CIRCO ELEITORAL ARGENTINO TEM “PALHAÇO ÚTIL GANHADOR”: ENTRETANTO GOVERNANÇA DO CAPITAL FINANCEIRO JÁ ESCOLHEU OS ELEITOS, PATRICIA PRESIDENTE, KICILLOF GOVERNADOR DE BUENOS AIRES E MACRI PREFEITO DE CABA... ESQUERDA REFORMISTA LEGITIMOU O ESPETÁCULO E NÃO LEVA NADA..
A extrema-direita encarnada em um ridículo demente, Javier
Milei, com propostas medievais e místicas, além do cretino apoio a repressão
policial e a memória da ditadura militar, culminando com a defesa da extinção
completa da moeda nacional, foi o mais votado candidato a presidente da
Argentina nas prévias eleitorais realizadas no cenário da farsa eleitoral
montada pela Governança do Capital Financeiro. Patricia Bullrich (ex-militante
Montonera, hoje fascistóide), foi a indicada no espaço da chamada "direita
democrática", a do reacionário campo político do ex-presidente Mauricio
Macri. E finalmente em terceiro lugar, Sergio Massa, entre os novos e velhos peronistas. É o atual Ministro da
Economia do FMI de dia e candidato a Casa Rosada de noite. Para completar o
mapa dos futuros gerentes dos postos mais decisivos do Estado capitalista
argentino as PASO apontaram como mais votados para os governos da província de
Buenos Aires e da capital (CABA), respectivamente o Kirchnerista Axel Kicillof, e
o Macrista Jorge Macri. O prévio circo eleitoral portenho teve até direito a um
ganhador “bobo da corte”, que servirá como espantalho político para afugentar
qualquer proposta que fuja ao script do rentismo mais ortodoxo. Obviamente
Milei não ganhará em outubro na eleição para valer mesmo, mas partirá com um
enorme cacife político na barganha do recrudescimento do regime burguês. A
ultra direitista Bullrich provavelmente levará o cargo de gerente central,
sendo acompanhada do neoperonista Kicillof no governo da província e de Jorge
Macri na prefeitura de Buenos Aires, fechando assim o quadro da reação
conservadora neoliberal. O movimento de massas, deverá passar por cima desta
panaceia, já pré-determinada pelo capital financeiro, seja para determinar os
ganhadores e perdedores do seu teatro de títeres. A esquerda reformista que
legitimou este circo eleitoral na esperança de conquistar um “bocadinho”, foi
desmoralizada com uma votação pífia (cerca de 2,5%), não levará nem uma cadeira
no parlamento em outubro e ainda por cima agravou seu processo de corrupção
ideológica e material ao regime da democracia dos ricos. Caso a parte é o do
decadente revisionista Jorge Altamira, anteriormente se regozijava como sendo o
“baluarte dos princípios marxistas”, entretanto encerrou sua trajetória
“histórica” na lama da corrida eleitoral em último lugar na esquerda (0,25%),
apoiando a repressão estatal sanitária contra a população pobre e explorada.