“SEGREGAÇÃO SANITÁRIA” NA ESPANHA: MILHARES PROTESTAM EM
MADRI CONTRA O CONFINAMENTO FORÇADO DOS BAIRROS PROLETÁRIOS
Ontem milhares de manifestantes reuniram-se na Puerta del Sol, em frente à sede da “Comunidade de Madrid” (equivalente a prefeitura no Brasil) após o anúncio do novo confinamento, que os manifestantes consideram "classista" e "segregador", impondo um cerco repressivo aos bairros operários e populares da capital espanhola. A concentração havia sido convocada pelas associações de moradores, após o anúncio do confinamento em 37 unidades (zonas sanitárias) a maioria delas na zona sul, onde há concentração da classe trabalhadora, que só poderá se deslocar para outras localidades para trabalhar, ou seja ser explorada pelo capital.
“Não é confinamento, é segregação” foi o principal slogan que os manifestantes entoaram. A manifestação foi convocada através das redes sociais sob o lema “Se você confinar o sul, pararemos Madrid inteira!” e “Não é quarentena, é segregação”. Além disso, exigem o fortalecimento da saúde pública para todas as enfermidades da população, e não apenas ao “espetáculo” da Covid. "Dezenas de medidas muito duras de segregação seletiva, e nenhuma medida de investimento público em saúde, educação, habitação ou transporte. Pela nossa dignidade”, afirmou uma das lideranças (que optou por um codinome por razões da repressão policial fascistizante) que promoveram a convocação da manifestação nas redes.
O confinamento em Madrid não só esconde a sua verdadeira natureza de classe, com o nome de "restrições à mobilidade", mas também revelou o desprezo da OMS pela vida humana dos mais pobres. Basta olhar os mapas para perceber que impõe um verdadeiro apartheid social, algo característico de todas as repressões sanitárias que aconteceram ao longo da história, sejam elas reais ou fictícias. Diante da repressão estatal, disfarçada agora com maquiagem sanitária, os Marxistas Leninistas estarão na linha de frente do proletariado para denunciar este engodo do capital, que tem apoio vergonhoso de toda a esquerda reformista.
