ESQUENTA A LUTA ENTRE AS DUAS FRAÇÕES GOLPISTAS: RAQUEL E OS
FASCISTAS DA LAVA JATO QUEREM INTERDITAR A MÁFIA TOGADA DO STF
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, requereu ao
Supremo Tribunal Federal o arquivamento do inquérito sigiloso aberto pelo
presidente Dias Toffoli para apurar ataques e disseminação de ofensas e
notícias falsas contra a Suprema Corte e seus Ministros. Anteriormente os
Procuradores federais da fascista “Operação Lava Jato” também criticaram a
cúpula do judiciário por rejeitar qualquer participação do MPF nas
investigações de fatos relacionados a “ataques morais” aos togados do STF. O
clima esquentou ainda mais no início desta semana quando o Ministro Alexandre
Moraes mandou censurar a reacionária revista “Crusoé” e também o site
direitista “O Antagonista” por supostamente veicular acusações de corrupção
contra o presidente Dias Toffoli, em um suposto envolvimento com empreiteiras.
O Ministro do STF Marco Aurélio Mello, resolveu entrar no confronto entre as
duas alas do golpismo, classificando como censura a decisão do colega Alexandre
de Moraes que determinou à apreensão da revista digital "Crusoé". A
maioria do STF parece seguir a orientação de Toffoli, até mesmo por uma questão
de autodefesa, e já comunicou oficialmente que a PGR não tem poder algum para
impedir as determinações da Suprema Corte. Aberta a guerra intestina no
interior do regime bonapartista, a camarilha militar observa de camarote os
desdobramentos da dissidência golpista, enquanto o triunvirato neoliberal do
governo Bolsonaro joga abertamente em favor da “Lava Jato”. É evidente que os
fascistas que se perfilam na tropa do justiceiro Moro não admitem que a “última
palavra” do novo regime político seja dada pelos togados do STF. Nós Marxistas
não ingressaremos na defesa de nenhum dos dois blocos reacionários das classes
dominantes, desgraçadamente a esquerda reformista tem se divido ora apoiando a
máfia togada do STF (PCdoB), ou dando suporte político aos bandidos da Lava
Jato (PSTU). As justificativas de apologia da honra do judiciário e das
instituições (STF), ou da defesa abstrata da liberdade das grandes corporações
de imprensa (Lava Jato), são absolutamente nulas quando se trata dos interesses
estratégicos da classe operária, que passa ao largo desta falsa dicotomia da
burguesia. O proletariado e suas organizações de combate devem traçar uma linha
bem nítida de independência de classe em relação a todas as alas deste regime
de exceção bonapartista, instaurado no país após o golpe institucional de 2016. Os Marxistas Revolucionários são totalmente contrários a
censura no âmbito de um regime político burguês e de sua justiça de classe em particular a qualquer pessoa, jornal, blog ou revista por expressar suas opiniões, pensamentos ou em função da divulgação de reportagem investigativa. Portanto não defendemos
que o reacionário site Antagonista e a direitista Revista Crusoé sejam
censurados pela máfia togada do STF porque essa perseguição arbitrária que se
volta hoje pontualmente contra esses órgãos da imprensa burguesa que conformam o PIG tem como alvo
principal a esquerda revolucionária, a imprensa operária e os lutadores
sociais. Ao mesmo tempo denunciamos o covil reacionário da PGR e os fascistas da Lava Jato como agentes da reação burguesa que atacam as liberdades democráticas dos explorados. A vanguarda dos trabalhadores construirá no curso de sua luta concreta seus
próprios organismos de defesa e publicidade, sem que necessitem de qualquer
“autorização” institucional da decadente elite dominante para existir e cumprir
seu papel histórico: o socialismo!