quarta-feira, 19 de junho de 2013



Milícia anticomunista agride e expulsa militante do PCR do ato na Sé. A resposta do movimento deve ser a adoção de um programa socialista diante do esgotamento do regime burguês!

Nesta tarde de 18/06 em mais um ato na Praça da Sé no centro de São Paulo contra o aumento das tarifas de transporte público, um militante do Partido Comunista Revolucionário (PCR) foi agredido e expulso da manifestação por estar erguendo a bandeira vermelha do seu partido. A ação de caráter anticomunista partiu de milicianos neofascistas que agora passaram a integrar, em conjunto com policiais infiltrados e provocadores de direita, os protestos nas principais cidades do país. Portando bandeiras do Brasil e cartazes contra a presença de organizações de esquerda nas mobilizações, estes milicianos anticomunistas contam com o apoio político do “PIG” que os considera como a ala “pacífica e patriótica” do movimento nacional dos manifestantes. A mídia “murdochiana” especialista em fraudar a realidade, não para de tecer elogios ao que já considera a maioria “democrática” das mobilizações, ou seja os neofascistas da classe média que destilam seu ódio de classe a tudo que lhes pareça de esquerda. Não por coincidência, o novo garoto propaganda da Globo, o ex-LIBELU Demétrio Magnoli, vociferou nesta mesma noite contra o que considera de “filhotes Chavistas” encastelados nas estruturas de “poder” do Estado brasileiro e em apoio ao antipartidarismo das manifestações que tomaram conta do país.

Diante das provocações da direita golpista, que tenta hegemonizar o movimento, algumas correntes revisionistas, como o PCO, vem defendendo o estabelecimento de uma frente única da esquerda. A “proposta” revela antes de mais nada uma grotesca caricatura do que foi a defesa feita por Trotsky da frente única operária contra o fascismo. Defender uma frente política significa em primeiro lugar identificar o mesmo inimigo comum, e este não é o caso do PSOL, PSTU e nem mesmo do PCO, que estão na mesma barricada da OTAN e da reação imperialista na guerra da Líbia, Síria e Líbano. Estes setores tampouco identificam o “PIG” como um inimigo comum e que está por trás das ações neofascistas. O PSTU, também alvo dos anticomunistas, chega ao cúmulo de defender o direito “democrático” dos neofascistas portarem suas bandeiras nas manifestações, afinal de contas são aliados políticos desta escória em Cuba, Venezuela e na Síria. Como se pode aferir, conformar uma unidade de ação com estes revisionistas, “amigos” de blogueiras da CIA é de uma completa inutilidade política e nada tem a ver com verdadeira frente única operária defendida por Trotsky, que afirmava que o fascismo deve se enfrentado com métodos de guerra civil.

A alternativa que se coloca para derrotar a direita e as milícias anticomunistas que estão se formando, é a adoção de uma plataforma revolucionária e socialista para o movimento, neste sentido deve ser construída urgentemente uma direção classista, com os melhores ativistas iniciais do Movimento do Passe Livre. Dotar este movimento nacional de massas, que se diz “horizontal” de uma direção centralizada é o único caminho para a vitória e o consequente atendimento das reivindicações. A via mais curta para a derrota é reproduzir no Brasil as “experiências” dos “Indignados” do estado Espanhol ou do “Occupy” em New York, onde a tônica do apartidarismo foi a via de entrada da direita no movimento.

Apesar de nossas profundas divergências com a trajetória oportunista do PCR, desde a LBI prestamos nossa solidariedade ativa com seus militantes, que devem ser defendidos da sanha fascista, por todos os ativistas da vanguarda classista. Este mesmo método de classe deve ser adotado diante de qualquer organização ou coletivo de militantes de esquerda perseguidos pelo Estado burguês ou grupos nazifascistas, sem que esta ação signifique a formação de qualquer bloco ou frente reformista com estes setores.