"VOUCHER ENROLAÇÃO": ENQUANTO AS FAMÍLIAS VÍTIMAS DAS ENCHENTES NO RS NÃO RECEBERAM AINDA OS MÍSEROS R$5,1 MIL... GOVERNO LULA&ALCKMIN LIBERA R$15 BILHÕES PARA OS EMPRESÁRIOS!
Nada do "Voucher Enrolação" de 5,1 mil reais para as vítimas da enchentes mas bilhões para os empresários! Enquanto milhares de famílias do Rio Grande do Sul ainda não conseguiram receber os 5,1 mil reais anunciados pelo governo Lula para os que perderam suas casas e empregos, o golpista Alckmin anunciou hoje (28/05) 15 bilhões de reais em créditos para as grandes empresas. Como o Blog da LBI denunciou o governo da Frente Ampla anunciou com grande estardalhaço da mídia corporativa (em particular da Rede Globo) um pacote de 50 bilhões de reais para “Reconstruir o Rio Grande do Sul”. O grosso desse recurso bilionário foi destinado a empresas e bancos, não para socorrer de fato o povo trabalhador gaúcho. Trata-se na verdade uma linha de crédito bilionária para os empresários e banqueiros, com o governo burguês do PT atuando em socorro dos capitalistas, usando a tragédia das águas de maio no RGS para transferir o dinheiro arrecadado com os impostos extorquidos dos trabalhadores para os ricos! Não podemos aceitar esse engodo que usa a solidariedade ao povo trabalhador gaúcho para financiar os empresários e rentistas. Devemos exigir que Lula pare de “lero lero” demagógico e pague imediatamente o auxílio emergencial de um salário mínimo a cada atingido pela enchente! É uma medida elementar que deve ser defendida pelos sindicatos, movimentos comunitários e associações de moradores para que o dinheiro chegue nas mãos de quem realmente precisa e não dos parasitas burgueses que sempre ganham com a dor e sofrimento de nosso povo!
As medidas adotadas pelo governo Lula que beneficiam os capitalistas, rentistas e grandes empresas enquanto não destinam nenhuma verba para um auxílio emergencial para os atingidos pela enchentes, ou seja, nenhum dinheiro vai para as mãos do povo trabalhador e sim para engordar o bolso dos ricos! Cinicamente o velhaco petista afirmou que esse mísero recurso seria para “o povo gaúcho reconstruir suas vidas”.
Trata-se um verdadeiro acinte neoliberal às vítimas das enchentes que perderam literalmente tudo o que tinham na vida. Se em condições normais 5,1 mil reais não dá para uma família de 4 pessoas sobreviver em meio a carestia capitalista imagina se essa “esmola” vai cobrir o custo de vida de pessoas desempregadas, doentes, sem casa, escola, comida e apenas com a roupa do corpo, agregando o cenário caótico que o valor da cesta básica no RGS está nas alturas com os empresários donos das grandes redes de supermercado cobrando valores estratosféricos por água e alimentos, lucrando com a dor dos trabalhadores! Não é demais lembrar que o salário mínimo do Dieese (que já é rebaixado!) é de 7 mil reais em valores de abril para 4 pessoas.
Lula foi forçado a anunciar seu demagógico “Vouche Enrolação” após o bolsonarista Eduardo Leite (PSDB) decretar uma “ajuda” miserável de 2 mil reais por família dos valores arrecadados via PIX em doações financeiras dos brasileiros, montante gerido por uma associação de bancos e seu governo que ficará com um “gordo” percentual das doações a título de “taxa de administração”. Ressaltamos que ambas as medidas de Lula e Leite vão ser pagas em parcela única, depois resta o famoso fique ao “Deus dará”! É preciso registrar também que esse valor único de R$ 5,1 mil abarcaria segundo os cálculos do governo federal apenas 200 mil famílias (um custo de apenas 1,2 bilhão milhões de reais) e a “ajuda” do governo estatual de R$ 2 mil para apenas 45 mil famílias, o que representa menos de 20% de toda população atingida pelas enchentes.
Contra esse embuste demagógico da gerência da Frente Ampla devemos exigir que Lula pague imediatamente o Auxílio Emergencial de um salário mínimo a cada atingido pela enchente, cada pessoa individualmente vítima das enchentes deve receber R$ 1,4 mil reais mensais durante o período de um ano (independente de quantos membros haja na família), sendo mantidos em paralelo obviamente os benefícios que já recebe com o Bolsa Família, Auxílio Doença ou o BPC, que não podem ser cortados pelo “pente fino” neoliberal que Haddad, o queridinho do “Deus Mercado” vem fazendo seu corte fiscal para reduzir a renda do povo pobre de nosso país para pagar a famigerada dívida pública com os bancos.
O Auxílio Emergencial para todas as vítimas das enchentes do RGS trata-se de uma medida elementar de sobrevivência humana que deve ser defendida pelos sindicatos, movimentos comunitários e associações de moradores para que o dinheiro chegue nas mãos de quem realmente precisa e não dos parasitas burgueses que sempre ganham com a dor e sofrimento de nosso povo, como foi o pacote anunciado por Lula anteriormente de supostos 50 bilhões de reais, valor destinado de fato para banqueiros e empresários!
Como parte de uma programa político estratégico proletário mais geral defendemos que para barrar essa orgia canalha burguesa que lucra bilhões com a dor e morte do povo trabalhador gaúcho é preciso assim que o nível da enchente baixar discutir em assembleias operárias e populares a expropriação imediata dessas grandes empresas capitalistas (supermercados, farmácias, latifúndios, hotéis) colocando-as sob o controle dos trabalhadores organizados.
Do ponto de vista estatal, a organização imediata de conselhos do povo trabalhador eleito por democracia direta nos bairros e cidades atingidas para controlar a ajuda financeira, doações de alimentos/água e, fundamentalmente, se constituir de fato como um poder proletário independente das gestões burguesas corruptas. Comitês armados de defesa e mobilização são medidas práticas para garantir socorro e ajuda independente das forças estatais repressivas que a qualquer momento vão reprimir o povo faminto em nome da manutenção da ordem pública (burguesa!).
O Programa de Transição de Trotsky propõe nesses momentos de aguda crise capitalista (como vivemos no RGS) que na luta contra o desemprego se defenda um plano amplo e ousado de organização de grandes obras públicas, mas estas medidas só podem ter uma importância durável e progressista, tanto para o conjunto da classe operária quanto para os próprios desempregados, se fizerem parte de um plano geral estratégico, concebido segundo os interesses dos trabalhadores e como ponte de apoio da luta pela revolução proletária!
Como nos ensinou Lênin sob os escombros e destruição literais do Estado capitalista devemos construir um Estado Operário, a ditadura do proletariado contra a burguesia. Da crise capitalista precisa emergir um poder de novo tipo, alternativo as gerências da esquerda (Lula e PT) e da direita burguesa (Bolsonaro e Leite) que juntas não passam de parasitas a serviço da manutenção da ordem capitalista e suas negociatas podres.