Neste 31 de Março completa-se 55 anos do sinistro Golpe de Estado que
deu origem a ditadura militar assassina no Brasil. Centenas de militantes de
esquerda foram mortos e perseguidos pela imposição de um regime de exceção
patrocinado pela burguesia e imperialismo ianque que controla até hoje o país, agora
pelas mãos de uma ditadura de classe da democracia burguesia que levou o
fascista Bolsonaro ao governo central pela via da fraude eleitoral. Alertamos que ao contrário
do “senso comum” amplamente difundido pela mídia capitalista e em parte
legitimado pela esquerda palatável, os nossos combatentes da ditadura não foram
mortos “lutando pelo restabelecimento da democracia”, tombaram no confronto
direto com as forças da repressão pela causa da revolução socialista, mais além
dos desvios políticos das direções reformistas e etapistas que hegemonizavam o
momento. A concepção da “democracia como valor universal” não permeava as mentes
de nenhum dos nossos heróis que deram suas vidas no combate revolucionário
contra a ditadura militar e não é a meta a ser buscada hoje pelos Marxistas
Leninistas. Neste ponto reside a contradição fundamental entre o regime de
“exceção” imposto ao país pelas classes dominantes e o conjunto da militância
socialista naquela etapa da luta de classes. Salvo alguns setores do “Partidão”
que já flertavam com uma “flexibilização” do leninismo em direção à social
democracia, o que anos depois daria origem ao chamado “eurocomunismo”, as
organizações de esquerda (como a ALN de Marighella) que se levantaram em armas
contra os facínoras adotavam a estratégia da defesa da ditadura do proletariado
versus ditadura capitalista, sob a forma concreta assumida em 64 de um regime
político militar. Somente após décadas, justamente na transição da ditadura
militar à democracia burguesa, regime por excelência do modo de produção
capitalista segundo Marx, irá acontecer a “metamorfose” da esquerda reformista
assumindo as teses do “triunfo” da democracia sobre o “autoritarismo
leninista”. Com a queda do Muro de Berlim em 1989, esta mesma esquerda, já
formatada a “Nova República”, se transfere definitivamente de “malas e
bagagens” para o campo “republicano” das instituições representativas do
capitalismo, como faz o PT hoje, completamente refém do jogo parlamentar
burguês mesmo em meio a escalada golpista. Um bom começo para colocar em
prática as lições do golpe de 1964 é somar-se as manifestações convocadas para
este 31 de Março, quando se completam os 55 anos do golpe militar de 1964 não
para defender a democracia burguesa mas para chamar pela derrota do governo Bolsonaro,
a reação burguesa e contra o ajuste neoliberal, através da construção da Greve
Geral! Nunca mais ditadura militar, mas combatendo com o mesmo vigor a ditadura
de classe da democracia burguesa! Lutemos hoje para derrotar a ofensiva
fascistóide da direita contra as parcas liberdades democráticas existentes em
nosso país e as conquistas sociais arrancadas com muita luta pelo proletariado.
Tanto ontem como hoje a defesa das liberdades democráticas e das conquistas
operárias é uma tarefa revolucionária da classe operária organizada em sua luta
contra ditadura do capital e pela Revolução Socialista! Em memória de todos os
heróis do povo brasileiro que tombaram na brava resistência ao regime militar,
neste aniversário sinistro dos 55 do golpe militar afirmamos em uníssono: o Socialismo
triunfará historicamente sobre as cinzas dos fascistas que defendem a volta da
ditadura militar e dos neoliberais de todos os matizes políticos que na democracia
dos ricos via seus “governos eleitos” exploram os trabalhadores a serviço do
grande capital, da mesma forma que fizeram os generais assassinos!
domingo, 31 de março de 2019
sábado, 30 de março de 2019
IMPASSE DO “BREXIT” NO PARLAMENTO BRITÂNICO: EXTREMA-DIREITA
AVANÇA COM O FRACASSO DA CONSERVADORA MAY ENQUANTO “ALA ESQUERDA” DO TRABALHISMO
MOSTRA-SE IMPOTENTE PARA APRESENTAR UMA SAÍDA OPERÁRIA! DIANTE DA CRISE, OS
MARXISTAS DEFENDEM A UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS DA EUROPA!
O Parlamento britânico recusou nesta sexta-feira (29), pela
terceira vez, o acordo de Theresa May para o Brexit. A reprovação do documento,
que já foi aceito pela União Europeia, deixa o Reino Unido cada vez mais
próximo de abandonar o bloco em 12 de abril sem estabelecer os parâmetros para
o período de transição ou para sua futura relação com os antigos parceiros.
Nesta manhã, 344 deputados votaram contra e 286 a favor do acordo – uma margem mais
apertada que nas duas votações anteriores, quando a premiê sofreu derrotas mais
contudentes. Uma vez revelados os votos, Theresa May disse que o resultado tem
"graves" consequências e admitiu que teme que o Parlamento tenha
chegado ao limite do processo. Com esta rejeição, o governo não poderá
prorrogar o Brexit para 22 de maio, como esperava, e a nova data para a saída
fica, em princípio, fixada em 12 de abril, quando o Reino Unido terá que deixar
o bloco europeu sem acordo nenhum, caso até lá não apresente novas propostas e
solicite uma prorrogação mais longa. Como afirmamos anteriormente, esse
resultado terá consequências diretas no processo de reorganização do fascismo
europeu, agora impulsionado a ingressar em uma escala estatal. É óbvio que
muito além das questões institucionais está em jogo poderosos interesses de
mercado do imperialismo ianque, que apontavam para manter a subordinação
comercial da Europa a indústria dos EUA. É neste ponto que se concentra o papel
econômico da UK, um forte entreposto comercial dos EUA no mercado comum
europeu. Os Marxistas Revolucionários não nutrem ilusão alguma na unidade do
capital financeiro europeu celebrada no Tratado de Maastricht, porém não
podemos assistir passivos a ofensiva fascista protoimperialista ganhar fôlego
com o triunfo do "BREXIT". Sabemos historicamente que o nazismo
necessita controlar um forte estado nacional para "desafiar" seus
concorrentes imperialistas "democráticos", a Inglaterra pode servir
de escada para esta escalada mundial, ao contrário da Alemanha atual que não
possui contingente militar autônomo da OTAN.
quinta-feira, 28 de março de 2019
POLÊMICA COM O CHAVISMO: PRESENÇA MILITAR RUSSA NA VENEZUELA
“DESENCORAJA” POSSÍVEIS “AVENTURAS” DE TRUMP E SEUS LACAIOS FASCISTAS BOLSONARO
E IVÁN DUQUE, MAS NÃO GARANTE AVANÇO SOCIALISTA NA EXPROPRIAÇÃO DA BURGUESIA
BOLIVARIANA
A Cônsul Geral da Venezuela no Brasil e a BLT |
Trotsky ao se referir sobre o caráter de classe da
burocracia stalinista a definia como “dual”, ou seja carregava ao mesmo tempo
elementos históricos progressivos mas também contrarrevolucionários. Para o
Marxismo Revolucionário a questão em “decifrar” o caráter dual de situações
políticas ou mesmo de fenômenos sociais contraditórios é saber colocar os
interesses estratégicos do proletariado sempre no primeiro plano histórico.
