terça-feira, 23 de abril de 2019

O QUE REALMENTE ESTÁ POR TRÁS DOS “IMPROPÉRIOS” DE OLAVO DE CARVALHO, ENDOSSADOS POR CARLUXO, CONTRA O GENERAL MOURÃO?


O “filósofo de puteiro” e astrólogo de psicopatas na vida real, Olavo de Carvalho, resolveu baixar todos os níveis possíveis no ataque desferido Hamilton contra o vice presidente, General Mourão. Todos sabem que Olavo é o mentor original do “projeto idiotia nacional”, ainda quando poucos acreditavam na possibilidade de um “baixo clero” desqualificado vir a ocupar o Palácio do Planalto. Nas recentes palavras do próprio fascista Bolsonaro sobre o papel ocupado por seu guru: “Olavo de Carvalho teve um papel considerável na exposição das ideias conservadoras que se contrapuseram à mensagem anacrônica cultuada pela esquerda e que tanto mal fez ao país”. De uma mera figura “exótica” no contexto nacional após o golpe institucional, Olavo assumiu a função política de vocalizar toda a fração mais retrógrada e entreguista do governo Bolsonaro, o que inclui a própria família do ex-capitão fascista. Nesta conjuntura de “guerra aberta” entre as próprias frações reacionárias do novo regime bonapartista, o setor militar vem sendo alvo de grosseiro enxovalhamento por parte do astrólogo Olavo de Carvalho. Até aí o fato seria de menor importância se por trás dos ataques do “guru” não estivesse a “mão” do próprio presidente Bolsonaro e sua família de tresloucados deliquentes. O setor militar do governo, representado pelos generais Heleno e Mourão, ainda nem bem digeriu as indicações ministeriais de Olavo, agora tem que conviver no mesmo “núcleo de poder” com xingamentos e impropérios diários dirigidos a vice-presidência da república. A ira dos “olavetes” contra os militares vem aumentando na medida em que a burguesia nacional ameaça a permanência de Bolsonaro no Planalto caso não consiga aprovar as reformas neoliberais e toda a pauta de privatizações exigidas pelo mercado financeiro. Neste possível cenário de um precoce “default” do fascista Bolsonaro, o imperialismo e seus súditos no Brasil apostariam na “alternativa Mourão”, o plano B dos rentistas. O general Mourão, uma “cavalgadura” tão direitista e pró-ianque quanto seu parceiro de chapa, vem se “repaginando” com ares de “civilização”, fato que já atraiu a simpatia política da esquerda reformista e de setores considerados “progressistas” das classes dominantes. Mourão acaba de aceitar um convite para visitar uma fundação norte-americana (Wilson Center), gerando a fúria dos ”olavetes” que desta vez passaram dos limites obrigando o próprio Bolsonaro a uma retratação parcial. A questão dos atritos entre as frações não é conjuntural e vai permanecer no horizonte do governo, até porque Bolsonaro já “fidelizou” sua adesão à Olavo de Carvalho, ideologicamente mais próximo do capitão psicopata e fascista. Desgraçadamente a esquerda reformista da Frente Popular (PT, PSOL e PCdoB) insiste nas alianças com a burguesia e agora até mesmo com a fração militar do governo fascista.