Marco Queiroz, dirigente da LBI, intervém defendendo a mobilização do movimento operário em defesa de suas reivindicações |
Para dar continuidade ao
ato político da “esquerda unida”, realizado no final da semana passada (21/06),
ocorreu na noite desta terça-feira, 24 de junho, no Sindicato dos Trabalhadores
Químicos de São Paulo uma massiva plenária para discutir uma orientação
“unitária” da “esquerda” em meio aos protestos populares que sacodem o país.
Mais de 300 ativistas participaram da atividade coordenada pelo MST e a UNE. A
LBI interveio na plenária conclamando a necessidade de mobilizar o movimento
operário em defesa de suas reivindicações imediatas e históricas para barrar o
avanço da tendência política à direita que vem crescendo nos protestos, na
medida em que são pautados pela Rede Globo e grupos como o “Anonymous”, ambos
defendendo o antipartidarismo (que se traveste na hostilização aos partidos de
“esquerda”) e um eixo político de pretensa moralização do regime político
burguês (prisão para os mensaleiros, abaixo a corrupção) voltado claramente a
desgastar o governo Dilma para as eleições de 2014 e favorecer a tucanalha.
Frente a ofensiva da reação burguesa comandada por setores de classe média
fascistizantes, o conjunto dos militantes de “esquerda” presente na reunião, em
sua maioria ligados a CUT-PT passando pela CTB-PCdoB e chegando mesmo a
Conlutas-PTSTU, em uníssono chancelaram a decisão das cúpulas da centrais
sindicais em chamar apenas um “Dia Nacional de Luta” para 11 de Julho, mais uma
mobilização aos moldes das marchas ordeiras e pacíficas convocadas pelas
centrais “chapa branca”, com o agravante de ser somente daqui a duas semanas!!!
Além da distância da data, voltada a arrefecer as passeatas multitudinais que
não estão sob o controle das burocracias sindicais (esquerda e direita) e
desgastam o governo federal, a pauta apresentada foi extremamente rebaixada,
dando grande ênfase a defender o plebiscito pela reforma política proposto por
Dilma, uma medida distracionista voltada justamente para não atender nenhuma
legítima reivindicação popular que, alias passou ao largo da pauta consensuada
pela CUT, CTB, Conlutas.
Na verdade, o “dia de luta” adotado pelas centrais sindicais “chapa branca”, com o fundamental apoio da CSP-Conlutas, frustrou a maioria dos presentes, que mesmo sendo esmagadoramente ligados a base da frente popular, apostavam em uma medida de força efetiva, como a convocação de uma greve geral, para barrar o avanço da direita nos protestos e arrancar conquistas em meio a ebulição por que o país atravessa. Coube ao MST, valendo-se de sua autoridade política, ser a peça-chave para aprovar este verdadeiro golpe contra a mobilização independente dos trabalhadores, apostando mais uma vez no lobby sobre o parlamento burguês e na defesa do governo Dilma, supostamente para disputar o rumo de sua gerência burguesa. PSOL, PCB, PCR e Intersindical foram forças auxiliares nesse conluio. A militância do PSTU avalizou plenamente este verdadeiro estelionato na ilusão de capitalizar nas urnas, com sua sonhada “frente de esquerda”, o nítido desgaste do governo Dilma. Desta forma, a CSP-Conlutas se integra ao rol das centrais que recebem várias benesses do governo do PT nas negociações de bastidores, sabotando a luta direta das massas, enquanto o PSTU aposta suas fichas para formar o “terceiro campo” no circo eleitoral. O PCO, que defendeu a tal “frente única da esquerda contra os fascistas” em seu site na internet entrou mudo e saiu calado da plenária, justamente porque sua política catastrofista o deixa sem qualquer norte político diante da polarização da situação política. Como deter a fúria dos “rebeldes” neonazistas brasileiros de classe média quando pelo mundo afora seus irmãos gêmeos na Líbia e na Síria são apresentados pelos revisionistas de todos os matizes como aliados da “revolução”???