Hoje na Venezuela estamos vivendo uma conjuntura de profunda complexidade, onde
estão concentrados muitos elementos duais, muito parecidos (guardadas as
proporções e etapas históricas distintas) com aqueles que o “velho” Bolchevique
caracterizava em seu livro “ A Revolução Traída” como a “contradição do
contraditório”. A forte presença do moderno equipamento bélico russo (mísseis,
jatos, bombardeiros, tanques etc..) em solo venezuelano tem sido uma garantia
para desencorajar possíveis aventuras militares do palhaço reacionário Trump e
seus lacaios fascistas regionais como Bolsonaro e Iván Duque contra o regime
nacionalista burguês chavista. As recorrentes ameaças do Pentágono em um ataque
de suas forças militares, apoiado por tropas brasileiras e colombianas, se
esfumaçaram por completo diante da imensa superioridade operacional do regime comandado
por Maduro em relação aos governos direitistas que integram o chamado “Grupo de
Lima”. A chegada de novas armas balísticas em Caracas vindas de Moscou no
início desta semana fez com Trump perdesse novamente a “linha”, após o fiasco
completo da “Operação Caballo de Troya”. O potente armamento adquirido pelo
presidente Maduro (mísseis de longo alcance que podem atingir até o território
ianque) é a última remessa em equipamentos de um contrato de cooperação militar
bilateral celebrado ainda na época em que o comandante Hugo Chávez estava vivo,
e que de fato em conjunto com os caças Sukhoi, desequilibram a relação de
forças entre a Venezuela e o restante dos países do continente. O bufão Trump
voltou a falar em “opções de ataque”, mas além de esbravejar nada poderá fazer
sem colocar em risco a própria hegemonia do imperialismo ianque no plano
mundial, e isto o “falcões” do Pentágono não querem arriscar. Nós Trotskistas
defendemos o pleno direito do regime chavista armar-se “até os dentes”,
inclusive com artefato nuclear, para dissuadir os chacais imperialistas e seus
vassalos latino-americanos de atacarem as conquistas sociais instauradas pelo
regime nacionalista chavista. Com a mesma lógica Marxista condenamos o boicote
e a sabotagem econômica promovida pelos trustes capitalistas internacionais
contra o povo pobre e os trabalhadores da Venezuela. Porém se os Bolcheviques
acertam ao estabelecer uma justa frente única de ação com o regime chavista
contra o imperialismo ianque que pretende espoliar as riquezas minerais da
Venezuela, não podemos nos abster de caracterizar esta situação como
extremamente contraditória e dual, como defina Trotsky. Se ao mesmo tempo em
que os Marxistas arregimentamos forças ao lado de Maduro e Putin em oposição as
investidas da Casa Branca, nos colocamos na linha de frente do combate contra a
“boliburguesia” e suas medidas de opressão e exploração do proletariado
venezuelano. Para a fração capitalista que sustenta o regime chavista, basta
fiar-se no poderio militar russo para estabilizar a situação política e buscar
um acordo com os fascistas ligados a Trump. Por outro lado a pesada ajuda
logística do Kremlin a Maduro está orientada no sentido da manutenção da ordem
capitalista, assim como atua na Síria e Irã evitando qualquer ruptura
revolucionária com o sistema. Ao impulsionar o movimento de massas à
expropriação dos grupos capitalistas, inclusive a “boliburguesia” que hoje
controla o mercado interno, lutando pelo armamento popular e das milícias
chavistas, as Brigadas Trotskistas estão
sujeitas a dura repressão do governo Maduro, enquanto trata os sabotadores e
entreguistas como Guaidó com todas as garantias e “gentilezas” que não poderiam
ser dispensadas a um contrarrevolucionário manietado por Washington. É certo
que merece o vigoroso repúdio político da classe operária mundial as correntes
revisionistas (LIT, UIT, PTS) que se alinham ao imperialismo para derrotar
Maduro, porém não é menos nocivo o outro setor do revisionismo (PCO, CMI, SU)
que capitulam vergonhosamente embelezando o chavismo em nome de se opor a
Trump. Saber caminhar sobre a tênue linha programática que separa a plataforma
da capitulação e o projeto do esquerdismo do genuíno Bolchevismo, é a principal
arma política e militar dos Trotskistas na prova de fogo da crítica realidade
venezuelana.
Secretário Geral da LBI, Candido Alvarez, entrega a Cônsul Geral da Venezuela no Brasil, Sonia Jacqueline Rossel, o programa da BLT (Brigada Leon Trotsky) |
quarta-feira, 27 de março de 2019
55 ANOS DO GOLPE MILITAR DE 1964: HONRAR A MEMÓRIA DE NOSSOS
COMBATENTES QUE TOMBARAM NA LUTA! ORGANIZAR EM TODO PAÍS ATOS DE REPÚDIO CONTRA
A PROVOCAÇÃO DE BOLSONARO E A REAÇÃO FASCISTA!
Neste 31 de Março completam-se 55 anos do golpe militar de
1964. Bolsonaro orientou os comandantes das FFAA a comemorarem a data que
marcou o início da ditadura assassina no Brasil. Segundo o porta-voz do
fascista “O nosso presidente já determinou ao Ministério da Defesa que faça as
comemorações devidas com relação a 31 de março de 1964, incluindo uma ordem do
dia, patrocinada pelo Ministério da Defesa, que já foi aprovada pelo nosso
presidente”. Este dia, há 55 anos atrás, foi escolhido pelos generais golpistas
em conluio com a cúpula da UDN e até mesmo setores do próprio PSD para
desencadear a ação militar que levaria à renúncia do presidente João Goulart. O
governo de João Goulart (Jango) foi o último de uma geração de governos
nacionalistas burgueses, surgidos com Getúlio Vargas e parcialmente Juscelino
Kubitschek que defendiam um desenvolvimento nacional “autônomo” da burguesia
brasileira. Para isto, tentaram melhorar as condições de infraestrutura para o
desenvolvimento da indústria de transformação, como a expansão da siderurgia,
das usinas hidrelétricas, a instalação da indústria da construção naval, a
expansão da indústria automobilística e a abertura de novas rodovias, unindo
regiões até então isoladas do país. Todavia, a industrialização do país
fortaleceu numérica e politicamente ao movimento operário. O ascenso das massas
e o amadurecimento das condições objetivas para a revolução socialista sempre
atemorizaram mais à tacanha burguesia nacional do que submeter-se à condição de
sócia minoritária dos negócios do grande capital ianque, renunciando a seus
sonhos nacional-desenvolvimentistas. Historicamente, a burguesia brasileira se
mostrou incapaz de romper com o imperialismo e resolver plenamente as tarefas
democráticas e de emancipação nacional pendentes no país, como a reforma
agrária, a ruptura com o atraso e a dependência econômica frente ao
imperialismo, o fim do analfabetismo e das desigualdades regionais. As
“Reformas de Base” eram apresentadas como uma solução para a crise gerada pelo
atraso nacional. Visando a ampliação do mercado interno, medidas como a desapropriação
dos latifúndios improdutivos e a distribuição de terras às massas camponesas
tinham como objetivo, além de fomentar o crescimento do número de trabalhadores
com poder de compra, estendendo os direitos trabalhistas às massas assalariadas
agrícolas, aumentar a produção de gêneros alimentícios a baixo custo para
ampliar o mercado consumidor de produtos da indústria nacional. Para aumentar o
poder aquisitivo dos trabalhadores urbanos, além do salário mínimo, repouso
remunerado, férias e 13º salário, o governo prometia uma nova política
habitacional que estimularia a redução dos custos dos aluguéis. O projeto das
Reformas de Base buscava também a ampliar o mercado externo por meio do
incremento das relações comerciais com os Estados operários, como China e a
URSS. Para conter a sangria de recursos financeiros nacionais, propunha a
limitação às remessas de lucro das empresas estrangeiras para o exterior. Mas,
em si, as “Reformas de Base” estavam longe de representar uma ameaça ao
capitalismo. O ascenso do movimento operário e popular, cujas mobilizações,
impulsionadas pela luta em defesa das reformas de base, vinham crescendo
rapidamente desde o início da década de 1960, era o que realmente constituía o
centro das preocupações da burguesia e do imperialismo ianque. As grandiosas
manifestações de massas em defesa das reformas eram utilizadas por João Goulart
muito mais para chantagear os setores reacionários da burguesia e o
imperialismo, exigindo que estes fizessem a opção entre o projeto burguês
nacionalista das reformas ou a revolução social e o comunismo. A essa
chantagem, os setores conservadores da burguesia nacional, com o apoio da
igreja católica e do imperialismo ianque, responderam com a reacionária Marcha
da Família com Deus pela Liberdade (que os neonazistas pretendem reeditar
agora) e com golpe contrarrevolucionário de 31 de Março, como uma ação
preventiva diante do crescimento do movimento das massas operárias e
camponesas, que se manifestava em inúmeras greves e embriões de duplo poder,
como as Ligas Camponesas no Nordeste. 55 anos depois do golpe militar a luta
contra a reação fascista está na ordem do dia para honrar os nossos combatentes que tombaram na luta, enfrentando com a convocação de
atos de protestos a provocação convocada por Bolsonaro junto com o alto comando
das FFAA!
