Um incêndio de grande proporção, nesta segunda-feira (15/4),
consome quase que totalmente a catedral de “Notre-Dame” de Paris, na França. A
construção do templo de Notre-Dame pela alta cúpula católica foi dedicado à
figura mítica da Virgem Maria (o termo francês “Notre-Dame” quer dizer Nossa
Senhora em português) e levou 180 anos, de 1163 quando começou a ser erguida no
local onde ficava uma igreja romana, a 1345. Antes, o terreno havia sediado um
templo druida, altar celta e antigos ritos cristãos. Localizada na Île de la
Cité (uma pequena ilha no centro de Paris, rodeada pelas águas do rio Sena), a
histórica catedral foi restaurada diversas vezes em seus mais de oito séculos
de existência. Dentro da igreja, há um acervo de importância artística
inestimável para a humanidade, há também pinturas e gravuras que relatam a
história da catedral e da própria cidade de Paris. O fogo foi relatado primeiro
por religiosos em redes sociais, não está claro ainda o que o causou, mas pode
estar relacionado a uma obra de restauração que vinha sendo feita no telhado do
templo.A emissora “France 2” afirmou que a polícia está tratando o caso como um
acidente. Como se pode constatar, a completa negligência com os patrimônios
históricos da humanidade não é monopólio apenas de países capitalistas
periféricos, como o Brasil que recentemente assistiu a destruição (também por
incêndio) do importante Museu Nacional na cidade do Rio de Janeiro. Também
nações imperialistas como a França estão “oferecendo” sua porção de descaso (para não dizer irresponsabilidade) com o acervo da cultura civilizatória dos povos,
reflexo direto do estancamento das forças produtivas do capital, hoje
inteiramente consumido pelo rentismo dos mercados financeiros.