AVIÃO CAIU COM O CHEFE DO GRUPO WAGNER EM “ACIDENTE” FATAL: PRIGOZHIN TEVE O FIM QUE MERECEU APÓS SE CORROMPER PARA A OTAN
Um jato executivo Embraer Legacy com três tripulantes e sete
passageiros a bordo caiu na região de Tver, na Rússia, enquanto viajava de
Moscou para São Petersburgo na quarta-feira (23). A Agência Federal de
Transporte Aéreo da Rússia confirmou que Yevgeny Prigozhin, fundador do Grupo
Wagner, estava no avião que caiu na região de Tver. Segundo informações
divulgadas pelo órgão governamental, o avião transportava os seguintes
passageiros: Yevgeny Prigozhin, Yevgeny Markaryan, Aleksandr Totmin, Valery
Chekalov, Dmitry Utkin, Sergei Propustin e Nikolai Matuseev. Os três
tripulantes do avião eram o comandante Aleksei Levshin, o copiloto Rustam
Karimov e a comissária de bordo Kristina Raspopova, informou o órgão. A agência
russa indicou que a autorização de voo emitida para a aeronave, que pertencia a
uma empresa conhecida como MNT Aero LLC, foi concedida de acordo com o
procedimento estabelecido. No início do dia, o Ministério para Situações de
Emergência da Rússia disse que o avião particular Embraer Legacy ERG 135, que
viajava de Moscou para São Petersburgo, caiu na região de Tver, matando todas
as dez pessoas a bordo. Os últimos detalhes divulgados pelas autoridades no
local do acidente indicam que os primeiros socorristas chegaram ao local e que
a investigação em andamento está sendo supervisionada pessoalmente pelo
governador de Tver, Igor Rudenya. Em resumo, Yevgeny Prigozhin teve o fim que
mereceu, morreu oficialmente como um mercenário que traiu a causa da luta contra a OTAN. Os
que aventam que tudo não passou de uma operação distracionista para “dar um fim” de Prigozhin
sem de fato saber se ele morreu no "acidente" em questão são os mesmos que dizem que os seus
choques com Moscou na guerra da Ucrânia no último período não passaram de “jogo de cena” para fazer uma depuração
interna no staff militar russo. O fato é que Prigozhin publicamente “sai de
cena” abatido em pleno voo e não é mais uma ameaça interna a Rússia em sua guerra justa contra a OTAN após
ter se corrompido vergonhosamente para as potências capitalistas.
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A traição de Prigozhin ocorreu no mês de junho em meio ao completo fracasso da alardeada contraofensiva ucraniana, quando a guerra na região do Donbass e Crimeia se aproximou de um ponto de inflexão em favor de uma vitória da Rússia.
Na época alertamos que a decisão de Putin então em anistiar os comandantes mercenários do Grupo Wagner logo depois da traição, provavelmente “dobrando” o “suborno” oferecido pela OTAN, ao invés de esmagar esses traidores, poderia no futuro próximo significar um crasso erro, político e militar.
Como pontuamos, postergar “indefinidamente" a tarefa central de derrotar cabalmente as forças da OTAN, assumindo a capital Kiev e depondo o neofascista Zelensky, cobraria um alto preço à soberania nacional russa diante da ofensiva imperialista.
Com o "acidente" fatal de Prigozhin ocorreu aparentemente um acerto de contas operado por Moscou por um meio politicamente não "tradicional", como um julgamento público e uma execução aos olhos da população em Moscou como merecem morrer os traidores, mas o fato é que o trânsfuga deve pagar com a própria vida por ter se corrompido a OTAN! Teve o fim que mereceu!
Após o Blog da LBI fazer essa análise é preciso deixar claro que a morte ontem de Yevgueni Prigozhin e Dmitri Utkin, ambos líderes da unidade militar Wagner, juntamente com outras oito pessoas, não é um acidente de aviação. Os primeiros comentários falam de um explosivo colocado no trem de pouso da aeronave, enquanto outras fontes afirmam que o avião foi abatido pela defesa antiaérea russa.
O Kremlin ainda não anunciou formalmente a morte de Prigozhin, uma vez que os corpos não foram identificados. Porém, outro dos mortos é Valeri Tchekalov, gerente de logística da Wagner.