Livro lançado pela LBI nos 40 anos do golpe militar |
terça-feira, 26 de março de 2019
PT e PSOL COMPÕEM FRENTE PARLAMENTAR DE COLABORAÇÃO DE
CLASSES COM PDT, PCdoB, PSB E REDE: “AMPLA UNIDADE DO CAMPO DEMOCRÁTICO” COM
GOLPISTAS E A REACIONÁRIA OLIGARQUIA GOMES
PSOL, PCdoB, PT, PDT junto com os golpistas PSB e Rede se
reuniram na tarde desta terça-feira (26), para apresentar um documento de
suposto repúdio à aprovação da Reforma da Previdência. Registre-se que a
oligarquia Gomes, que controla o governo petista no Ceará, é favorável à
aprovação do ataque neoliberal de Bolsonaro e já aplica o ajuste draconiano
onde administra. O PDT abriga Ciro Gomes que não se cansa de atacar a
“quadrilha do PT” com seu bordão “O Lula tá preso babaca!”. O líder da Bancada
do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS),
destacou a unidade dos partidos presentes à reunião “Esse é um gesto político
de profunda importância, que terá repercussões positivas, pois demonstramos
claramente à sociedade a capacidade real de articulação política que temos no
Congresso Nacional e também a mobilização da sociedade para ajudar a derrotar
essa proposta, que chamo de tentativa de destruição da Previdência pública no
Brasil”. Horas antes, o coordenador do MTST e ex-candidato à presidência da
República, Guilherme Boulos, também se reuniu pela manhã com representantes do
PSOL, PCdoB, PT e PSB com o objetivo promover a unidade política-eleitoral da
centro-esquerda burguesia diante do desgaste do governo Bolsonaro. “Hoje
reunimos eu, Fernando Haddad, Sônia Guajajara, Flávio Dino e Ricardo Coutinho
para reforçar a importância da unidade da oposição contra o desgoverno de
Bolsonaro”. No encontro da nova frente de colaboração de classes selaram uma
aliança em torno de quatro pilares de um típico programa socialdemocrata: a
defesa da democracia burguesa, a reivindicação de um “Brasil soberano” contra a
entrega das riquezas nacionais, a defesa do chamado “Estado de Direito” e por
fim colocam-se contra a reforma da previdência de Bolsonaro proposta por Paulo
Guedes. Tendo por base esta plataforma policlassista, o documento assinado
pelos representantes partidários conclui: “Essa reunião expressa o desejo de
ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer
propostas progressistas para o Brasil”. Como nos ensina do dito popular “Para o
bom entendedor meias-palavra basta”, essa articulação visa estabelecer as bases
para uma frente político-eleitoral para atual no parlamento e nas eleições de
2020 surfando no desgaste prematuro do governo Bolsonaro. Esta unidade já havia
se expressado parcialmente nas eleições para a Câmara dos Deputados, sem o
PCdoB integrá-la por apoiar o neoliberal Rodrigo Maia (DEM) e na chapa única
para a mesa diretoria da Alerj, onde o PSOL votou no PT para presidir a Casa,
apoiando André Ceciliano, aliado confesso da quadrilha de Cabral e Pezão. Agora
essa unidade deve se expressar em uma atuação no Congresso Nacional e
fundamentalmente nas eleições municipais de 2020, onde estes partidos devem
marchar aliados em coligações nas capitais e cidades importantes. Também nos
sindicatos as “chapas únicas” entre as colaterais desses partidos (CUT, CTB,
CSB e Intersindical) já são uma realidade sob o pretexto da necessidade da
“ampla unidade” contra o governo Bolsonaro. Essa “nova” frente de colaboração
de classe não representa um ponto de apoio para a luta dos trabalhadores e sim
um obstáculo político para impedir o combate revolucionário de classe ao
governo Bolsonaro e suas reformas neoliberais que estão em pauta no corrupto
Congresso Nacional. Seu limite político-programático é a institucionalidade
capitalista, a defesa da democracia burguesa e a reivindicações de um programa
neodesenvolvimentista, todo esse arco “sonhando” em voltar ao Planalto para
aplicar a mesma receita de pequenas “compensações sociais” das gestões
petistas. A Casa Branca e a burguesia tupiniquim a ela servilmente associada
descarta no momento um possível retorno do PT ao governo central, fazendo com
que os esforços da Frente Popular em reeditar seu bloco burguês “progressista”
sejam inúteis. Entretanto essa articulação provoca a paralisia do movimento
operário, que caminha a “passos de tartaruga” no necessário combate ao “ajuste”
exigido pelos rentistas do mercado financeiro. Nesse sentido, as reuniões de
hoje devem ser denunciadas como mais um passo para subordinar o movimento de
massas a uma estratégia que visa capitalizar o justo ódio dos trabalhadores
para o terreno eleitoral, usando o desgaste do governo Bolsonaro para as
disputas das instituições burguesas, tanto que no documento não se convoca a
necessidade de se construir a Greve Geral e sim “oferecer propostas
progressistas para o Brasil”, ou seja, se lança como uma alternativa de
gerência burguesa diante da crise política em que encontra-se mergulhado o
governo.
TORTURADO NA ITÁLIA: PROMOTOR FASCISTA VIRA PORTA VOZ DE BATTISTI E “CONFESSA” CRIMES DO PASSADO SEM QUE O ACUSADO POSSA SE MANIFESTAR
Um cenário surreal ocorre hoje na Itália, governada pela
extrema direita. Um promotor de justiça responsável institucionalmente pela
acusação dos acusados se transforma em porta voz do preso e confessa ele mesmo
os supostos crimes do acusado que não pode se manifestar por estar em regime
especial de isolamento total. Vejam que se trata de uma “inovação” radical no
país que fundou os alicerces do “Direito Romano”, referência histórica mundial
de garantias jurídicas individuais, porém agora na Itália semifascista quem
fala pelos acusados não é mais o advogado de defesa e sim o próprio responsável
do Estado pela acusação, o promotor! Estamos falando do caso concreto de Cesare
Battisti, que está encarcerado em um regime fechado na prisão de Oristano
destinado a “terroristas”. Segundo o procurador fascista Alberto Nobili,
responsável pelo grupo antiterrorista da cidade de Milão, Cesare Battisti
admitiu envolvimento em quatro assassinatos durante interrogatório, fato
relatado amplamente pela mídia corporativa italiana nesta última
segunda-feira (25/03). Também o procurador-geral de Milão, Francesco Greco,
afirmou que ele admitiu "suas responsabilidades" em quatro
assassinatos, nos ferimentos causados a outras três pessoas e em muitos roubos
feitos pela grupo, em uma declaração dada ao jornal “Corriere della Sera”. Ou
seja um Battisti torturado e silenciado e sem direito a defesa alguma, agora
fala pelo boca de seus algozes, os promotores e procuradores da justiça
italiana. Por quase 40 anos, Battisti ficou foragido e morou na França e no
Brasil. Ele chegou a conseguir refúgio no Brasil em 2009, mas o status,
concedido a ele pelo então presidente Lula, foi revisto em dezembro do ano
passado, pelo golpista Michel Temer, que autorizou sua extradição. Cesare foi
para a Bolívia no início deste ano em busca de asilo político, mas
desgraçadamente o governo Social Democrata do traidor Evo Morales o prendeu
entregando o Battisti para a polícia fascista italiana. A LBI e outras
organizações políticas, além de várias entidades democráticas, estamos
impulsionando uma campanha internacional de solidariedade a Cesare Battisti,
exigindo do governo italiano de Giuseppe Conti a imediata liberdade do ex-dirigente do grupo Proletários Armados pelo Comunismo(PAC).
segunda-feira, 25 de março de 2019
TEMER JÁ EM LIBERDADE: O “AVISO” A RODRIGO MAIA E BOLSONARO FOI DADO PELA “LAJA JATO”... O “MERCADO” EXIGE A VOTAÇÃO DA REFORMA NEOLIBERAL DA PREVIDÊNCIA SEM MAIS DEMORA!
O desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, determinou nesta segunda-feira 25 a soltura do
ex-presidente. A decisão também inclui a liberdade do ex-ministro Moreira
Franco. A princípio, o julgamento dos recursos dos dois presos seriam
analisados nesta semana, em sessão do TRF-2 de quarta-feira 27, conforme
determinação do próprio desembargador Athié. No julgamento de quarta, os habeas
corpus seriam analisados pelo colegiado. Com a decisão desta segunda, o
desembargador se antecipou à avaliação da turma. Em resumo, o “aviso” a Rodrigo
Maia e ao próprio Bolsoanaro foi dado: o “Mercado” exige a votação imediata da Reforma Neoliberal da Previdência,
a Lava Jato é quem opera essa chantagem sob as ordens de Moro via o
Ministério da Justiça e de seu preposto no Rio de Janeiro, o Juiz Bretas. Como
afirmamos, a breve prisão de Temer não se tratou evidentemente de uma “moralização” do regime
bonapartista, mas sim de uma barganha do mercado (o chefe de fato da Lava Jato)
para que o governo fascista se empenhe ao máximo na aprovação do texto integral
da (contra) reforma, porque caso o Congresso rejeite o projeto neoliberal
Bolsonaro terá, junto com Rodrigo Maia, o mesmo destino de Lula... Quem
governa o país após o golpe
institucional é a embaixada norte-americana que não tolera “vacilos” de seus
gerentes na estratégia imperialista de recolonização. Para barrar essa operação
reacionária em curso é necessário a mobilização da classe trabalhadora,
perspectiva que vem sendo sabotada pela política de colaboração de classes do
PT e da CUT. Nem a reacionária Lava Jato e tampouco o corrupto Centrão são
alternativas minimamente progressivas para a classe operária. É necessário
retomar a trilha da independência de classe, construindo na ação direta das
massas a greve geral por tempo indeterminado para derrotar o “ajuste” imposto
pelo mercado, e ao mesmo tempo forjando o embrião de poder revolucionário do
proletariado! Somente os trabalhadores podem dar um desenlace progressista a
crise em curso, derrubando o governo Bolsonaro, denunciando a quadrilha golpista de
Temer e superando a política de traição da Frente Popular. Esse senda necessita
a construção de uma alternativa de direção revolucionária que rompa com a institucionalidade
burguesa e não tenha como horizonte o circo eleitoral da democracia dos ricos!
