O QUE REALMENTE ESTÁ POR TRÁS DOS “IMPROPÉRIOS” DE OLAVO DE CARVALHO, ENDOSSADOS POR CARLUXO, CONTRA O GENERAL MOURÃO?
O “filósofo de puteiro” e astrólogo de psicopatas na vida
real, Olavo de Carvalho, resolveu baixar todos os níveis possíveis no ataque
desferido Hamilton contra o vice presidente, General Mourão. Todos sabem que
Olavo é o mentor original do “projeto idiotia nacional”, ainda quando poucos
acreditavam na possibilidade de um “baixo clero” desqualificado vir a ocupar o
Palácio do Planalto. Nas recentes palavras do próprio fascista Bolsonaro sobre
o papel ocupado por seu guru: “Olavo de Carvalho teve um papel considerável na
exposição das ideias conservadoras que se contrapuseram à mensagem anacrônica
cultuada pela esquerda e que tanto mal fez ao país”. De uma mera figura
“exótica” no contexto nacional após o golpe institucional, Olavo assumiu a
função política de vocalizar toda a fração mais retrógrada e entreguista do
governo Bolsonaro, o que inclui a própria família do ex-capitão fascista. Nesta
conjuntura de “guerra aberta” entre as próprias frações reacionárias do novo
regime bonapartista, o setor militar vem sendo alvo de grosseiro enxovalhamento
por parte do astrólogo Olavo de Carvalho. Até aí o fato seria de menor
importância se por trás dos ataques do “guru” não estivesse a “mão” do próprio
presidente Bolsonaro e sua família de tresloucados deliquentes. O setor militar
do governo, representado pelos generais Heleno e Mourão, ainda nem bem digeriu
as indicações ministeriais de Olavo, agora tem que conviver no mesmo “núcleo de
poder” com xingamentos e impropérios diários dirigidos a vice-presidência da
república. A ira dos “olavetes” contra os militares vem aumentando na medida em
que a burguesia nacional ameaça a permanência de Bolsonaro no Planalto caso não
consiga aprovar as reformas neoliberais e toda a pauta de privatizações
exigidas pelo mercado financeiro. Neste possível cenário de um precoce
“default” do fascista Bolsonaro, o imperialismo e seus súditos no Brasil
apostariam na “alternativa Mourão”, o plano B dos rentistas. O general Mourão,
uma “cavalgadura” tão direitista e pró-ianque quanto seu parceiro de chapa, vem
se “repaginando” com ares de “civilização”, fato que já atraiu a simpatia
política da esquerda reformista e de setores considerados “progressistas” das
classes dominantes. Mourão acaba de aceitar um convite para visitar uma
fundação norte-americana (Wilson Center), gerando a fúria dos ”olavetes” que
desta vez passaram dos limites obrigando o próprio Bolsonaro a uma retratação
parcial. A questão dos atritos entre as frações não é conjuntural e vai
permanecer no horizonte do governo, até porque Bolsonaro já “fidelizou” sua
adesão à Olavo de Carvalho, ideologicamente mais próximo do capitão psicopata e
fascista. Desgraçadamente a esquerda reformista da Frente Popular (PT, PSOL e
PCdoB) insiste nas alianças com a burguesia e agora até mesmo com a fração
militar do governo fascista.