sábado, 15 de junho de 2013



Chuva de vaias deixa Dilma com “cara de bunda” na abertura da Copa das Confederações

Assistimos hoje mais um capítulo da profunda inabilidade política da anturragem Dilmista, o fato ocorreu em Brasília em plena abertura da Copa das Confederações. Na semana em que as mais importantes cidades do país foram sacudidas por combativas mobilizações quase que espontâneas contra as péssimas condições dos transportes públicos e pelos protestos contra as obras faraônicas e excludentes da Copa das Confederações, a presidenta Dilma resolve abrir o evento ao lado do “cartola-mor” da FIFA, o odiado Joseph Blatter. O resultado não poderia ser outro, a não ser um sonoro e desconcertante coro de vaias para o corrupto Blatter e “de quebra” para uma atordoada Dilma, vindo de todas as partes do lotado estádio Mané Garrincha. Mas o pior ainda estava por vir, após os apupos dirigidos a Blatter este pediu “respeito e fair play” a irada torcida, para depois passar o microfone a Dilma que desconcertada declarou (em pouco segundos) aberta a Copa das Confederações. A justa reação de ódio da população, diante de um evento “esportivo” que já consumiu  mais de 10 bilhões de Reais em construções inadequadas para um país que sequer possui um sistema minimamente decente de saúde pública (isto sem falar em educação, transporte e habitação), não pôde nem mesmo ser sufocado pelo espírito “patrioteiro” disseminado estupidamente entre o povo pela mídia “murdochiana”. A defesa da “pátria de chuteiras”, histeria nacional induzida em épocas de Copas do Mundo, serve como uma luva aos interesses comerciais da grande burguesia, além de tentar desviar a população trabalhadora da rota do enfrentamento dos graves problemas estruturais que o país atravessa.

A presidenta Dilma (acompanhada de sua anturragem de burocratas) revelou neste episódio que não tem a menor capacidade política de enfrentar uma situação adversa, reagindo como uma “gerente” contrariada diante do descontentamento da população expresso no estádio Mané Garrincha. Não é propriamente uma novidade o fato de uma autoridade receber vaias em um jogo de futebol, aconteceu até durante o regime militar e mais recentemente com Lula na abertura do Pan em 2007. A “surpresa” mesmo foi a completa falta de habilidade política de uma presidente candidata a reeleição, em um ano pré-eleitoral. As vaias recebidas por Dilma, neste sábado, vão “incendiar” ainda mais os debates da sucessão, no curso da queda do PT nas pesquisas para 2014 e no crescimento da campanha política do Tucano Aécio Neves.

Dilma tem conseguido recompor a base dos partidos que dão apoio ao seu governo (com grosso fisiologismo), trouxe de volta o PR e o PTB, e agora ensaia “rifar” a candidatura do senador petista Lindberg Farias ao governo do Rio para acalmar o PMDB do governador “Sérgio Caveirão”. Mas a dinâmica política do “palanque” Dilmista preocupa a cúpula nacional do PT, muito ressentida com postura da presidente assumida no processo do chamado “mensalão”. Não são poucas as lideranças do PT que defendem nos bastidores do partido a necessidade da volta de Lula em 2014, temendo um desastre político provocado pela truculência de Dilma, em uma eleição considerada anteriormente "ganha".

O certo mesmo é que um pouco antes das eleições gerais do ano que vem teremos a realização de uma Copa do Mundo no Brasil, e se a abertura desta Copa das confederações foi um péssimo “teste” para Dilma, imaginem o que pode acontecer para o governo em um eventual fiasco no maior evento esportivo do planeta. Para o movimento de massas está colocado a tarefa de seguir com os protestos sociais contra a “farra das Copas”, estabelecendo a necessária ligação política com as mobilizações nacionais em curso contra o aumento das tarifas do transporte público e também contra a escalada repressora fascistizante do estado capitalista.