DESEMBARGADOR MANDA SOLTAR TEMER E SUA QUADRILHA: MEDIDA
JUDICIAL EVITOU O DESGASTE DO STF QUE JÁ SE PREPARAVA PARA LIBERTAR O BANDIDO
GOLPISTA
A Justiça Federal determinou nesta segunda-feira (25/03) a
soltura do bandido golpista Michel Temer e sua quadrilha que estava presa desde
quinta-feira passada em uma dependência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
A decisão judicial de libertar Temer foi tomada pelo desembargador Antonio Ivan
Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, anulando assim a determinação
do dublê carioca de “justiceiro” Marcelo
Bretas, juiz de primeira instância. Ficou evidente na ação do desembargador o
racha existente entre a famigerada operação Lava Jato, incluindo sua “força
fascista tarefa” de procuradores, e a
alta cúpula do judiciário que ainda está sob o comando do STF, ou pelo menos a
maioria do “supremo” órgão do bonapartismo judicial. Apesar de alguns elogios a
figura de Marcelo Bretas feitas formalmente pelo desembargador, Athié fez duras críticas à Lava Jato, afirmando que
houve "caolha interpretação" e que a prisão foi embasada em
"suposições de fatos antigos, apoiadas em afirmações do órgão acusatório,
ao qual não se nega- tem feito um trabalho excepcional, elogiável, no combate
à corrupção em nosso país". Neste caso do processo acusatório contra o
bando golpista de Temer, ao contrário do que ocorre com o ex- presidente Lula,
a máfia togada encontra-se dividida, expressando o próprio racha no interior
das classes dominantes em relação aos rumos políticos do país. O PT e seus
apêndices da esquerda reformista voltaram a ter fortes esperanças que a
burguesia viesse resgatar Lula do cárcere para que retornar uma nova gerência
neoliberal do Estado Burguês, por isso se perfilaram na defesa do bando de
Temer sonhando em repetir a aliança que celebraram com as oligarquias corruptas
nos treze anos de governo da Frente Popular. Porém se a burguesia nacional está
parcialmente rachada em relação a posição tomada diante do prematuro colapso do
governo fascista Bolsonaro&Moro, o imperialismo continua plenamente
unificado na determinação que se finalize a pauta draconiana das
(contra)reformas neoliberais. Neste sentido a Casa Branca descarta no momento
um possível retorno do PT ao governo central, fazendo com que os esforços do PT
em reeditar seu bloco burguês “progressista” seja inútil neste momento de crise
política. O que realmente o PT provoca em sua ânsia de fechar alianças com as
oligarquias burguesas é a paralisia do movimento operário, que caminha lento
e “de lado” no necessário combate ao
“ajuste” exigido pelos rentistas do mercado financeiro. Os Marxistas não defenderão
a liberdade de Temer e tampouco o movimento fascista dos criminosos da Lava
Jato, alertamos ainda que as manobras de espetáculos policiais são uma
expressão do regime bonapartista de exceção que vigora no país, após o golpe
parlamentar que derrubou o governo do PT.
sábado, 23 de março de 2019
97 ANOS DO PCB: DA GÊNESE REVOLUCIONÁRIA À SUBMISSÃO AO STALINISMO... ATÉ CHEGAR À CONDIÇÃO ATUAL DE SUBLEGENDA DO PSOL
O PCB completa 97 anos nesse 25 de março, um partido
totalmente diferente do ponto de vista político e programático da organização
comunista que teve sua gênese revolucionária em 1922 sob a influência direta da
vitória da Revolução de Outubro 1917, quando os nove delegados fundaram o
partido em ruptura com o anarquismo. O antigo “Partidão” não passa hoje no
Brasil de uma sublegenda do PSOL e seu programa socialdemocrata. O mais
interessante é que nas atuais comemorações o atual PCB reivindica a figura de
Luis Carlos Prestes. Desta forma encobre cinicamente e de forma oportunista o
fato de até mesmo ele ter rompido publicamente com o PCB em março de 1980
através da famosa "Carta aos Comunistas". Nesta época, Prestes
denunciou a política de claudicação do partido ao governo militar comandado
pelo general Figueiredo e a orientação de não resistência à ditadura na década
de 70, rompendo junto com os mais importantes quadros do partido, como Gregório
Bezerra e reduzindo o PCB a um "partidinho". Também não esqueçamos
que Ivan Pinheiro, até recentemente Secretário-Geral do PCB
"reconstruído" e agora substituído por Edmilson Costa, foi o braço direito
da troika Giocondo Dias, Salomão Malina e Hércules Correa quando estes
combatiam Prestes no final dos anos 70, no momento em que a direção nacional
voltou ao Brasil devido à aprovação da Lei da Anistia. Precisamente em março de
1980, Prestes em minoria na direção se afastou do PCB, arrastando consigo a
maioria do partido, processo que tempos depois veio a se desmoralizar pela
diletante negativa de Prestes em construir uma nova organização política. Em
maio do mesmo ano, no auge das divergências, a direção nacional elegeu Giocondo
Dias secretário-geral, depois de declarar vago o cargo. Com a legalização do
PCB em 1985, Giocondo exerceu sua função até o VIII Congresso, em 1987, quando
foi substituído, por motivos de saúde, por Salomão Malina. Durante todo esse
período, ao seu lado estavam Hércules Correa, "teórico" do peleguismo
sindical no Brasil e Ivan Pinheiro, então presidente do Sindicato dos Bancários
do Rio de Janeiro, representando as posições mais à direita no movimento
operário brasileiro em uma época de clara radicalização das lutas, com a
vitória das oposições sindicais cutistas. Estes senhores combateram a fundação
da CUT e do PT, atacando-os violentamente como instrumentos da ditadura
militar, "divisionistas da esquerda". Na verdade, quem fazia o jogo
da oposição burguesa à ditadura militar contra o novo sindicalismo e o PT, que
na época agrupava o grosso da vanguarda classista e se colocava como
alternativa política ao PMDB, era o stalinismo agrupado no PCdoB como o PCB e
juntos na arquipelega CGT. Não por acaso, apoiaram o golpe do Colégio Eleitoral
com a indicação de Tancredo Neves e, logo depois, com a ascensão da "Nova
República", viraram "fiscais do Sarney" e de seu Plano Cruzado.
Durante todo esse período, Ivan Pinheiro foi entusiasta defensor dessa política
que resultou no lançamento da candidatura de Roberto Freire em 1989 para
combater o PT nas eleições presidenciais. Foi essa trajetória tão direitista
que levou em 1992 a maioria do PCB a se converter no núcleo fundador do PPS sob
a direção de Salomão Malina e Freire. Só aí Ivan Pinheiro rompeu com esse grupo
revisionista que tinha ido longe demais em seus ataques aos princípios do
marxismo em função da onda contrarrevolucionária mundial desencadeada com o fim
da URSS que converteu vários partidos comunistas do planeta em partidos
sociais-democratas. A origem desse processo é que a orientação levada a cabo
pela atual direção do PCB após a ruptura com Salomão Malina, Sérgio Arouca e
Roberto Freire em 1992 foi a do reformismo burguês de "esquerda".
Logo em 1994, o PCB apoiou a candidatura petista atacando o "sectarismo e
o esquerdismo" daqueles que denunciavam o caráter burguês da postulação de
Lula, orientação que permaneceu até 2002, mesmo com o PT tendo como candidato a
vice-presidente o megaempresário José Alencar, sendo porta-voz de um programa
abertamente pró-imperialista expresso na "Carta aos Brasileiros"
(leia-se aos banqueiros). Após ter rompido com o governo Lula em 2005, devido à
"crise do mensalão", quando o PCB avaliava que a gestão da frente
popular iria naufragar, o partido passou a patrocinar o eleitoralismo
pequeno-burguês em torno da "frente de esquerda" com o PSTU e PSOL.
Tanto que apoiou Heloísa Helena em 2006, paladina de um programa de reformas no
regime político democratizante bastardo de corte nacional-desenvolvimentista,
mesclado com traços reacionários de defesa ferrenha da Constituição. Tanto Lula
como Dilma tiveram o apoio do PCB nos segundos turnos das eleições
presidenciais de 2006 e 2010 ao lado das demais legendas que representam o
serviçal espectro stalinista em nosso país (PCdoB, PCR, PCML-Inverta),
recorrendo ao surrado e cômodo pretexto de "derrotar a direita
demo-tucana". Em 2018 o PCB embarcou em uma aliança com o PSOL em apoio à
candidatura social democrata Boulus, com atual Secretário-Geral do PCB,
Edmilson Costa, fazendo do partido uma sub-legenda do PSOL. O PCB ainda flerta
com traços político-ideológicos baseados no marxismo-leninismo, porém sua
demagogia classista e "comunista" está a serviço de encobrir na
prática sua política reformista burguesa e de colaboração de classes, que se
expressam na participação até pouco tempo em administrações petistas e nas
alianças com o PSOL, que não tem um programa de ruptura revolucionária com a
ordem burguesa ao contrário é refém do circo eleitoral fraudado da democracia
dos ricos. No momento em que o PCB completa 97 anos compreendemos que a
denúncia da trajetória de colaboração de classes do PCB ao longo de sua
história é parte da tarefa programática da construção de um genuíno partido
revolucionário no Brasil, combate que a LBI reivindica inclusive como parte da
luta que levou Mário Pedrosa e posteriormente Sachetta no próprio PCB,
respectivamente nos anos 30 e 40, quando foram expulsos do partido, já
stalinizado desde seu II Congresso em meados dos anos 20. Lançamos inclusive
uma brochura quando dos 90 anos do PCB analisando esse processo político e
histórico. É tarefa elementar dos verdadeiros marxistas leninistas o vigoroso
debate político e programático com o objetivo de forjar as bases teóricas para
que a vanguarda política possa avançar na construção de um verdadeiro partido
comunista no Brasil, honrando os esforços que fizeram os nove delegados que em
25 de março de 1922 fundaram o PCB em ruptura com o anarquismo.
SINDICATO DOS BANCÁRIOS/CEARÁ: BUROCRACIA TRAIDORA (CUT/CTB) IMPLEMENTA MEDIDAS PATRONAIS COMO TERCEIRIZAÇÃO E PLANO DE DEMISSÃO “VOLUNTÁRIA” PARA DEMITIR FUNCIONÁRIOS DA ENTIDADE!
