No Brasil “família” revisionista prova de seu próprio “veneno” internacional
A “Primavera Árabe”
chegou ao Brasil! Era para ser desta forma exitista que a “família”
revisionista integrada por PSTU, CST, PCO, LER e seus papagaios liliputianos
deveria saudar os protestos populares que sacodem o país, afinal de contas, “o
povo está nas ruas contra os governos e o regime político!”. A realidade,
porém, não obedeceu ao script ufanista destes filisteus que embriagadamente
saudaram os “rebeldes” na Líbia que empunhavam a bandeira da monarquia do rei
Idris contra Kadaffi apresentando-os como “revolucionários” e agora pedem armas
da OTAN para os mercenários na Síria derrubarem Assad, estabelecendo uma
“frente única com todos que querem lutar contra as ditaduras sanguinárias”.
Definitivamente não é este entusiasmo que vemos nos sites e jornais das
correntes políticas citadas acima, ao contrário, os irmãos gêmeos dos
“rebeldes” líbios e sírios, que aqui no Brasil empunham bandeiras
verde-amarelas e entoam o Hino Nacional nas marchas são acusados em uníssono
pela “família” revisionista de fascistas e neonazistas!!! Se lá no Oriente
Médio e no Magreb africano o arco pseudotrotskista aliou-se a grupos tribais
reacionários, seitas islâmicas anticomunistas e a yuppies pró-imperialistas
para derrubar governos de corte nacionalista adversários da Casa Branca, da
mesma forma como fez unidade com as forças da reação mais encarniçada na
Argentina e na Venezuela, aqui no Brasil não está sendo possível formar tal
“frente única” porque seus pretensos “aliados” estão os enxotando das ruas e
manifestações. Longe de apenas festejar a “rebelião popular”, em tom
preocupado, o partido-mãe da LIT anuncia que em plena marcha de protesto no Rio
de Janeiro o “PSTU sofreu agressões fascistas”. Já o PCO, assustado, declara
“Fascistas: Eles passarão... se nós deixarmos”. Tais acontecimentos se
proliferaram pelo Brasil afora! Como é possível que em meio às marchas
multitudinárias que tomam conta do país os pseudotrotskistas que proclamam a
todo o momento que uma “onda revolucionária” sacode o planeta venham
amedrontados denunciar que suas bandeiras vermelhas são queimadas e seus
militantes agredidos? A resposta é simples para os marxistas revolucionários
que sempre alertamos do completo delírio apregoado por estas verdadeiras
seitas. Diferente do que nos vendem os revisionistas adeptos da “revolução na
esquina”, tragicamente no Brasil ocorre o mesmo fenômeno que vemos na Argentina
e na Venezuela, assim como também no chamado Mundo Árabe: presenciamos os
efeitos políticos de uma profunda reação ideológica mundial que recrudesceu
desde a queda da URSS e do Muro de Berlim, onde milhões são manipulados pelos
meios de alienação de massa e direções reacionárias porque carecem de qualquer
referência socialista, de uma direção classista e de um programa
anticapitalista, abrindo caminho para o fortalecimento de uma tendência
política cada vez mais à direita e fascistizante. Como a “grande família”
encobriu o quanto pôde esta dura realidade, agora prova de seu próprio veneno
“internacional” em solo nativo!
