terça-feira, 8 de setembro de 2020

AVANÇA O “VÍRUS REVISIONISTA” NA ARGENTINA: JORGE ALTAMIRA “CONTAGIA” PTS E PO QUE AGORA DEFENDEM MEDIDAS REPRESSIVAS DO ESTADO CAPITALISTA PARA QUE SEJAM CUMPRIDAS AS NORMAS DE TERROR SANITÁRIO DA OMS

O “grupito” de Jorge Altamira (Partido Obrero - Tendencia) conseguiu “contagiar” os demais partidos revisionistas na Argentina, particularmente o PTS e o próprio PO, com a sua tese de apoiar a repressão estatal como uma “medida necessária emergencial” para supostamente preservar a saúde dos trabalhadores durante a pandemia. Afirmamos isso porque em abril Altamira criticava o restante da família pseudotrotskista por não avalizar as medidas do governo Fernandez que recorreu à força policial e ao exército para impor a quarentena a fim que todos “ficassem em casa”, prendendo centenas de pessoas para manter as ordens da OMS. Chegamos em setembro e no curso desses meses as demais correntes revisionistas do país, assim como o grosso da esquerda a nível mundial, se consolidaram como os defensores mais disciplinados das diretrizes desse organismo imperialista (“fique em casa, use máscara, mantenha o isolamento social e façam testes”). Tais correntes chegam a repudiar energicamente as marchas em defesa das liberdades democráticas ocorridas na Europa (Alemanha, França e Londres), acusando-as de serem manifestações da extrema-direita justamente porque esses protestos questionam, com a presença de um amplo espectro político, o terror sanitário ditado pela OMS, organismo imperialista hoje controlado pela Fundação Gates. 

Não por acaso o PTS no artigo “Antivacunas, conspiranoicos y neonazis marcharon en Berlín” (31.08.2020) clama por repressão policial contra os manifestantes “Aunque el permiso judicial incluía la obligación de mantener el distanciamiento social, eso no se respetó en ningún momento, como ya se preveía desde la propia conferencia que rechazaba tanto el distanciamiento como el uso de barbijos. Si bien hubo algunas intervenciones policiales durante el día, en general los dejaron marchar, a pesar que no cumplían con ninguno de los requisitos”. Seria correto que os Marxistas agora passassem a defender o fim das garantias mínimas democráticas, como o direito de reunião e protestos de rua, em nome da orientação criminosa da OMS diante da pandemia? Evidentemente que não! Desgraçadamente a maioria esmagadora da esquerda domesticada as ordem do capital como PO, PTS e Altamira, passou a defender a repressão estatal, seguindo a orientação sanitária da OMS, um organismo controlado por corporações da Big Pharma e governos burgueses nacionais.

O PO por sua vez critica o governo Fernandez por não ser duro o bastante no combate a pandemia: “El ocultamiento oficial tiene el exclusivo sentido de evitar que se conozca la implicancia de la apertura descontrolada de las actividades económicas que, en la mayoría de los casos, se ha realizado sin la puesta en práctica de protocolos de seguridad sanitaria para el cuidado de la salud y la vida de los trabajadores” (PO, 07.09). Não por acaso, se resume a solicitar “testeos masivos” quando é necessário lutar pela estatização de todos os hospitais privados, ou seja, longe de combater as medidas repressivas do governo, PO o aconselha a impor as falsas “normas sanitárias” propagadas pelas OMS que são completamente ineficazes e servem apenas para engodar os lucros dos grandes grupos farmacêuticos! Quando se questionam essas medidas contra a imposição da nova ordem mundial do medo, da desorganização social e da repressão estatal em nome da “saúde pública” da humanidade, os revisionistas acusam todos de serem de extrema-direita, clamando pela repressão estatal!

Lembremos que o PO (T) lançou em abril um artigo escandaloso defendendo abertamente a repressão estatal para garantir a ordem de isolamento social (“Quarentena”) imposta pelo governo de centro-esquerda, intitulado “Un gran equívoco político... Acerca de la izquierda y la pandemia política” (Política Obrera, 03.04). O texto qualificava como confusas e equivocadas as posições da correntes políticas que no interior da esquerda denunciavam o uso pelos governos burgueses, de todos os matizes políticos, do aparato repressivo estatal em suposto apoio as “medidas sanitárias” como parte uma ação global dos grandes capitalistas e seus gerentes de plantão em ataque as liberdades democráticas e de organização política dos trabalhadores com o objetivo de impor o recrudescimento global dos regimes políticos no lastro da pandemia mundial.

Para sermos justos é preciso reconhecer que Altamira e Ramal foram os primeiros que saíram em defesa das medidas repressivas que os governos lançaram para o suposto combate a Pandemia. Hoje essa política foi abraçada amplamente pelos demais grupos revisionistas, que não questionam a OMS e suas diretrizes a favor da Big Pharma, ao contrário, defendem fielmente essas orientações, chegando a apoiar medidas repressivas contra os que se chocam com as mesmas. Trata-se da adesão na sua versão “portenha” ao “Pacto de União Mundial” que o imperialismo e as burguesias nacionais tentam construir em virtude da pandemia declarada pela OMS.

A política da esquerda reformista em geral e dos revisionistas em particular tem sido exigir dos governos burgueses testes e mais testes como recomenda a OMS e clamar pela continuidade da quarentena social, apontado a vacinação como a saída para a pandemia, quando é necessário denunciar o grande negócio que está por trás do COVID-19, um vírus modificado em laboratório orquestrado como parte da estratégia de impor uma nova ordem mundial ultra-reacionária controlada pelo capital financeiro. Este pacto de colaboração de classes vem sendo levado a cabo em todo mundo pela esquerda reformista e seus satélites em nome de apoiar “emergencialmente” as medidas dos governos burgueses locais para combater o Covid-19.

Temos que reconhecer... Ao expressar essas posições, não precisamos de mais nenhum “teste” para ter o diagnóstico preciso de que Jorge Altamira “contagiou” o PO e o PTS desse “vírus revisionista” na Argentina!