Na primeira quinzena de março, a direção do sindicato dos bancários do Ceará, sem qualquer divulgação, consulta ou assembleia de base, lançou um plano de demissão “voluntária”, dirigido aos 28 funcionários restantes da entidade. Antes eram 34 funcionários, mas todos os seis advogados do jurídico tiveram seus contratos individuais rescindidos e o departamento jurídico foi terceirizado. Dos 28, 15 funcionários aderiram “voluntariamente” ao plano. Tudo feito em nome de uma reestruturação financeira para enfrentar o corte de receitas fruto da queda das mensalidades, seja por redução dos filiados que se aposentam ou aderem aos PDV’s dos bancos, seja pelo fim do imposto sindical que obrigava compulsoriamente os trabalhadores contribuírem com as entidades, servindo apenas para financiar direções sindicais pelegas, corruptas e vendidas aos interesses dos patrões. Ou ainda, com a recente medida provisória n.873 do governo da direita fascista de Bolsonaro, lançada em 1° de março, que obriga o pagamento da mensalidade ao sindicato só através de boleto bancário, ignorando, inclusive, o que está previsto em diversas convenções coletivas que é o desconto em folha. Não é à toa que os funcionários dos sindicatos de bancários do RJ e Londrina, por exemplo, decretaram até greve contra as medidas da burocracia sindical. Há quem diga, inclusive, que esta última iniciativa do governo contra as entidades seria para usá-la como moeda de troca com as centrais sindicais nas negociações da reforma da previdência.
Na primeira quinzena de março, a direção do sindicato dos bancários do Ceará, sem qualquer divulgação, consulta ou assembleia de base, lançou um plano de demissão “voluntária”, dirigido aos 28 funcionários restantes da entidade. Antes eram 34 funcionários, mas todos os seis advogados do jurídico tiveram seus contratos individuais rescindidos e o departamento jurídico foi terceirizado. Dos 28, 15 funcionários aderiram “voluntariamente” ao plano. Tudo feito em nome de uma reestruturação financeira para enfrentar o corte de receitas fruto da queda das mensalidades, seja por redução dos filiados que se aposentam ou aderem aos PDV’s dos bancos, seja pelo fim do imposto sindical que obrigava compulsoriamente os trabalhadores contribuírem com as entidades, servindo apenas para financiar direções sindicais pelegas, corruptas e vendidas aos interesses dos patrões. Ou ainda, com a recente medida provisória n.873 do governo da direita fascista de Bolsonaro, lançada em 1° de março, que obriga o pagamento da mensalidade ao sindicato só através de boleto bancário, ignorando, inclusive, o que está previsto em diversas convenções coletivas que é o desconto em folha. Não é à toa que os funcionários dos sindicatos de bancários do RJ e Londrina, por exemplo, decretaram até greve contra as medidas da burocracia sindical. Há quem diga, inclusive, que esta última iniciativa do governo contra as entidades seria para usá-la como moeda de troca com as centrais sindicais nas negociações da reforma da previdência.
sexta-feira, 22 de março de 2019
BALANÇO DO 22M: DISPOSIÇÃO DE LUTA DOS TRABALHADORES PARA DERROTAR A REFORMA DA PREVIDÊNCIA ESBARRA NA POLÍTICA DO PT E DA CUT DE NÃO ORGANIZAR A GREVE GERAL
Militância revolucionária da LBI em luta no 22 M |
O dia nacional de luta contra a reforma da previdência foi
uma importante demonstração da disposição de luta dos trabalhadores apesar da
política da direção da CUT e do PT de não organizar a luta direta contra o
governo Bolsonaro. Na maioria das capitais de país houveram atos e
manifestações importantes, como paralisações importantes em Belém, Fortaleza e
Goiânia. Houve um ato operário contra as demissões na Ford em SBC, com a
solidariedade de trabalhadores da Mercedez Bens. Na cidade de São Paulo,
motoristas e cobradores de ônibus organizaram uma paralisação de 1hs contra a
retirada de direitos que provocou o atraso na saída dos ônibus. A paralisação
atingiu 561 linhas e os 29 terminais municipais. Unidades da Petrobras na
Baixada Santista e Litoral Norte amanhecem paralisadas em defesa da previdência.
A presença massiva de servidores públicos, particularmente dos professores,
demonstra que esta categoria deseja luta contra a reforma neoliberal da previdência,
sendo necessário a convocação de uma greve nacional dos trabalhadores em
educação.
Nas escolas, núcleo dos professores da TRS mobiliza contra a Reforma da Previdência |
Apesar dos atos em São Paulo, Rio de Janeiro e demais estados terem
sido importantes demonstrações de força dos explorados, categorias operárias como metalúrgicos, químicos, petroleiros e dos
trabalhadores dos transportes (ônibus e metrô) quase não cruzaram os
braços neste 22M. A LBI interveio nos protestos em vários estados denunciado a
política do PT de negociar com o “mercado” a liberdade de Lula via o STF em
troca de não mobilizar os trabalhadores. O fato de afluírem centenas de
milhares de ativistas ao protesto revela o grande bloqueio a luta direta contra
o governo Bolsonaro é ausência de medidas concretas de combate, como um chamado
firme a Greve Geral por parte das direções sindicais ligadas a Frente Popular.
Fica evidente que a conjuntura de enfrentamento entre as frações burguesas (como
a prisão de Temer pela Lava Jato) dá amplo espaço para uma intervenção
independente e classista do movimento operário, entretanto o PT e a CUT
claramente optaram por negociar pequenos ajustes na reforma da previdência que
organizar a luta concreta contra o governo Bolsonaro, o que abriria um período
de série instabilidade no regime político. Os sindicalistas combativos e
classistas interviram neste 22 M com eixo oposto a política de colaboração de
classes, convocando a organização da Greve Geral na base das categorias para
derrotar através da luta direta o governo Bolsonaro e sua malfada reforma
neoliberal da previdência!
As mulheres da LBI defendem a ruptura com a paralisia da CUT/PT
|
RECAÍDA DE APOIO AO GOLPISMO FAZ O PSTU COMEMORAR A MANOBRA
DA REACIONÁRIA “LAVA JATO” CONTRA A QUADRILHA DE TEMER
O PSTU parece mesmo aquele “cachorro que caiu do caminhão da
mudança” e não sabe mais para onde ir. Depois de um longo período flertando
politicamente com os justiceiros fascistas da República de Curitiba, que
chegaram a ser comparados com o movimento revolucionário tenentista da “Velha
República”, os Morenistas voltaram ao fã clube da turma do “Mussolini de
Maringá” e saíram a saudar entusiasticamente a prisão da quadrilha de Michel
Temer pelo dublê de juiz Marcelo Bretas, um fantoche da Lava Jato versão carioca.
Não faz muito tempo que o PSTU fazendo coro com o protofascista Sérgio Moro
exigia a prisão de “Lula, Dilma e todos
os corruptos”, jogando no mesmo time do
golpe institucional comemorou o impeachment chefiado por Temer como se
fosse a revolução socialista... para dois anos depois convocar sua militância
para votar no candidato do PT à presidência da república. Agora na acirrada
luta intestina entre duas frações da burguesia, Lava Jato de um lado e o
Centrão da Câmara dos Deputados (DEM, MDB, PP, PSD etc..) do outro, o PSTU
novamente se perfilou com o bando capitalista mais ligado ao imperialismo
ianque, no caso a “República de Curitiba”. Pensando em tirar algum dividendo
eleitoral, o PSTU repete a “dose do brinde” da Lava Jato e diz que a prisão de Temer
“demorou”...mesmo tendo pleno conhecimento do caráter político fascista dos
integrantes da “República de Curitiba”, que hoje habitam o governo Bolsonaro e
defendem integralmente a pauta das (contra)reformas neoliberais. Os Marxistas
Revolucionários compreendem perfeitamente o justo ódio dos trabalhadores e sua
vanguarda em relação a quadrilha de Temer que entregou o país para
recolonização imperialista, porém não podemos em nome da puteza da população
com o anterior governo golpista,
chancelar as manobras da Lava Jato que visam intimidar o Congresso Nacional para que aprove com
celeridade máxima a malfadada (contra)reforma da Previdência. Também não
convergimos de forma alguma com a posição da Frente Popular (PT, PCdoB e PCO)
em defender “timidamente” a quadrilha do MDB, em nome do “Estado de Direito”.
Os Marxistas da LBI se orientam pelo norte da teoria Leninista da luta de
classes e diante do conflito interburguês advogam pelo derrotismo
revolucionário de ambos os bandos capitalistas. Nem a reacionária Lava Jato e
tampouco o corrupto Centrão são alternativas minimamente progressivas para a
classe operária. É necessário retomar a trilha da independência de classe,
construindo na ação direta das massas a greve geral por tempo indeterminado
para derrotar o “ajuste” imposto pelo mercado, e ao mesmo tempo forjando o
embrião de poder revolucionário do proletariado!
quinta-feira, 21 de março de 2019
TEMER NA CADEIA: PT E PCO LAMENTAM A PRISÃO DO BANDIDO GOLPISTA...
