Chuva de vaias deixa
Dilma com “cara de bunda” na abertura da Copa das Confederações
Assistimos hoje mais um
capítulo da profunda inabilidade política da anturragem Dilmista, o fato
ocorreu em Brasília em plena abertura da Copa das Confederações. Na semana em
que as mais importantes cidades do país foram sacudidas por combativas
mobilizações quase que espontâneas contra as péssimas condições dos transportes
públicos e pelos protestos contra as obras faraônicas e excludentes da Copa das
Confederações, a presidenta Dilma resolve abrir o evento ao lado do “cartola-mor”
da FIFA, o odiado Joseph Blatter. O resultado não poderia ser outro, a não ser
um sonoro e desconcertante coro de vaias para o corrupto Blatter e “de quebra” para
uma atordoada Dilma, vindo de todas as partes do lotado estádio Mané Garrincha.
Mas o pior ainda estava por vir, após os apupos dirigidos a Blatter este pediu “respeito
e fair play” a irada torcida, para depois passar o microfone a Dilma que
desconcertada declarou (em pouco segundos) aberta a Copa das Confederações. A
justa reação de ódio da população, diante de um evento “esportivo” que já
consumiu mais de 10 bilhões de Reais em
construções inadequadas para um país que sequer possui um sistema minimamente
decente de saúde pública (isto sem falar em educação, transporte e habitação),
não pôde nem mesmo ser sufocado pelo espírito “patrioteiro” disseminado
estupidamente entre o povo pela mídia “murdochiana”. A defesa da “pátria de
chuteiras”, histeria nacional induzida em épocas de Copas do Mundo, serve como
uma luva aos interesses comerciais da grande burguesia, além de tentar desviar a
população trabalhadora da rota do enfrentamento dos graves problemas
estruturais que o país atravessa.
A presidenta Dilma (acompanhada
de sua anturragem de burocratas) revelou neste episódio que não tem a menor
capacidade política de enfrentar uma situação adversa, reagindo como uma “gerente”
contrariada diante do descontentamento da população expresso no estádio Mané
Garrincha. Não é propriamente uma novidade o fato de uma autoridade receber
vaias em um jogo de futebol, aconteceu até durante o regime militar e mais
recentemente com Lula na abertura do Pan em 2007. A “surpresa” mesmo foi a
completa falta de habilidade política de uma presidente candidata a reeleição,
em um ano pré-eleitoral. As vaias recebidas por Dilma, neste sábado, vão “incendiar”
ainda mais os debates da sucessão, no curso da queda do PT nas pesquisas para
2014 e no crescimento da campanha política do Tucano Aécio Neves.
Dilma tem conseguido
recompor a base dos partidos que dão apoio ao seu governo (com grosso
fisiologismo), trouxe de volta o PR e o PTB, e agora ensaia “rifar” a
candidatura do senador petista Lindberg Farias ao governo do Rio para acalmar o
PMDB do governador “Sérgio Caveirão”. Mas a dinâmica política do “palanque”
Dilmista preocupa a cúpula nacional do PT, muito ressentida com postura da
presidente assumida no processo do chamado “mensalão”. Não são poucas as
lideranças do PT que defendem nos bastidores do partido a necessidade da volta
de Lula em 2014, temendo um desastre político provocado pela truculência de
Dilma, em uma eleição considerada anteriormente "ganha".
O certo mesmo é que um
pouco antes das eleições gerais do ano que vem teremos a realização de uma Copa
do Mundo no Brasil, e se a abertura desta Copa das confederações foi um péssimo
“teste” para Dilma, imaginem o que pode acontecer para o governo em um eventual
fiasco no maior evento esportivo do planeta. Para o movimento de massas está
colocado a tarefa de seguir com os protestos sociais contra a “farra das Copas”,
estabelecendo a necessária ligação política com as mobilizações nacionais em
curso contra o aumento das tarifas do transporte público e também contra a
escalada repressora fascistizante do estado capitalista.