UM ANO DA PRISÃO DE LULA: TOFFOLI TIRA DA PAUTA DO STF AÇÃO
QUE PODERIA LIBERTAR LULA, MAS PT SEGUE NEGOCIANDO SUA LIBERDADE EM TROCA DA
“INAÇÃO” DO MOVIMENTO OPERÁRIO DIANTE DA OFENSIVA NEOLIBERAL
Neste dia 7 abril completa-se 1 ano que o bandido
“justiceiro” Moro ordenou a prisão de Lula. Nesta mesma semana o presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-petista ministro Dias Toffoli, retirou de
pauta o julgamento das ações que tratam da prisão após condenação em segunda
instância, que estava marcado para o dia 10 de abril. Um dos prejudicados é o
ex-presidente Lula, preso político após condenação no Tribunal Regional Federal
da Quarta Região (TRF4), de Porto Alegre, enquanto, segundo a constituição,
ninguém é considerado culpado sem o trânsito em julgado de um determinado
processo. Agora cooptado para o golpe institucional que destituiu a presidente
Dilma, pela via do impeachment, o pusilânime Dias Toffoli mostra seus serviços
aos “novos chefes”. Não é demais recordar que Dias foi indicado ao Supremo pelo
PT, onde ocupou posições importantes como membro da tendência majoritária
“Articulação” ligada a Lula e José Dirceu. Toffoli agora pertence ao núcleo
duro do regime bonapartista, mais especificamente a sua ala militar comandada
pelos generais Augusto Heleno, Hamilton Mourão e Fernando Azevedo e Silva, este
último seu “tutor” no STF. A LBI, que
sempre foi uma corrente política que defendeu a oposição operária e
revolucionária as gestões de colaboração de classes da Frente Popular,
colocou-se sempre na trincheira da luta direta contra a prisão de Lula pela
famigerada Operação “Lava Jato” patrocinada pelo imperialismo ianque. Nossas
profundas diferenças políticas e de classe com o PT nos dão toda a moral para
defender Lula das garras da reação burguesa sem capitular ao programa de
conciliação da direção petista. Na época defendemos que Lula não se entregasse
a PF e que o proletariado resistisse nas ruas e através da luta direta a prisão
com a organização imediata de uma Greve Geral política contra a escalada
reacionária que avança em nosso país. Hoje, apesar da decisão de Tofolli, a
direção nacional do PT segue negociando nos bastidores da “república” uma
barganha em torno da liberdade de Lula em troca de sua “inação” no marco da
radicalização da luta contra o projeto neoliberal do mercado financeiro. É
necessário organizar desde já a construção de uma vigorosa Greve Geral por
tempo indeterminado para derrotar não só as (contra)reformas, mas o conjunto do
regime de exceção, vigente após o golpe parlamentar que resultou na fraude
eleitoral, empossando o fascista Bolsonaro no Planalto. Somente forjado uma
alternativa revolucionária de poder, para romper com a farsa da democracia
burguesa, a classe operária será capaz de se insurgir no cenário histórico de
forma independente para iniciar uma nova etapa do desenvolvimento humano: a
sociedade socialista! Está claro para qualquer observador político minimamente
atento, que Lula só recuperará suas garantias constitucionais elementares com a
derrubada revolucionária do atual regime vigente. Desgraçamente, o “Lula Livre”
do PT não passa de uma palavra de ordem oca, demagógica, voltada apenas para
cabalar voto e simpatia dos seus eleitores, não está fincada na luta concreta
para romper com a legalidade burguesa. Porém os Marxistas Leninistas estaremos
em frente única com a mobilização da Frente Popular nesta semana, para exigir
da “República de Curitiba” a imediata liberdade de Lula!