Parece mesmo inacreditável que mesmo sendo o principal alvo político do embuste da “Lava Jato”, com a prisão política de Lula encarcerado no cárcere da “República de Curitiba”, o PT e seu apêndice corrompido (PCO), lamentem a prisão do bandido golpista Michel Temer. Em um comunicado público divulgado logo após a detenção do golpista, a executiva nacional do PT afirmou o seguinte:“ O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas”. Será mesmo que o PT pensa que a privataria entreguista promovida pelo governo central do MDB seria somente “especulações e delações sem provas”... por acaso o PT desconhece que a entrega do “Pré Sal” para as transnacionais imperialistas não se deu sobre a base da corrupção deslavada do governo golpista de Temer...é incrível comprovar que os dirigentes petistas ainda mantenham todo o seu respeito e subordinação ao regime bonapartista, comandado pela máfia togada da Lava Jato. Já o seu parceiro subalterno, o PCO, é ainda mais descarado ao sair em defesa aberta de Temer ao declarar que: “ Temer é uma vítima”. O PCO como o capataz menor da política de colaboração de classes da Frente Popular, não tem muito a perder já que é apenas um parasita político e material do PT. A vanguarda combativa do proletariado não pode depositar nenhuma ilusão nos farsantes da Lava Jato, que traficam sentenças seguindo as ordens da Casa Branca em Washington, tampouco podem defender a fração golpista e mais corrupta da burguesia nacional, as prisões da quadrilha de Temer obedecem a uma disputa viceral no seio das classes dominantes, uma guerra fratricida no interior da escória burguesa na qual a classe operária não deve apoiar nenhum bando criminoso. O foco absoluto do imperialismo neste momento é a aprovação da (contra) reforma da previdência pelo Congresso Nacional, e os espetáculos de falsa moralização promovidos pela mídia corporativa e seus justiceiro de plantão seguem este objetivo central. O combate dos trabalhadores deve ser na arena da ação direta, organizando a Greve Geral para derrotar o “ajuste” neoliberal imposto pelo mercado financeiro. Nenhuma ilusão nas instituições golpistas do atual regime bonapartista, construir uma alternativa revolucionária de poder para a classe operária!
Parece mesmo inacreditável que mesmo sendo o principal alvo político do embuste da “Lava Jato”, com a prisão política de Lula encarcerado no cárcere da “República de Curitiba”, o PT e seu apêndice corrompido (PCO), lamentem a prisão do bandido golpista Michel Temer. Em um comunicado público divulgado logo após a detenção do golpista, a executiva nacional do PT afirmou o seguinte:“ O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas”. Será mesmo que o PT pensa que a privataria entreguista promovida pelo governo central do MDB seria somente “especulações e delações sem provas”... por acaso o PT desconhece que a entrega do “Pré Sal” para as transnacionais imperialistas não se deu sobre a base da corrupção deslavada do governo golpista de Temer...é incrível comprovar que os dirigentes petistas ainda mantenham todo o seu respeito e subordinação ao regime bonapartista, comandado pela máfia togada da Lava Jato. Já o seu parceiro subalterno, o PCO, é ainda mais descarado ao sair em defesa aberta de Temer ao declarar que: “ Temer é uma vítima”. O PCO como o capataz menor da política de colaboração de classes da Frente Popular, não tem muito a perder já que é apenas um parasita político e material do PT. A vanguarda combativa do proletariado não pode depositar nenhuma ilusão nos farsantes da Lava Jato, que traficam sentenças seguindo as ordens da Casa Branca em Washington, tampouco podem defender a fração golpista e mais corrupta da burguesia nacional, as prisões da quadrilha de Temer obedecem a uma disputa viceral no seio das classes dominantes, uma guerra fratricida no interior da escória burguesa na qual a classe operária não deve apoiar nenhum bando criminoso. O foco absoluto do imperialismo neste momento é a aprovação da (contra) reforma da previdência pelo Congresso Nacional, e os espetáculos de falsa moralização promovidos pela mídia corporativa e seus justiceiro de plantão seguem este objetivo central. O combate dos trabalhadores deve ser na arena da ação direta, organizando a Greve Geral para derrotar o “ajuste” neoliberal imposto pelo mercado financeiro. Nenhuma ilusão nas instituições golpistas do atual regime bonapartista, construir uma alternativa revolucionária de poder para a classe operária!
A PRISÃO DO QUADRILHEIRO TEMER É MAIS UMA BARGANHA DA LAVA JATO PARA “EMPAREDAR” BOLSONARO NA ACELERAÇÃO DA (CONTRA)REFORMA DA PREVIDÊNCIA EXIGIDA PELO RENTISMO INTERNACIONAL
A prisão do golpista Temer acompanhada de uma pequena parte
de sua quadrilha, por parte da versão carioca do justiceiro Moro (juiz federal
Marcelo Bretas), é mais um passo no processo de chantagem e “emparedamento” do
presidente fascista Bolsonaro por parte do mercado financeiro pelas mãos da
farsesca Operação Lava Jato. Primeiro veio a prisão dos milicianos atiradores
contra a vida da vereadora Marielle Franco, sem que os verdadeiros mandantes
assassinos tenham sido revelados pela polícia. Ficou evidente o envolvimento do
clã Bolsonaro no covarde assassinato de Marielle e seu motorista, porém apesar
da mídia corporativa mostrar a rede de ligação do presidente fascista com
grupos de extermínio que comandaram o operativo do fuzilamento de Marielle,
cinicamente o Ministério Publico afirmou que os PM milicianos poderiam ser eles
mesmos os mentores do crime. No mesmo período a equipe econômica do neoliberal
Paulo Guedes envia ao Congresso o famigerado projeto da (contra) Reforma da
Previdência e o mercado através do seu porta voz oficial (Rede Globo) envia um
recado a “Bozo”: Agilize a aprovação da reforma, caso contrário você será
derrubado! Agora, dias após a “República de Curitiba” ter sofrido parcialmente
uma derrota no STF e o próprio “presidente Moro” ter sido humilhado
publicamente pelo deputado Rodrigo Maia, a prisão de Temer e Moreira Franco(
sogro de Maia) foi decretada pelo juiz Bretas. Não se trata evidentemente de
uma “moralização” do regime bonapartista, mas sim de uma barganha do mercado(o
chefe de fato da Lava Jato) para que o governo fascista se empenhe ao máximo na
aprovação do texto integral da (contra) reforma, porque caso o Congresso
rejeite o projeto neoliberal Bolsonaro terá o mesmo destino de Lula e
Temer...Quem governa o país após o golpe
institucional é a embaixada norte-americana que não tolera “vacilos” de seus
gerentes na estratégia imperialista de recolonização econômica do Brasil.
quarta-feira, 20 de março de 2019
22 DE MARÇO – DIA NACIONAL DE LUTA: PT NEGOCIA COM O
“MERCADO” APOIO “VELADO” A REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM TROCA DA LIBERDADE DE LULA
PELO STF... ESSA É A VERDADEIRA RAZÃO DA CUT NÃO ORGANIZAR A GREVE GERAL!
Aproxima-se o dia 22 de Março, convocado pela burocracia sindical como um “dia nacional de luta contra a reforma da previdência” e fica evidente
que a CUT não mobilizou suas bases sindicais para a manifestação de protesto
desta sexta-feira. Qual seria a razão política de tamanha paralisia? A resposta
é que o PT vem negociando com o “mercado” o apoio “velado” a reforma da
previdência em troca da liberdade de Lula via uma decisão futura do STF. Seria
uma “prova de boa” vontade da Frente Popular junto a burguesia e ao imperialismo
não mobilizar os trabalhadores em troca da “Corte Suprema” decidir em favor do
dirigente petista. Desgraçadamente a estratégia da Frente Popular (PT, PCdoB,
PSOL e PSTU) e suas colaterais sindicais é apenas fazer lobby parlamentar para
conseguir pequenas alterações no pacote da reforma neoliberal de Bolsonaro e
negociar com o “mercado”, a justiça e seu governo a liberdade futura de Lula,
tendo como horizonte a votação no STF da ilegalidade da prisão em segunda
instância ainda neste semestre. O STF tomou medidas recentes contra a Lava
Jato, como a transferência dos crimes de corrupção envolvendo políticos e partidos para a esfera da Justiça
Eleitoral, além do seu presidente decidir que o tribunal investigue e julgue ele mesmo os
inquéritos envolvendo ataques de “fake news” contra ministros da corte sem
passar pela Procuradoria Geral da República. Em resposta, o Editorial de hoje
do jornal da “Famiglia Marinho” (O Globo) pressiona por um recuo de Dias
Tofolli nesta decisão. O PT vendo essa divisão, orientou seus
governadores petistas a não se oporem a reforma da previdência, ao contrário,
já a executam como faz o governador do Ceará, Camilo Santana e orientam suas
bancadas estaduais a negociarem pequenos ajusta na proposta ultra-neoliberal
apresentada por Paulo Gedes, o representante mor dos rentistas no governo
Bolsonaro. Em função dessa estratégia de colaboração de classes as grandes
categorias operárias não foram convocadas sequer assembleias de base para
discutir o “dia nacional de luta contra a reforma da previdência”. O PT inclusive
defende uma “reforma da previdência contra os privilégios”, uma cortina de
fumaça para encobrir essa traição aberta aos interesses dos trabalhadores,
tanto os governos Lula como Dilma levaram a frente o ajuste neoliberal da
seguridade social. A CUT chama protocolarmente o 22M mas de fato propõe
inclusive uma reforma alternativa, quando deveria rechaçar qualquer tipo de
“reforma da previdência” voltada a cortar direitos. Tomemos como exemplo o
fechamento da fábrica da Ford. É necessário convocar imediatamente a greve com
ocupação da fábrica, medida de luta que já deveria ter sido tomada pelo
sindicato do ABC antes mesmo do anuncio formal da empresa, desencadeando uma
campanha nacional de solidariedade a luta na Ford rumo a Greve Geral de toda a
categoria metalúrgica exigindo a estatização da fábrica sob o controle dos
trabalhadores! Entretanto a burocracia sindical lulista nada faz! Desde a LBI
alertamos que a política do PT, da CUT e de seus satélites, ao contrário de
organizar as trabalhadoras, é legitimar o governo e esperar pacificamente os
próximos quatro anos passem para que uma nova disputa no campo eleitoral
burguês seja levada à frente. A burocracia sindical de conjunto fará “oposição
propositiva”, atuando como mera interlocutora, negociando pequenos ajustes,
enquanto Bolsonaro, Paulo Guedes, Sergio Moro e sua legião de políticos
capitalistas liquidam nossos direitos. Os sindicalistas combativos e classistas
devem intervir no 22 M com eixo oposto a política de colaboração de classes,
convocando a organização da Greve Geral na base das categorias para derrotar
através da luta direta o governo Bolsonaro e sua malfada reforma neoliberal da
previdência!
