Milícia anticomunista
agride e expulsa militante do PCR do ato na Sé. A resposta do movimento deve
ser a adoção de um programa socialista diante do esgotamento do regime burguês!
Nesta tarde de 18/06 em
mais um ato na Praça da Sé no centro de São Paulo contra o aumento das tarifas
de transporte público, um militante do Partido Comunista Revolucionário (PCR)
foi agredido e expulso da manifestação por estar erguendo a bandeira vermelha
do seu partido. A ação de caráter anticomunista partiu de milicianos
neofascistas que agora passaram a integrar, em conjunto com policiais
infiltrados e provocadores de direita, os protestos nas principais cidades do
país. Portando bandeiras do Brasil e cartazes contra a presença de organizações
de esquerda nas mobilizações, estes milicianos anticomunistas contam com o
apoio político do “PIG” que os considera como a ala “pacífica e patriótica” do
movimento nacional dos manifestantes. A mídia “murdochiana” especialista em
fraudar a realidade, não para de tecer elogios ao que já considera a maioria
“democrática” das mobilizações, ou seja os neofascistas da classe média que
destilam seu ódio de classe a tudo que lhes pareça de esquerda. Não por
coincidência, o novo garoto propaganda da Globo, o ex-LIBELU Demétrio Magnoli,
vociferou nesta mesma noite contra o que considera de “filhotes Chavistas”
encastelados nas estruturas de “poder” do Estado brasileiro e em apoio ao
antipartidarismo das manifestações que tomaram conta do país.
Diante das provocações
da direita golpista, que tenta hegemonizar o movimento, algumas correntes
revisionistas, como o PCO, vem defendendo o estabelecimento de uma frente única
da esquerda. A “proposta” revela antes de mais nada uma grotesca caricatura do
que foi a defesa feita por Trotsky da frente única operária contra o fascismo.
Defender uma frente política significa em primeiro lugar identificar o mesmo
inimigo comum, e este não é o caso do PSOL, PSTU e nem mesmo do PCO, que estão
na mesma barricada da OTAN e da reação imperialista na guerra da Líbia, Síria e
Líbano. Estes setores tampouco identificam o “PIG” como um inimigo comum e que
está por trás das ações neofascistas. O PSTU, também alvo dos anticomunistas,
chega ao cúmulo de defender o direito “democrático” dos neofascistas portarem
suas bandeiras nas manifestações, afinal de contas são aliados políticos desta
escória em Cuba, Venezuela e na Síria. Como se pode aferir, conformar uma
unidade de ação com estes revisionistas, “amigos” de blogueiras da CIA é de uma
completa inutilidade política e nada tem a ver com verdadeira frente única
operária defendida por Trotsky, que afirmava que o fascismo deve se enfrentado
com métodos de guerra civil.
A alternativa que se
coloca para derrotar a direita e as milícias anticomunistas que estão se
formando, é a adoção de uma plataforma revolucionária e socialista para o
movimento, neste sentido deve ser construída urgentemente uma direção
classista, com os melhores ativistas iniciais do Movimento do Passe Livre.
Dotar este movimento nacional de massas, que se diz “horizontal” de uma direção
centralizada é o único caminho para a vitória e o consequente atendimento das
reivindicações. A via mais curta para a derrota é reproduzir no Brasil as “experiências”
dos “Indignados” do estado Espanhol ou do “Occupy” em New York, onde a tônica
do apartidarismo foi a via de entrada da direita no movimento.
Apesar de nossas
profundas divergências com a trajetória oportunista do PCR, desde a LBI
prestamos nossa solidariedade ativa com seus militantes, que devem ser
defendidos da sanha fascista, por todos os ativistas da vanguarda classista.
Este mesmo método de classe deve ser adotado diante de qualquer organização ou
coletivo de militantes de esquerda perseguidos pelo Estado burguês ou grupos
nazifascistas, sem que esta ação signifique a formação de qualquer bloco ou
frente reformista com estes setores.