domingo, 13 de setembro de 2020

UNIVERSAL É “LAVANDERIA DE DINHEIRO SUJO”: ATAQUES DA REDE GLOBO AO REACIONÁRIO CRIVELLA A SERVIÇO DE FORTALECER OPOSIÇÃO (PAES, MOLON, PT, PSOL...) NA DISPUTA PELA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO

O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) diz ter encontrado indícios de “bilionárias movimentações atípicas” da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e afirmou ser “verossímil concluir” que a entidade religiosa está sendo “utilizada como instrumento para lavagem de dinheiro fruto da endêmica corrupção instalada na alta cúpula da administração municipal” do Rio. O prefeito Marcelo Crivella é bispo licenciado da Iurd. Essas denúncias divulgadas amplamente pela Rede Globo visam fortalecer a oposição a Crivella, com PT, PSOL e Paes (DEM) tentando voltar a se cacifar na disputa pela prefeitura do Rio. 

Circulou na imprensa via o Jornal O Globo (Coluna de Lauro Jardim) que Freixo estava propenso a voltar concorrer. Segundo o jornalista “A partir de um abaixo-assinado de artistas pedindo que Marcelo Freixo reconsidere a decisão, tomada meses atrás, de não se candidatar à prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado do PSOL passou a admitir a possibilidade de debater o tema. Ou seja, para que Freixo seja candidato é preciso que Alessandro Molon (PSB) e Carlos Lupi (PDT) topem o debate. Mas não só eles: Benedita da Silva (PT) e Renata Souza (PSOL), ambas já oficializadas candidatas à prefeitura por seus partidos”. O site 247 foi no mesmo sentido “Numa semana com três operações contra corrupção no Rio de Janeiro, que atingiram o ex-prefeito Eduardo Paes, o atual Marcelo Crivella e também Cristiane Brasil, que pretendia se candidatar, o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) admitiu a possibilidade de retornar à disputa. No entanto, sua condição é o diálogo entre os partidos progressistas para a construção de uma frente. Apesar de desmentido pelo próprio Freixo horas depois, esse movimento de bastidores lembra a campanha de 2016, quando a Globo e a Veja apoiram abertamente a candidatura do PSOL no segundo turno como parte de seu suporte midiático aos adversários da Igreja Universal.

Para os Marxistas, não restam dúvidas que as igrejas evangélicas são hoje no país a base de formação ideológica das milícias protofascistas, além de verdadeiras empresas comerciais de grande porte (lavanderias de dinheiro) a serviço de políticos burgueses e corruptos, como por exemplo o prefeito Crivella do Rio de Janeiro. Com uma centena de parlamentares no Congresso, a Bancada Evangélica é responsável por aprovar a pauta mais neoliberal é reacionária, além impor seu obscurantismo religioso.

Milhares de igrejas (seitas) evangélicas e pentecostais povoam as principais cidades do país. Estes “Centros” religiosos são organizados em regiões de muita carência econômica, e funcionam como uma verdadeira rede de proteção social, onde geralmente falha por completo os serviços da seguridade estatal. Seitas empresariais como a chamada “Igreja Universal” tiveram um fantástico crescimento nas últimas duas décadas, e não raramente obtiverem até financiamento público para a expansão de seus negócios, inclusive nos governos da Frente Popular, o que ganhou ainda maior peso com neofascista Bolsonaro. 

Este fenômeno político que ocorre na conjuntura de nosso país poderia se definido pelos Marxistas como uma espécie de “Theofascismo”, e não deixa de ser um elemento muito nocivo para a luta do movimento operário e popular

Por outro lado, a burguesia sabe que o PSOL é um partido social-democrata que já provou que pode gerenciar o Estado burguês sem colocar em risco seus interesses, é uma cópia do Siryza na Grécia que com seu discurso inicial "radical" aplicou um duro ajuste neoliberal. Edmilson Rodrigues em Belém é a prova concreta disso no Brasil, já foi prefeito duas vezes pelo PT e agora no PSOL volta a concorrer com o apoio do PT, é uma nova frente popular ainda mais domesticada que a capitaneada anteriormente pelo PT e substancialmente frágil, que tem experiência de administrar para o capital atacando os trabalhadores.

O novo apoio da Globo a oposição a Crivella demonstra o acerto de nossa posição em defender o Voto Nulo assim como o boicote a essa eleição fraudulenta, não caindo no engodo de fazer uma frente eleitoral “para derrotar a direita”, quando na verdade a burguesia e setores de sua ala mais conservadora como a Famiglia Marinho estão dando suporte ao PT, PSOL, Molon (PSB) e a Paes (DEM) como parte da disputa entre alas capitalistas.