenda do ajuste neoliberal exigido pelos rentistas do mercado financeiro. Os “caciques” do “Centão” afirmaram: “que a Previdência deve ter novas regras”, um eufemismo para avalizar a destruição da Previdência Pública, proposta pelo Ministro “thuthuca” Paulo Guedes. Junto todo o Centrão já garante cerca de 230 votos para o governo neofascista, sem contar os 50 parlamentares do próprio PSL de Bolsonaro e outras bancadas de extrema direita (BBB). Em síntese, falta muito pouco para os rentistas conseguirem os 2/3 do quórum da Câmara dos Deputados para a alteração da Constituição Federal. Mas a esquerda reformista que integra a Frente Popular (PT,PSOL e PCdoB) ainda assim aposta todas suas fichas políticas  na derrota da (contra)Reforma da Previdência na arena do corrompido Congresso Nacional. Além de não organizarem nenhuma ação concreta do movimento de massas na efetiva direção estratégica de uma Greve Geral por tempo indeterminado, a esquerda reformista cria verdadeiras “fábulas políticas”, como uma suposta ruptura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, com a pauta de “ajuste “ do governo neofascista. Mas o principal e mais perigoso “conto de fadas” elaborado pela Frente Popular diz respeito a uma iminente queda do presidente Bolsonaro, que “já teria os seus dias contados” em função de suas próprias “trapalhadas”. Esta versão é absolutamente “criminosa” do ponto de vista da luta do proletariado, prega a passividade política do movimento operário em função da centralidade absoluta das direções reformistas no palco da institucionalidade burguesa. Para a Frente Popular a prioridade da conjuntura nacional seria preparar o impeachment do presidente em crise permanente, ou no mínimo esperar uma fácil vitória eleitoral da esquerda em 2020. Seguindo esta lógica de traição do reformismo a tática mais correta para derrotar as (contra)reformas é a “presão popular” no parlamento burguês...relevando para um plano secundário as ações diretas, como a Greve Geral. Não podemos nos equivocar, apesar da aparente inoperância do governo neofascista o regime bonapartista de exceção está plenamente ereto e suas instituições funcionam a “pleno vapor” contra o povo explorado. É hora da vanguarda classista e combativa do movimento de massas romper com a plataforma reformista de colaboração de classes da Frente Popular, e que levará invariavelmente a uma derrota histórica da classe operária, construindo uma alternativa revolucionária de poder proletário para por abaixo não somente o atual governo neofascista e suas (contra) reformas, mas sim o conjunto do regime capitalista da propriedade privada dos meios de produção!