O PSTU tratou de chamar seu “dirigente teórico” Valério Arcary para dar uma “explicação” do ocorrido. Em artigo com o emblemático título “Não deixem abaixar as bandeiras vermelhas” ele lamenta ao analisar as marchas: “Não foi tudo progressivo. Apareceram jovens embriagados de nacionalismo, embrulhados na bandeira nacional, e cantando ‘sou brasileiro com muito orgulho e muito amor’. O nacionalismo é uma ideologia política perigosa. Só é positivo quando defende o Brasil do imperialismo. Acontece que não parecia que os que cantavam o hino estavam de acordo em exigir a anulação dos leilões de privatização, portanto, de desnacionalização do petróleo do pré-sal. Alguns destes jovens fizeram ainda pior. Avançaram sobre militantes de esquerda e suas bandeiras. Atacaram as bandeiras do PSOL, do PCB e do PSTU. Por sorte, não aconteceu uma tragédia...” (sítio da LIT, 23/06). Tais “jovens” que atacaram a “esquerda” acusando-a de “canalha comunista” e que hoje são a maioria esmagadora nas passeatas representam os mesmo interesses políticos e sociais dos “rebeldes” que na Líbia apoiaram a intervenção da OTAN e que o PSTU saudou de “revolucionários”. Tanto lá como aqui não defendem a nação atrasada contra a agressão imperialista, ao contrário, arregimentam forças para melhor servir aos interesses do grande capital monopolista, eliminando seus adversários via assassinatos e tortura ou então apoiando os covardes bombardeios da OTAN. Por isto soa patética a “queixa” de Valério Arcary, já que seu partido sempre defendeu uma “frente única” com esta escória reacionária! Se a Líbia é distante ou mesmo a Síria, que neste exato momento a LIT conclama escandalosamente a “Exigir de todos os governos capitalistas do mundo, inclusive dos EUA, da Europa e da Liga Árabe, o envio de armamento pesado (tanques, aviões, mísseis antiaéreos, etc.), sem a imposição de qualquer condição, para o Exército Livre da Síria” (sítio LIT, 20/06), vejamos o exemplo de qual a conduta da “família” revisionista na nossa nação vizinha, a Argentina.
O PSTU tratou de chamar seu “dirigente teórico” Valério Arcary para dar uma “explicação” do ocorrido. Em artigo com o emblemático título “Não deixem abaixar as bandeiras vermelhas” ele lamenta ao analisar as marchas: “Não foi tudo progressivo. Apareceram jovens embriagados de nacionalismo, embrulhados na bandeira nacional, e cantando ‘sou brasileiro com muito orgulho e muito amor’. O nacionalismo é uma ideologia política perigosa. Só é positivo quando defende o Brasil do imperialismo. Acontece que não parecia que os que cantavam o hino estavam de acordo em exigir a anulação dos leilões de privatização, portanto, de desnacionalização do petróleo do pré-sal. Alguns destes jovens fizeram ainda pior. Avançaram sobre militantes de esquerda e suas bandeiras. Atacaram as bandeiras do PSOL, do PCB e do PSTU. Por sorte, não aconteceu uma tragédia...” (sítio da LIT, 23/06). Tais “jovens” que atacaram a “esquerda” acusando-a de “canalha comunista” e que hoje são a maioria esmagadora nas passeatas representam os mesmo interesses políticos e sociais dos “rebeldes” que na Líbia apoiaram a intervenção da OTAN e que o PSTU saudou de “revolucionários”. Tanto lá como aqui não defendem a nação atrasada contra a agressão imperialista, ao contrário, arregimentam forças para melhor servir aos interesses do grande capital monopolista, eliminando seus adversários via assassinatos e tortura ou então apoiando os covardes bombardeios da OTAN. Por isto soa patética a “queixa” de Valério Arcary, já que seu partido sempre defendeu uma “frente única” com esta escória reacionária! Se a Líbia é distante ou mesmo a Síria, que neste exato momento a LIT conclama escandalosamente a “Exigir de todos os governos capitalistas do mundo, inclusive dos EUA, da Europa e da Liga Árabe, o envio de armamento pesado (tanques, aviões, mísseis antiaéreos, etc.), sem a imposição de qualquer condição, para o Exército Livre da Síria” (sítio LIT, 20/06), vejamos o exemplo de qual a conduta da “família” revisionista na nossa nação vizinha, a Argentina.
