O presidente neofascista Jair Bolsonaro acaba de declarar em
um evento público realizado hoje (12/04) na cidade de Macapá que: “O Exército
não matou ninguém, não. O Exército é do povo e não pode acusar o povo de ser
assassino, não. Houve um incidente, uma morte." Para um governo neoliberal
encabeçado por um fascista, o fuzilamento de um trabalhador, preto e pobre, é
apenas um “incidente” e pior ainda cinicamente afirma que nem chegou a provocar
uma vítima fatal. Seguindo a mesma linha já traçada pelo Ministro “justiceiro”
Moro, que caracterizou o covarde fuzilamento de Evaldo Rosas como um
“incidente”, Bolsonaro pretende aprofundar as características bonapartistas do
regime político instaurado após o golpe institucional, tornando os assassinatos
policiais da população pobre e preta das periferias urbanas como uma política
oficial de Estado. O fato das FFAA terem assumido funções legais (GLO)de
polícia de repressão da população na cidade do Rio de Janeiro, desde os
governos Lula, Dilma e Temer, reacendeu na cúpula castrense a determinação de
controle das instituições sociais, a exemplo do que ocorreu após o golpe
militar de 64. A única diferença do passado é que agora o alto comando militar
divide suas “responsabilidades” com a cúpula do judiciário, a chamada “máfia
togada”, alçada à condição de árbitro “supremo” dos litígios interburgueses. No
novo “desenho” do regime bonapartista, coube ao corrompido Congresso Nacional a
tarefa de avalizar institucionalmente a agenda neoliberal imposta pelos
rentistas do mercado financeiro. Neste cenário absolutamente reacionário,
depositar ilusões no movimento de massas em uma possível “mudança por dentro”
do regime vigente, é algo absolutamente inócuo, além de semear a paralisia da
classe operária. Somente a ação direta e revolucionária do proletariado poderá
colocar abaixo este governo fascista e todas as instituições erigidas pelo
regime bonapartista!