50 ANOS DO SANGRENTO GOLPE MILITAR CHILENO: ABSTRAIR AS
LIÇÕES DA REVOLUÇÃO PROLETÁRIA TRAÍDA E DA DERROTA DA “VIA PACÍFICA AO
SOCIALISMO”
Hoje, 11 de setembro de 2023, marca o 50º aniversário do infame golpe militar chileno , apoiado pela CIA e liderado pelo genocida gorila Augusto Pinochet, estabelecendo um dos regimes fascistas mais brutais da segunda metade do século XX. Nas primeiras horas da manhã de 11 de setembro de 1973, os três braços das forças armadas chilenas e da polícia militar emitiram um anúncio de rádio de que haviam assumido o controle do país e exigiram a renúncia do presidente eleito Salvador Allende da “Unidade Popular”, um governo de coalizão entre a esquerda reformista (PS e PC) e setores da burguesia nacional.
O Exército e a Força Aérea sitiaram o palácio presidencial de “La Moneda”, bombardeando-o com caças ianques e tanques brasileiros. Encurralado e sem apoio militar, se recusou em aceitar a exigência dos chefes golpistas de que renunciasse incondicionalmente, Allende morreu no próprio palácio de “La Moneda”.
No mesmo dia, os chacais golpistas prenderam dezenas de milhares de trabalhadores e jovens, conduzindo-os para campos de concentração onde foram interrogados, torturados e, em muitos casos, assassinados. O famoso músico Victor Jara descreveu o terror que experimentou com milhares de outras pessoas durante seus últimos dias no Estádio Nacional de Chile, onde foi sadicamente torturado (teve suas mãos decepadas)e assassinado em 16 de setembro.
O terror fascista no Chile durou duas longas décadas. Milhares de opositores políticos da esquerda foram mortos ou “desapareceram” pelo regime militar de Pinochet e cerca de 30 mil torturados, segundo os próprios dados oficiais. O golpe no Chile também teve consequências políticas profundas para toda a América Latina.
Nas suas homenagens ao aniversário do golpe de Estado de 1973 no Chile, os representantes Sociais-Democratas do governo da “Maré Rosa”, como o presidente chileno Gabriel Boric, bem como a exquerda revisionista pequeno-burguesa, lançam apelos efusivos por novos “Pactos Nacionais” em favor da democracia burguesa e pela restauração de uma “fachada popular” para os regimes capitalistas falidos. Este caminho político da colaboração de classes só pode levar a uma nova derrota histórica do proletariado chileno e mundial. Hoje os governos burgueses da Frente Popular na América Latina, são os melhores gestores estatais do capital financeiro, e “de quebra” impulsionam os ataques mais ferozes as liberdades democráticas da população e contra o direito da livre e independente organização política do proletariado.
A lição programática fundamental da derrota da revolução chilena a ser abstraída pela vanguarda do proletariado, foi que a classe operária estava disposta e era plenamente capaz de tomar de assalto o poder político, ultrapassando a “tática” suicida da “Via Pacífica ao Socialismo”, mas faltava-lhe o elemento decisivo, ou seja uma direção revolucionária: um Partido Operário baseado no Marxismo-leninismo!