sábado, 5 de setembro de 2020

APÓS 10 ANOS DO VAZAMENTO DOS CRIMES DE GUERRA DO IMPERIALISMO IANQUE, ASSANGE PODE SER EXTRADITADO PARA OS EUA: LIBERDADE IMEDIATA PARA O FUNDADOR DO WIKILEAKS!

Há pouco mais de dez anos, em fevereiro de 2010, o Wikileaks divulgou milhares de documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas do imperialismo ianques. Passado todo esse tempo perseguido, exilado e preso, Julian Assange poderá ser extraditado aos Estados Unidos na próxima segunda-feira. A extradição de Assange estabelece um precedente para perseguição não somente nos EUA, mas para todo o planeta. No próximo dia 7 de setembro, ele deixará sua cela na prisão de Belmarsh, em Londres, e se apresentará em uma audiência que irá determinar seu destino na perseguição. Após um longo período de isolamento, no último dia 25 de agosto, ele finalmente pôde encontrar sua companheira, Stella Moris, e ver seus dois filhos, Gabriel, 3 anos, e Max, 1 ano. Após a visita, Moris disse que ele parecia estar sentindo muita dor. O cenário montado para o julgamento de Julian Assange na Inglaterra é o mesmo que em Guantánamo, ou adotado pelos Marines na guerra do Iraque e na guerra do Afeganistão, a perda de vidas civis, tortura e crimes de guerra é a política oficial do imperialismo em todo o planeta. Desde o Blog da LBI participamos, desde nossas modestas forças, da campanha internacional pela imediata libertação de Julian Assange do cárcere de exceção do imperialismo.

A audiência que Assange irá enfrentar nada tem a ver com os motivos de sua prisão na embaixada do Equador em Londres, em 11 de abril de 2019. Ele foi preso, naquele dia, por não ter se entregado, em 2012, às autoridades britânicas, que o buscavam para sua extradição à Suécia. Naquela época, o país nórdico julgava acusações de crimes sexuais contra o ativista, as quais, em novembro de 2019, foram retiradas. Na verdade, depois que as autoridades suecas decidiram não perseguir mais Assange, sua liberdade deveria ter sido concedida pelo governo do Reino Unido. Mas ele não foi libertado. O verdadeiro motivo da prisão nunca foi a acusação que tramitava na Suécia. Era desejo do governo dos Estados Unidos que ele fosse trazido ao país norte-americano para ser julgado por uma série de acusações de outro caráter. Em 11 de abril de 2019, o porta-voz do Ministério do Interior do Reino Unido disse: “Podemos confirmar que Julian Assange foi preso em função de um pedido de extradição provisória vindo dos Estados Unidos da América. Ele é acusado nos Estados Unidos da América de crimes cibernéticos”.

No dia seguinte à prisão de Assange, a organização de direito à informação Artigo 19 publicou um comunicado que dizia que, embora as autoridades do Reino Unido tivessem "originalmente" dito que queriam prender Assange por fugir sob fiança em 2012 devido ao pedido de extradição da Suécia, agora ficou claro que a prisão foi devido a uma reclamação do Departamento de Justiça dos EUA sobre ele. Os EUA queriam prender Assange baixo uma "acusação federal de conspiração para cometer invasão de computador, por concordar em quebrar a senha de um computador confidencial do governo dos EUA".

Assange foi acusado de ajudar a denunciante Chelsea Manning, em 2010, quando ela entregou ao WikiLeaks - liderado por Assange - um tesouro explosivo de informações confidenciais do governo dos EUA, que continham evidências claras de crimes de guerra. Manning passou sete anos na prisão antes de sua sentença ser comutada pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama. Enquanto Assange estava na embaixada do Equador e, agora, definhando na prisão de Belmarsh, o governo dos Estados Unidos tentou criar um caso intrincado contra ele. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou Assange por pelo menos 18 acusações, incluindo a publicação de documentos confidenciais e uma acusação de que ele ajudou Manning a quebrar uma senha e invadir um computador no Pentágono. Uma das acusações, de 2018, torna ainda mais nítido o caso contra Assange.

O reacionário governo Trump, que esteve por trás de toda caçada à Assange após Obama, agora espera sua extradição aos EUA, para colocá-lo em prisão perpétua. Exigimos a imediata libertação de Julian Assange, assim como desde a LBI convocamos todas as forças comunistas, socialistas e democráticas a denunciarem a operação policial patrocinada pelo imperialismo ianque que resultou na prisão ilegal do fundador do Wikileaks. Organizemos já mundialmente atos em defesa de Assange!