Na verdade, o “dia de luta” adotado pelas centrais sindicais “chapa branca”, com o fundamental apoio da CSP-Conlutas, frustrou a maioria dos presentes, que mesmo sendo esmagadoramente ligados a base da frente popular, apostavam em uma medida de força efetiva, como a convocação de uma greve geral, para barrar o avanço da direita nos protestos e arrancar conquistas em meio a ebulição por que o país atravessa. Coube ao MST, valendo-se de sua autoridade política, ser a peça-chave para aprovar este verdadeiro golpe contra a mobilização independente dos trabalhadores, apostando mais uma vez no lobby sobre o parlamento burguês e na defesa do governo Dilma, supostamente para disputar o rumo de sua gerência burguesa. PSOL, PCB, PCR e Intersindical foram forças auxiliares nesse conluio. A militância do PSTU avalizou plenamente este verdadeiro estelionato na ilusão de capitalizar nas urnas, com sua sonhada “frente de esquerda”, o nítido desgaste do governo Dilma. Desta forma, a CSP-Conlutas se integra ao rol das centrais que recebem várias benesses do governo do PT nas negociações de bastidores, sabotando a luta direta das massas, enquanto o PSTU aposta suas fichas para formar o “terceiro campo” no circo eleitoral. O PCO, que defendeu a tal “frente única da esquerda contra os fascistas” em seu site na internet entrou mudo e saiu calado da plenária, justamente porque sua política catastrofista o deixa sem qualquer norte político diante da polarização da situação política. Como deter a fúria dos “rebeldes” neonazistas brasileiros de classe média quando pelo mundo afora seus irmãos gêmeos na Líbia e na Síria são apresentados pelos revisionistas de todos os matizes como aliados da “revolução”???
O dirigente da LBI,
Marco Queiroz, interveio na plenária para denunciar que a mídia “murdochiana” e
seus porta-vozes oficiosos no interior dos protestos (Acorda Brasil, Gigante
Acordou, Anonymous) estavam querendo transformar as manifestações em curso na
“Primavera Verde-Amarela”, ou seja, centralizar o descontentamento popular para
desestabilizar o governo Dilma, apresentando uma saída pela direita,
reacionária, para a crise do regime político burguês. Lembrou que, como na
Líbia ou na Síria, o imperialismo apoiou inicialmente supostos protestos
populares convocados pelo Facebook (manipulado pela CIA) para logo depois
derrubar governos adversários via agressões militares ou a fim de fazer
transições políticas seguras de gerentes desgastados (Egito e Tunísia). O
representante da LBI defendeu que para barrar este curso reacionário no Brasil
era necessário que a classe operária entrasse em cena através da luta direta
pelas reivindicações mais sentidas do povo (aumento geral do salário, contra as
privatizações, redução das tarifas, revolução agrária, fim do monopólio da
mídia, estatização do sistema financeiro sob o controle dos trabalhadores)
através da construção de uma verdadeira greve geral de 48 horas, rompendo com
as manifestações superestruturais e corporativas próprias do sindicalismo
amarelo. Por fim, o dirigente comunista Marco Queiroz alertou que somente desta
forma os ativistas classistas presentes na plenária, que desejavam derrotar a
reação fascista patrioteira, estariam lutando por uma verdadeira alternativa
revolucionária que superasse o próprio governo da frente popular e sua política
de colaboração de classes, no que foi bastante aplaudido.
Apesar de haver
claramente um sentimento de “puteza” com a paralisia política imposta pela
frente popular que abre espaço para a direita, o fascismo e a reação burguesa,
o peso dos aparatos sindicais e partidários para a defesa do governo Dilma foi
bem mais forte, ficando aprovado apenas agregar algumas reivindicações à pauta
que as centrais “chapa branca” e a Conlutas apresentarão na reunião com a
presidente no dia de hoje. Neste sentido, foi cinicamente enaltecido que após o
encontro com o MPL, a “gerentona” petista agora estava ouvindo “a voz das
ruas”. Nada mais falso! Dilma esta aprofundando a cooptação das direções
sindicais, estudantis e populares, o que só aumentará a letargia do movimento
de massas, fazendo que o descontentamento popular, diante do atraso na
consciência das massas que se aprofunda desde o fim da URSS, seja manipulado
pela Rede Globo e o PIG, fortalecendo no atual quadro de manutenção dos
protestos futuras alternativas à direita. Cabe aos marxistas leninistas, como
fez a militância da LBI durante a plenária, travar um combate vivo na defesa de
um programa classista e de uma alternativa revolucionária para os trabalhadores
da cidade e do campo, intervindo nas passeatas, atos políticos e fóruns do
movimento de massas com um eixo de chamar a classe operária a assumir o seu
protagonismo social na atual conjuntura para barrar o giro a direita das
manifestações e superar a política de colaboração de classes da frente popular.