segunda-feira, 14 de agosto de 2023

CIRCO ELEITORAL ARGENTINO TEM “PALHAÇO ÚTIL GANHADOR”: ENTRETANTO GOVERNANÇA DO CAPITAL FINANCEIRO JÁ ESCOLHEU OS ELEITOS, PATRICIA PRESIDENTE, KICILLOF GOVERNADOR DE BUENOS AIRES E MACRI PREFEITO DE CABA... ESQUERDA REFORMISTA LEGITIMOU O ESPETÁCULO E NÃO LEVA NADA..

A extrema-direita encarnada em um ridículo demente, Javier Milei, com propostas medievais e místicas, além do cretino apoio a repressão policial e a memória da ditadura militar, culminando com a defesa da extinção completa da moeda nacional, foi o mais votado candidato a presidente da Argentina nas prévias eleitorais realizadas no cenário da farsa eleitoral montada pela Governança do Capital Financeiro. Patricia Bullrich (ex-militante Montonera, hoje fascistóide), foi a indicada no espaço da chamada "direita democrática", a do reacionário campo político do ex-presidente Mauricio Macri. E finalmente em terceiro lugar, Sergio Massa, entre os novos e velhos peronistas. É o atual Ministro da Economia do FMI de dia e candidato a Casa Rosada de noite. Para completar o mapa dos futuros gerentes dos postos mais decisivos do Estado capitalista argentino as PASO apontaram como mais votados para os governos da província de Buenos Aires e da capital (CABA), respectivamente o Kirchnerista Axel Kicillof, e o Macrista Jorge Macri. O prévio circo eleitoral portenho teve até direito a um ganhador “bobo da corte”, que servirá como espantalho político para afugentar qualquer proposta que fuja ao script do rentismo mais ortodoxo. Obviamente Milei não ganhará em outubro na eleição para valer mesmo, mas partirá com um enorme cacife político na barganha do recrudescimento do regime burguês. A ultra direitista Bullrich provavelmente levará o cargo de gerente central, sendo acompanhada do neoperonista Kicillof no governo da província e de Jorge Macri na prefeitura de Buenos Aires, fechando assim o quadro da reação conservadora neoliberal. O movimento de massas, deverá passar por cima desta panaceia, já pré-determinada pelo capital financeiro, seja para determinar os ganhadores e perdedores do seu teatro de títeres. A esquerda reformista que legitimou este circo eleitoral na esperança de conquistar um “bocadinho”, foi desmoralizada com uma votação pífia (cerca de 2,5%), não levará nem uma cadeira no parlamento em outubro e ainda por cima agravou seu processo de corrupção ideológica e material ao regime da democracia dos ricos. Caso a parte é o do decadente revisionista Jorge Altamira, anteriormente se regozijava como sendo o “baluarte dos princípios marxistas”, entretanto encerrou sua trajetória “histórica” na lama da corrida eleitoral em último lugar na esquerda (0,25%), apoiando a repressão estatal sanitária contra a população pobre e explorada.