ENCONTRO ENTRE BOLSONARO E TRUMP: A CELEBRAÇÃO DE UM ACORDO MACABRO PARA
APROFUNDAR O CERCO A VENEZUELA E A RECOLONIZAÇÃO ECONÔMICA NEOLIBERAL DO BRASIL
EM FAVOR DO IMPERLIALISMO IANQUE
Na entrevista coletiva dada por Trump e Bolsonaro na Casa
Branca ontem, o representante do imperialismo ianque declarou que “Brasil e
Estados Unidos nunca foram tão próximos quanto agora”. No pacote dessa
“aproximação” servil a entrega da Base de Alcântara e intenção de Trump de
designar o Brasil como um aliado extra-Otan em referência a aliados
estratégicos que não são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte,
mas têm relações com as Forças Armadas dos Estados Unidos, tendo obviamente
como alvo a Venezuela. O fascista editou ontem um decreto que dispensará a
partir de junho a exigência de visto para turistas americanos, canadenses,
japoneses e australianos. Não há contrapartida para brasileiros, que
continuarão a precisar de visto para esses países, sendo tratados e perseguidos
como imigrantes ilegais quando desejam ficar nos EUA. Outro ato que demonstra submissão
incondicional foi o relativo à concessão de uma cota de 750 mil toneladas/ano
para que os EUA exportem seu trigo com isenção tarifária para o Brasil, não
exigiu-se nada em troca, mesmo tendo Trump nos imposto sobretarifas em aço e
alumínio e barreiras não-tarifárias contra carne e vários outros bens agrícolas
brasileiros, em resumo, a recolonização neoliberal aberta do vassalo tupiniquim.
Ao pedido de apoiar o Brasil em seu pleito de ingressar na OCDE, o “clube dos
ricos”, Trump respondeu que só o fará se o nosso país renunciar ao tratamento
diferenciado que temos na OMC, por sermos “país em desenvolvimento”. Por fim
sobre o cerco a Venzuela, Bolsonaro resolveu dar “apoio logístico” aos Estados
Unidos caso Donald Trump decida invadir o país vizinho: “Uma coisa é participar
de uma intervenção militar como invasor. Outra coisa é participar do apoio
logístico. Houve duas fases na Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, o Brasil
deu apoio logístico, permitindo apenas que os aliados, principalmente os
Estados Unidos, instalassem bases aéreas e usassem portos brasileiros.
Posteriormente, [o Brasil] enviou tropas para a Itália e participou ativamente
da guerra”. Durante entrevista a jornalistas dos dois países, Trump reiterou
que “todas as opções de sanções à Venezuela estão à mesa” em uma clara ameaça
ao governo Maduro. Frente essa agenda macabra de alinhamento “carnal” com o
imperialismo ianque e o plano de recolonização nacional anunciado é necessário
convocar os trabalhadores à luta! Dia 22 de Março deve se converter em um dia
nacional de paralisação contra a reforma da previdência e a completa entrega do
Brasil ao imperialismo ianque! Para implodir e derrotar os planos de Trump e Bolsoanaro
devemos luta contra a agressão a Venezuela e por América Latina operária e
socialista!
segunda-feira, 18 de março de 2019
BOLSONARO NOS EUA... VISITA COM MORO A CIA, SELANDO A UNIDADE
“CARNAL” COM O IMPERIALISMO IANQUE E SUA CENTRAL DO TERRORISMO DE ESTADO!
Bolsonaro viajou neste domingo para a primeira visita
oficial aos EUA depois da posse do fascista na presidência, ele terá encontro
com Donald Trump na terça-feira (19). Incluiu em sua agenda em Washington uma
visita à Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) na manhã
desta segunda-feira (18). O ministro da Justiça, Sérgio Moro, que faz parte da
comitiva brasileira, acompanhou Bolsonaro no centro do terrorismo de estado
norte-americano, nada mais natural para quem vem se apresentando como um aliado
“carnal” do imperialismo ianque. A informação sobre a ida à CIA foi publicada
pelo deputado Eduardo Bolsonaro no Twitter, ou seja, trata-se de “estranho”
caso de um presidente estrangeiro visitando o órgão de espionagem que vigia seu
país. Moro também vai tentar um acordo que permita à polícia brasileira,
invadir contas do Facebook e do Twitter sem autorização judicial, como é
exigido hoje. O objetivo de implantar um estado policial, onde todos podem ser
espionados pelo governo está em pleno andamento e contará com o “auxílio” da
CIA. O canalha participou antes de um jantar na residência do embaixador
brasileiro, Sérgio Amaral, com ministros e “intelectuais” de direita
norte-americanos e brasileiros, entre eles o nazista Olavo de Carvalho. Bolsonaro
fez um discurso no jantar, em que demonstra todo seu completo servilismo. “Humildemente
nós sabemos que, quando a diplomacia não dá muito certo, na retaguarda tem as
Forças Armadas. O caminho é sempre o mesmo, sempre estamos juntos. Parece até
que estamos em lados opostos, mas não, estamos no mesmo lado”. Fica evidente
que Bolsonaro e Moro vão estreitar os laços políticos e militares para
incrementar a ingerência do imperialismo ianque no continente latino-americano,
particularmente contra o governo de Maduro na Venezuela, além de estabelecerem
com a CIA estratégias de perseguição a esquerda no Brasil. Nesse cardápio está
a entrega da base militar de lançamentos de foguetes em Alcântara para o
controle das forças armadas norte-americanas. Desgraçadamente, foi a própria
Frente Popular comandada pelo PT que abriu esse caminho de subserviência,
quando Lula estabeleceu relações mais que amistosas com o facínora Bush, o
mesmo que atacou o Afeganistão e o Iraque. Não por acaso em 2005 recebeu o
carniceiro em Brasília, ocasião em que a LBI organizou um protesto de denúncia.
Neste momento, em que o fascista incrementa os planos de ataque as conquistas
dos trabalhadores via a reforma da previdência e o avanço a criminalização dos
lutadores sociais, Bolsonaro vai a Casa Branca justamente para organizar com
Trump uma agenda reacionária de entrega do patrimônio nacional e submissão do
Brasil aos interesses ianques. Da mesma forma que fizemos na época do governo
Lula, agora de forma vigorosa devemos denunciar esse fantoche a serviço do
grande capital. Em particular a ida a CIA reforça o papel de Moro como agente
direto do Departamento de Estado ianque em nosso país, como denunciamos desde o
início da Lava Jato, enquanto a esquerda (inclusive Dilma) festejava o suposto
“combate a corrupção” levada a cabo pelo juiz que comandava a “República de
Curitiba”. Enquanto a cúpula petista, particularmente o staff dilmista, apoiava
a operação jurídico-policial engendrada pelo imperialismo ianque para acabar
com a Petrobras e as empreiteiras nacionais, nossa corrente política em voz
solitária denunciava que o Moro havia sido formado pelo Departamento de Estado
ianque e a CIA para inicialmente perseguir o PT e depois desmoralizar o
conjunto do tecido político burguês do país para edificar um novo regime
político, sendo a ponta de lança de um estado de exceção no Brasil com fortes
traços Bonapartistas. Tempos sombrios avança em nosso país e somente a entrada
em cena da classe operária pode barrar a plataforma ultraneoliberal e
conservadora que o sabugo Bolsonaro vai acertar com Trump e a CIA contra o povo
brasileiro!