O Comité de Investigação Russo abriu um processo criminal por “violação dos regulamentos de segurança do transporte aéreo”, mas não menciona quaisquer pistas concretas.
Nas redes sociais, ontem à noite os relatos próximos de Wagner evocaram a tese do lançamento de um míssil terra-ar para explicar a queda do avião. No entanto, outras fontes falaram de um explosivo colocado no trem de pouso.
Durante a noite, multidões se reuniram em frente à sede da Wagner em São Petersburgo, colocando cravos vermelhos, velas e escudos de caveiras e ossos cruzados na frente do prédio.
Putin, que descreveu Prigozhin como um “traidor”, permanece em silêncio. Ontem à noite fez um discurso por ocasião do 80º aniversário da Batalha de Kursk na Segunda Guerra Mundial, a maior da história militar, mas não fez qualquer outra menção. Hoje, 24/08, Putin declarou "Os dados preliminares indicam que lá [no avião que caiu na região russa de Tver] haviam integrantes do Wagner. Gostaria de sublinhar que são pessoas que deram uma contribuição significativa para a nossa causa comum de combater o regime neonazista na Ucrânia. Os recordaremos, sabemos e não esqueceremos", disse durante uma reunião com Denis Pushilin, chefe interino da República Popular de Donetsk.
Em junho, Prigozhin liderou uma tentativa de golpe contra o ministro da Defesa, Sergei Shoigu. Ele ocupou um quartel militar, abateu dois aviões do exército e marchou sobre Moscou. Ele renunciou ao motim após a mediação do presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
O acordo permitiu o exílio de Prigozhin para a Bielorrússia, com quaisquer homens que desejassem segui-lo, e a retirada de todas as acusações. Mas o chefe de Wagner continuou a ir à Rússia, até mesmo ao Kremlin.
Na noite de segunda-feira ele postou um vídeo em que parecia estar na África. Disse que Wagner estava saindo da Ucrânia e que focaria sua atividade no Continente Negro.
Na Guerra da Ucrânia, Wagner se destacou durante a longa e sangrenta batalha de Bajmout, capturada em maio. Durante a batalha entrou em conflito com altos oficiais militares e, principalmente, com o ministro Shoigu. Prigozhin acusou-os de incompetência e de não lhe terem dado munições suficientes.
As tensões – luta de classes – dentro das forças armadas levaram ao apoio da rebelião de Prigozhin, entre outros, pelo General do Exército Sergei Surovikin. Surovikin, soldado de carreira sem vínculos com a oligarquia, Herói da Federação Russa por suas vitórias na Síria contra o terrorismo jihadista, comandante do Exército do Sul na Ucrânia com vitórias importantes e considerado um herói popular na Rússia.
É preciso deixar registrado a destituição de Surovikin do cargo, sem aparição pública desde a rebelião de Wagner, e a sua transferência para o Ministério da Defesa. Também não pode deixar de ser lembrado que a última coisa que Prigozhin publicou antes de morrer e depois de saber da demissão de Surovikin é o seguinte sobre a sua participação na tentativa do contra-golpe da linha dura do PCUS (conhecido como Bando dos 8) contra os entreguistas Gorbachev e Yeltsin em 21 de agosto de 1991. Diz o seguinte: “Em 21 de agosto de 1991, quatorze veículos de combate de infantaria circulam pelo Garden Ring (Moscou). O batalhão é comandado pelo capitão Surovikin, futuro comandante do grupo combinado de tropas russas na Ucrânia. Na entrada do túnel, a coluna esbarra em uma barricada de vários carros. Os soldados disparam para o alto e atacam a barricada. A coluna entra no túnel. Como consequência da sua participação na tentativa de golpe, Surovikin passou 7 meses na prisão. O status de sua coluna era o de Patrulha do Exército Soviético. Surovikin tinha 24 anos. Após 32 anos, o general Sergei Vladimirovich Surovikin mais uma vez viu sua liberdade limitada.”
É necessário acompanhar cientificamente todo esse processo interno da Rússia, lutando contra o imperialismo e a OTAN mas mantendo a completa independência política de Putin e da nova burguesia russa, combatendo pela construção de uma autêntico partido comunista revolucionário internacionalista!