FAMIGERADA 4ª FROTA FAZ EXERCÍCIOS MILITARES NA COSTA DO BRASIL ENQUANTO LULA COMPRA HELICÓPTEROS DOS EUA SEM TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA: GOVERNO DA FRENTE AMPLA E ALTO COMANDO DAS FFAA BATEM CONTINÊNCIA AO PENTÁGONO
O porta-aviões USS George Washington (CVN 73) da Marinha dos Estados Unidos encontra-se na costa brasileira como parte dos exercícios militares chamado de Southern Seas 2024. É a famigerada 4a Frota dos EUA em ação no Brasil em pleno governo Lula em mais uma demonstração que tanto o velho pelego como o alto comando das FFAA do Brasil (ACFA) batem continência para o Pentágono. Tanto que o governo vassalo de Lula comprou do Pentágono nesta semana 12 helicópteros UH-60M Black Hawk ao custo de R$ 4,9 bilhões. Essas aeronaves são controladas eletronicamente pelo imperialismo ianque, este não passa a tecnologia dos helicópteros e aviões que vendem para os países compradores, que não tem nenhuma autonomia de uso em ações militares porque só podem ocorrer sob o comando direto do Pentágono, não podem atacar por exemplo forças militares da OTAN. Esta questão não significava apenas um “detalhe técnico”, representa a impossibilidade do domínio total de todas as fases das operações dos helicópteros pela FAB, desde a manutenção mais básica do aparelho até manobras de ataque contra qualquer força militar inimiga. A questão fulcral na aquisição de equipamentos bélicos de “ponta” se concentra na transferência total de tecnologia, dos fabricantes para os países usuários. Sem a plena transferência de tecnologia os poderosos artefatos militares não servem para absolutamente nada! Ou melhor, se prestam para auxiliar as manobras militares dos países fabricantes, no caso os EUA!
O George Washington, o destróier de mísseis guiados da
classe Arleigh Burke, USS Porter (DDG 78), e o navio-tanque de reabastecimento
da classe Henry J. Kaiser USNS John Lenthall (T-AO-189) estão realizando
exercícios de passagem e operações no mar com as forças marítimas de nações
parceiras à medida que os navios circunavegam o continente sul-americano. Estão
planejados compromissos com Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e
Uruguai, com visitas a portos planejados para o Brasil, Chile e Peru.
Como vemos o verdadeiro “mandante” dos rumos políticos desta nação semi-colonial , e que estes “senhores imperiais” estão bem longe dos nossos quartéis tupiniquins, habitando secularmente “The Pentagon”. É neste contexto que o alinhamento integral do governo burguês da Frente Ampla com a Nova Ordem Democrata de Washington, lhe garante uma “cobertura vacinal” completa contra as pseudos tentativas golpistas dos patéticos militares bolsonaristas de “pijama” e suas hordas desqualificadas.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial bem longe do Brasil, mais precisamente em Washington D.C, o Pentágono em 1947 estabeleceu seu comando hierárquico sobre o ACFA brasileiro, que nesta época abrigava sua sede no antigo Ministério da Guerra, ironicamente situado na Avenida Presidente Vargas. Não esqueçamos que em 1964 a frota de guerra naval do imperialismo ianque, foi deslocada para a costa marítima brasileira partiu do estado da Virgínia com a missão de dar total cobertura ao golpe militar no Brasil, que estava sendo organizado pela Embaixada norte-americana, já instalada na nova capital em Brasília. O embaixador ianque, Lincon Gordon, chefiava um comitê “clandestino”, que contava com os generais Castelo Branco, Golbery do Couto e Silva e os irmãos Geisel (responsáveis pela articulação militar do golpe), além dos governadores udenistas do Rio de Janeiro e Minas, Carlos Lacerda e Magalhães Pinto respectivamente e também com lideranças empresariais como Roberto Marinho.
Em maio do ano passado, em pleno início do governo da Frente Ampla, o Exército Brasileiro emitiu o seguinte comunicado: “O Comando Militar do Norte (CMN) recebeu entre os dias 15 a 19 de maio, uma comitiva do Exército dos Estados Unidos para mais uma etapa de preparação da Operação CORE 23 (Combined Operation and Rotation Exercise). O exercício combinado com o Exército americano será realizado, pela primeira vez, em território amazônico entre os meses de outubro e novembro deste ano”. No final do mês de novembro a operação militar conjunta com o Pentágono foi encerrada oficialmente na Amazônia, pouco antes da Venezuela realizar um plebiscito para retomar o seu território de Essequibo. O CORE23 contou com a participação de 1.500 militares ianques em território nacional.
O vergonhoso acordo da anulação de nossa soberania nacional em questão, que trata da “cooperação” militar entre Brasil e EUA, foi assinado em 2010, durante o segundo governo de Lula e promulgado em 2015, durante o início do segundo governo de Dilma Rousseff.
Em agosto de 2023, militares do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA participaram do Exercício Formosa, perto de Brasília (região Centro-Oeste, perto do Cerrado, geopoliticamente o Heartland da América do Sul). Nesse exercício, os fuzileiros navais norte-americanos tomaram conhecimento das táticas dos nossos fuzileiros navais, sendo educados inclusive em cursos cognitivos, com a “Finalidade declarada de fortalecer a integração dessas forças para enfrentarem desafios de segurança comuns”.
Em julho de 2023, por sua vez, a Marinha do Brasil participou do UNITAS 2023, um exercício naval organizado pelo SOUTHCOM, que esse ano se deu na Colômbia (no ano passado ocorreu no Brasil). O objetivo declarado era o de permitir aos EUA operar como parte de uma força marítima maior para “controlar o mar e bloquear o acesso a potenciais inimigos”.
Os ianques estiveram aqui, também, em setembro de 2022, no Paraná, sul do Brasil, no QG da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada para exercícios de estratégia conjunta para a participação militar em um “hipotético país latino-americano passando por uma crise humanitária”. Entre agosto e setembro, de 2022, por sua vez, a Força Aérea dos EUA participou do EXCON Tápio, no Mato Grosso do Sul (região sensível para a Agropecuária brasileira) cuja finalidade foi o “desenvolvimento doutrinário de táticas conjuntas, visando a contribuição para a ordem e paz mundial”. Em meados do ano, além do já mencionado UNITAS 2022, desenvolvido no Brasil, o governo Lula enviou militares para serem doutrinados nos EUA no âmbito do CORE23.
É desnecessário continuar especificando exercício por exercício militar com o Pentágono, com o objetivo de demonstrar uma tendência crescente para o aumento da integração entre as Forças Armadas do Brasil e dos EUA, bem como para o aumento da “influência” do imperialismo ianque sobre a formação dos quadros militares brasileiros.
Está cristalino para qualquer pessoa com um mínimo de percepção, que sob os governos burgueses da Frente Popular vêm crescendo a submissão militar do país aos ditames geopolíticos da Casa Branca. A estratégia do imperialismo ianque em instrumentalizar militarmente o Brasil contra o regime Chavista da Venezuela, parece não ter terminado com o fim governo da direita bolsonarista, muito pelo contrário! O governo lulopetista da esquerda burguesa se mostra ainda mais capacho diante do seu “Amo Imperialista do Norte”.