EM 18 DE MARÇO DE 1871 ERGUEU-SE O PRIMEIRO GOVERNO OPERÁRIO DA HISTÓRIA: A COMUNA DE PARIS DEIXOU IMPORTANTES LIÇÕES PROGRAMÁTICAS PARA O COMBATE DOS MARXISTAS REVOLUCIONÁRIOS
Em meio à guerra contra a Prússia em 18 de março de 1871, os
operários de Paris se levantam contra a fome, a miséria e a covardia dos
dirigentes burgueses que comandavam o Estado francês perante o conflito bélico
que massacrava o povo. Isto porque o exército prussiano marchava sobre Paris
aniquilando impiedosamente as tropas regulares francesas, sem que a burguesia
respondesse à altura. Ao contrário, o covarde governo francês foge das áreas de
conflito e articula a rendição sem luta, atitude que se batia frontalmente com
o espírito combativo da Guarda Nacional dos trabalhadores armados, ainda com um
caráter sumamente moderado, composta por operários, republicanos, milicianos,
além de uma pequena burguesia em decadência econômica. Porém, quando Napoleão
III e o exército francês quiseram tomar os armamentos do povo para assinar a
humilhante rendição, o processo revolucionário começou a avançar em passos
largos, acendendo o estopim da revolta contra o Estado burguês e dando início à
Comuna de Paris (18 de março/1871). Os explorados, o proletariado
independentemente do regime burguês passou a se organizar por bairros, criaram
comitês de autodefesa para se proteger não só do exército prussiano nas
cercanias de Paris como também da repressão das próprias tropas francesas.
Houve várias tentativas do gabinete francês em derrotar o governo
revolucionário, mas foram todas fracassadas devido à forte resistência e paixão
popular em defender seus interesses históricos. Nascia a partir de então, o
primeiro governo operário da História, o qual apesar de sua brevidade nos
deixou como importante legado as lições programáticas desta luta titânica, além
de mostrar-nos o caminho a ser seguido pelo movimento operário para derrotar o
Estado burguês e seus acólitos: a Revolução e a Ditadura Proletária! Como
analisou Marx, o proletariado finalmente encontrou a “forma de exercer sua
ditadura de classe”, ou “um poder novo, verdadeiramente democrático”. O poder
antes da Comuna encontrava-se nas mãos dos latifundiários, da nobreza, do clero
e capitalistas. A Revolução, doravante pôs os destinos não só de Paris como da
Humanidade nas mãos do proletariado (Guarda Nacional)! Em um curto período de
existência (18 de março de 1871 a 28 de maio de 1871) promoveu profundas
mudanças sociais e econômicas: substituiu o exército permanente pelo armamento
do povo pobre, proclamou a separação entre a Igreja e Estado, declarou a
educação pública, laica e gratuita, instituiu a igualdade dos sexos, a
habitação como um direito de todos, abolição da polícia etc., tudo decidido em
assembleias populares através da democracia direta. Claro, os erros também
foram muitos, como por exemplo, não confiscar a propriedade dos meios de
produção que seus “donos” abandonaram, desarticulação entre campo e cidade e
dentro da própria Comuna (que tinha a maioria de blanquistas), enfim, tratou-se
de uma etapa de aprendizado revolucionário da classe operária...As medidas dos
Comunardos eram tão avançadas programaticamente à época que receberam o justo
ódio da burguesia, quando no fatídico dia 28 de maio de 1871 o chacal criminoso
Thiers alia-se com o exército inimigo comandado por Bismarck que liberta cerca
de 100 mil prisioneiros franceses para marchar sobre Paris revolucionária e
esmagar em sangue o governo da Comuna. Os combates duraram sete dias de puro
heroísmo dos Comunardos, encerrando-se numa selvagem carnificina... Marx e
Engels elaboraram uma viva análise do que fora este importante fato histórico
para a luta de classes em nível mundial em seus acertos e erros, a qual pode
ser conferida no rigoroso texto logo abaixo:
-------------------------------------------------------------------
“Na alvorada de 18 de Março, Paris foi despertada por este
grito de trovão: VIVE LA COMMUNE! O que é, pois a Comuna, essa esfinge que põe
tão duramente à prova o entendimento burguês?
Os proletários da capital - dizia o Comitê Central no seu
manifesto de 18 de Março - no meio das fraquezas e das traições das classes
governantes, compreenderam que chegara para eles a hora de salvar a situação assumindo
a direção dos assuntos públicos... O proletariado... compreendeu que era seu
dever imperioso e seu direito absoluto tomar nas suas mãos o seu próprio
destino e assegurar o triunfo, apoderando-se do poder.
Mas a classe operária não se pode contentar com tomar o
aparelho de Estado tal como ele é e de o pôr a funcionar por sua própria conta.
sábado, 16 de março de 2019
5 ANOS DA “LAVA JATO”: UMA OPERAÇÃO POLÍTICA ORQUESTRADA
PELA CASA BRANCA E A "FAMÍGLIA" MARINHO PARA GESTAR UM NOVO REGIME BONAPARTISTA,
VERDADEIRO PILAR DE SUSTENTAÇÃO DA GERÊNCIA DO FASCISTA BOLSONARO
sexta-feira, 15 de março de 2019
ATAQUES A MESQUITAS EM NOVA ZELÂNDIA: XENOFOBIA, RACISMO, ANTICOMUNISMO E ÓDIO DE CLASSE SÃO A “MUNIÇÃO” DA EXTREMA DIREITA QUE DEIXOU 49 MUÇULMANOS MORTOS
Ataques a tiros simultâneos contra duas mesquitas na cidade
de Christchurch, na ilha sul da Nova Zelândia, deixaram pelo menos 49 mortos e 58 feridos nesta sexta-feira (15). No Facebook, um dos assassinos se
identificou como um australiano de 28 anos, defensor da extrema-direita e
contrário à imigração. Os alvos dos ataques foram as mesquitas de Masjid Al
Noor, ao lado do Parque Hagley, e de Linwood, que estava lotada com mais de 300
pessoas, reunidas para as tradicionais orações do meio-dia de sexta-feira. Os
detidos são três homens (um deles australiano) e uma mulher. O primeiro relato
de tiros foi na mesquita de Al Noor, na região central da cidade. Um homem com
um rifle automático invadiu o prédio 10 minutos após o início das orações, que
começaram às 13h30 desta sexta-feira (22h30 no horário de Brasília). Com uma
câmera instalada em um capacete, o criminoso conseguiu transmitir o massacre,
ao vivo, pelo Facebook. O vídeo mostra que ele atirou indiscriminadamente
contra homens, mulheres e crianças enquanto caminhava. O autor do ataque
terrorista a mesquitas deixou um Manifesto de extrema-direita, um documento em
que defende superioridade racial branca e ataca muçulmanos, imprensa,
universidade e democracia. No documento de 74 páginas, Brenton Tarrant
desenvolve ideias rascistas contra muçulmanos e defende uma “identidade
branca”. Ele também afirma que seu objetivo é “criar uma atmosfera de medo” e
“incitar a violência” contra imigrantes, dizendo que, para isso, sua estratégia
é se valer da cobertura midiática do ataque para propagar as suas ideias: “Eu
sou apenas um homem branco normal de 28 anos. Nasci na Austrália, meus pais são
descendentes de escoceses, irlandeses e ingleses”, ele começa, no documento
chamado “A grande substituição”. Em seguida, o atirador afirma que realizou o
ataque “para se vingar da escravidão de milhares de europeus tirados de suas
terras por escravocratas islâmicos” e se vingar “pelas centenas de milhares de
mortes provocadas por invasores contra europeus ao longo da história”. O
Manifesto evoca o documento escrito por Anders Behrink Breivik, terrorista
cristão norueguês de extrema direita, que, antes de cometer um ataque que
deixou 77 mortos em 2011 em um atentado contra um acampamento da juventude do
Partido Trabalhista (social-democrata), publicou um documento de mais de 1.500
páginas defendendo a superioridade racial branca. Brenton diz que travou “breve
contato” com Breivik, que foi a sua “única inspiração verdadeira”. “A
democracia é o domínio da máfia, e a própria máfia é comandada por nossos
inimigos. A imprensa global, dominada por corporações, a controla, o sistema
educacional (há muito decaído, devido às instituições controladas pelos
marxistas) a controlam, o Estado (há muito perdido devido a seus apoiadores
corporativos) o controlam e a imprensa antibrancos a controla”, escreve. Por
fim o assassino homenageia Donald Trump como "um símbolo de uma identidade
branca renovada e de um propósito em comum". Em resumo: xenofobia,
racismo, anticomunismo e ódio de classe são a “munição” da extrema direita que
deixou 50 muçulmanos mortos! Um elemento chama a atenção, a ação desse atirador
representa uma tendência latente global dentro do regime político capitalista:
a da expansão política do neonazismo como produto de uma época de barbárie e de
guerras de rapina colonial perpetradas pelo império, um caldo de cultura
propício para o crescimento e fortalecimento da ultradireita em todo o planeta,
trata-se de uma clara perseguição racial-política, uma vez que o agressor
assassinou-os porque são muçulmanos, os quais encarnariam o “eixo do mal” como
definiu o carniceiro George Bush filho ao desencadear a sua cruzada
anti-islâmica em 2001, após os ataques às Torres Gêmeas, sanha hoje aprofundada
por Trump. Uma classe média decadente e descontente com os rumos da crise
estrutural do capitalismo são as raízes das profundas tendências à
fascistização dos regimes políticos e com isto dá vazão a crimes de cunho
neonazistas. Portanto, ataques como o que aconteceu hoje, não são algo isolado,
mas o resultado de uma época de ofensiva bélica e ideológica contra quem se
coloque no caminho da sanha colonialista do império ianque. Somente a entrada
em cena da classe operária, com uma direção revolucionária genuinamente
comunista, poderá reverter esta “linha evolutiva” do capitalismo rumo à
barbárie cultural e social. Neste momento, trata-se de resistir política e
ideologicamente à onda neonazista que assola o planeta!
Assinar:
Postagens (Atom)