No ano passado, os
revisionistas do trotskismo mais descarados, como a Izquierda Socialista-UIT
(CST no Brasil), participaram entusiasticamente do protesto enquanto seus
sócios na FIT (PO e PTS) chamaram um apoio envergonhado ao “cacerolazo” que
tomou às ruas de Buenos Aires e outras cidades do país, buscando um passaporte
com coloração mais “à esquerda” para ingressar no bloco reacionário formado por
Macri e sua coalizão direitista - PRO, De la Sota, De Narváez, ou mesmo a UCR,
grupos neonazistas, Igreja conservadora, “sojeros” da Sociedade Rural e da
Federação Agrária. Os eixos políticos da manifestação foram uma clara resposta
da direita à aprovação da limitada “Ley de Medios” no parlamento. Tanto que
entre os cartazes erguidos por alinhadas senhoras portenhas podia-se ler
“liberdade”, “imprensa livre”, “respeito”, “não à corrupção”, “Cristina
renuncie já”, “Abaixo a ditadura K”, ou seja, demandas políticas próprias da
alta classe média insuflada por setores burgueses que não estão satisfeitos com
o governo de Cristina e suas iniciativas populistas, principalmente devido às
medidas como a estatização da YPF, um maior controle institucional dos meios de
comunicação, o controle do câmbio e a aprovação da revisão constitucional que
permitiu o voto opcional aos dezesseis anos. A demonstração de força da
direita, que colocou meio milhão nas ruas e agrupou um amplo espectro político
em muito se assemelha às “marchas da família com Deus pela liberdade” ocorridas
no Brasil contra o governo de João Goulart em 1964 e agora com as manifestações
“verde-amarelas” que estão ocorrendo no Brasil pedindo uma “faxina geral” que,
no fundo, tem como alvo o governo Dilma, do PT... Qualquer semelhança não é
mera coincidência!
Já na Venezuela, todo
este arco político defendeu o “Voto Nulo” nas últimas eleições presidenciais,
desprezando que uma vitória eleitoral de Capriles sobre Maduro após a morte
(assassinato pela CIA) de Chávez significava um fortalecimento da direita
fascistizante no continente, que já operou golpes no Paraguay e em Honduras e
vem salivando contra os governos da centro-esquerda burguesa. No fundo, ao
identificar Maduro e Capriles simplesmente como “dois representantes
capitalistas” (o que não deixa de ser verdade) a LIT, UIT e seus satélites se
negam a dar um combate às forças da reação, as mesmas que agora levantam
raivosamente a cabeça no Brasil. Como alertamos a época, uma vitória de
Capriles seria uma derrota profunda para a vanguarda operária do continente,
fortalecendo um eixo político abertamente pró-imperialista que vem ganhando
corpo, tendo o apoio explícito da Casa Branca e da mídia “murdochiana” nesta
senda reacionária. Os revisionistas, paladinos da “revolução árabe” patrocinada
pela OTAN que chamaram o “voto nulo” nas eleições venezuelanas, caso fossem
coerentes, estariam ao lado de Capriles e suas marchas direitistas contra a
suposta fraude da “ditadura chavista”, multimilionário que sem dúvida tem a
solidariedade dos fascistas e neonazistas verde-amarelos que hoje atacam a
“esquerda” no Brasil. O arco revisionista, que simplesmente afirmou ao
proletariado venezuelano que Maduro representava as mesmas forças sociais de
Capriles, não soube onde enfiar a cabeça diante dos enfrentamentos que
ocorreram nas ruas de Caracas e pelo interior do país entre a direita golpista
e os militantes do chavismo. Tragicomicamente agora reclamam no Brasil por
serem atacados por fascistas do mesmo calibre dos “escualidos” venezuelanos!
Lembremos também que o
PSTU apoia as Damas de Branco e a blogueira mercenária Yoani Sanchez contra o
regime cubano. Alguém tem alguma dúvida que esta escória pró-imperialista é
entusiasta dos nazistas e neofacistas no Brasil, que vê com grande simpatia o
caráter direitista que vem assumindo as manifestações em nosso país, já que
consideram Dilma “negligente” com a “ditadura dos irmãos Castro”? Se amanhã
esses grupos se levantam em Cuba contra o regime castrista, a LIT e a UIT vão
ser os primeiros a saudar os “rebeldes cubanos”. Não por acaso, estas duas
correntes integraram a “tropa de choque” repugnante com a direita em defesa da
mercenária Yoani em sua visita ao Brasil, porque para os morenistas canalhas
não importa que a blogueira seja agente da CIA, patrocinada pela SIP, receba
gordos salários para atacar a revolução cubana, o importante é que ela ajuda na
luta contra a “ditadura totalitária” em Cuba. Na época dos protestos no Brasil
contra Yoani não vacilaram em sair em defesa da agente oficiosa da Casa Branca,
junto com Caiado, Bolsonaro, Aécio e Alckmin, a fina-flor da direita no Brasil,
a mesma canalha que hoje junto com a Rede Globo apoia entusiasticamente e
patrocina a “jornada cívica” em curso! Agora, estes mesmos revisionistas estão
decepcionados com a conduta dos apoiadores de seus “aliados” pró-Yoani nas
manifestações!!!
A LER-QI, satélite do
PTS argentino no Brasil, que vinha cobrindo as passeatas em um tom de
triunfalismo, de repente, como seus irmãos revisionistas, se surpreendeu: “Um
sentimento apartidário que se dirigia de maneira difusa e pouco consciente
contra a política dos partidos burgueses de turno, foi instrumentalizado por
setores organizados da direita. Grupos organizados de setores integralistas,
neonazistas, e de ultradireita, que atacam homossexuais, negros e militantes da
esquerda, que representam uma ínfima minoria dentre os que se manifestaram, se
ligaram a outros setores que pediam a redução da maioridade penal, e incitaram
uma ação hostil às organizações de esquerda ali presentes, buscando promover um
enfrentamento físico” (site LER, 21/6). O que a LER não diz é que esses setores
“antipartidários” se agrupam não só na direita abertamente fascistizante, mas
também entre os apoiadores do “Anonymous” ou mesmos dos “Indignados”,
movimentos sempre apresentados pelo PTS argentino, a LIT e a UIT como um fator
progressivo nas manifestações europeias. Estas correntes saudaram o surgimento
mundial do fenômeno dos “indignados”, um movimento de caráter pequeno-burguês
avesso à ação direta e aos métodos políticos da classe operária, tanto que a
UIT em manchete em seu site declara: “Brasil: Indignados contra o aumento de
tarifa de Transporte!!!”. Agora que esses setores se somam à reação contra a
“esquerda”, os revisionistas tentam encobrir tais fatos, jogando tudo na conta
dos neonazistas. Longe da conduta antileninista da LER, PSTU e CST que saldaram
o fim da URSS como uma “vitória das massas”, não fazemos nenhum fetiche do
“autonomismo” e do “espontaneísmo” do movimento de massas, conhecemos o
desfecho histórico de mobilizações que acabaram por servir aos interesses da
contrarrevolução mundial, como os “massivos” protestos contra o Muro de Berlin,
também saudados pelos revisionistas do trotskismo como um “enorme triunfo
popular”. Se não estivessem sendo hostilizados por estes setores, os
revisionistas estavam harmonicamente em aliança com o Acorda Brasil/Gigante
Acordou ou mesmo Anonymous/Indganados que desejam por diversas vias derrotar o
governo do PT para abrir caminho para a direita golpista ou para um quadro
político que favorece a reação e o PIG. Longe disso, dizemos que a vanguarda
classista e combativa do proletariado não pode manter a menor expectativa
política no surgimento do movimento do tipo “Indignados” ou “Anonymous” no
Brasil, eles não são nossos aliados “táticos” como afirma o PSTU e a LER,
adaptados completamente à OTAN e suas ações criminosas contra os povos e nações
oprimidas.
Desde a LBI chamamos a
defender todo militante de “esquerda” ou ativista classista atacado pela reação
fascista ou “anônima”, mas não reivindicamos a formação de nenhuma “frente
única da esquerda” porque com seu programa pró-imperialista os membros da
“família” revisionista são de fato aliados dos setores que circunstancialmente
os atacam. Defender uma frente política significa em primeiro lugar identificar
o inimigo comum. Este não é o caso do PSTU, CST, LER e nem mesmo do PCO, que
estão na mesma barricada da OTAN e da reação imperialista na guerra da Líbia,
Síria e Líbano. Estes setores tampouco identificam o “PIG” como um inimigo
comum e que está por trás das ações neofascistas. O PSTU, também alvo dos
anticomunistas, chega ao cúmulo de defender o direito “democrático” dos
neofascistas portarem suas bandeiras nas manifestações, afinal de contas são
aliados políticos desta escória em Cuba, Argentina, Venezuela e na Síria. Como
se pode aferir, conformar uma unidade de ação com estes revisionistas, “amigos”
da blogueira da CIA nada tem a ver com verdadeira frente única operária
defendida por Trotsky, que afirmava que o fascismo deve ser enfrentado com
métodos de guerra civil. Por esta razão, chamamos os militantes destes partidos
que conformam a “família” revisionista no Brasil a tirar as duras lições
programáticas das traições de classe de suas organizações políticas, que neste
momento provam nas ruas do próprio “veneno” prescrito em sua política
internacional!