sábado, 30 de setembro de 2023

BUROCRACIA CASTRISTA CHAMA A CONFIAR NA OMS... UM “BRAÇO” DO IMPERIALISMO IANQUE E DA BIG PHARMA CONTRA CUBA

Na reunião de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre Prevenção, preparação e resposta frente a pandemias realizada em Nova York em 20 de Setembro, o Presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez afirmou que “As pandemias não distinguem fronteiras, ideologias ou níveis de desenvolvimento, razão pela qual o enfrentamento a elas deve ser também global, superando as diferenças políticas.”. Essa colocação por si só demonstra a alto grau da política de colaboração de classes da burocracia castrista a nível mundial com o imperialismo ianque. Canel foi além declarando que “Cuba defende a adoção de um instrumento internacional robusto para a prevenção, resposta e recuperação frente às pandemias, sob a liderança da Organização Mundial da Saúde”, apoiando assim o Tratado de Pandemia da OMS que vem sendo imposto por pressão da Big Pharma, um instrumento ditatorial orquestrado pela Governança Global do Capital financeiro para impor o terror sanitário global e medidas repressivas a serviço da Nova Ordem Mundial capitalista. O governo Castrista é um regime burocrático parasitário stalinista está operando a restauração capitalista no Estado Operário Cubano deformado que adota medidas que cada vez mais fragilizam a economia estatizada ao mesmo tempo em que busca desesperadamente a manutenção do acordo de “coexistência pacífica” com a Casa Branca na gestão Democrata de Biden. O discurso de Canel expressa uma conduta de adaptação aos ditames da Governança Global do Capital Financeiro, como foi no caso da falsa pandemia da Covid-19, quando Raul e Miguel Canel tomaram a decisão vergonhosa de não realizar o ato de 1º de Maio nas ruas de Havana em 2020 e 2021 alegando a necessidade do “isolamento social” recomendado arbitrariamente pela OMS controlada pelo Big Pharma, uma política suicida que debilitou tremendamente Cuba, levando a Ilha ao seu atual esgotamento econômico.

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Vale registrar historicamente que a URSS se retirou da organização em 1949, criticando a proeminência dos EUA na Organização e nas agências da ONU de maneira geral. Os Estados operários deformados da Bulgária, Romênia, Albânia, Polônia, Tchecoslováquia e Hungria logo seguiram o exemplo, irritados com a OMS, em resposta à retenção de recursos médicos dos EUA na Europa Oriental (os EUA se recusaram a exportar equipamentos cruciais para a fabricação de penicilina para a Iugoslávia, Polônia e Tchecoslováquia).

Em 1954, em um discurso em comemoração à OMS, uma política capitalista dos EUA resumiu o apoio do imperialismo norte-americano a essa organização quando declarou: “Em nossa luta global contra o comunismo, um de nossos principais esforços é manter o mundo livre forte. As doenças geram pobreza e a pobreza gera mais doenças. O comunismo internacional prospera em ambos”.

Somente após a morte de Stalin e a ascensão de Khruschev com o aprofundamento de sua política de coexistência pacífica com o imperialismo ocorreu o retorno da URSS e de seus aliados a OMS em 1956.

Lembremos também que depois do terremoto no Haiti em 2010, a OMS e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos apoiaram a tentativa da ONU de encobrir que as tropas de “manutenção da paz” da ONU foram a fonte da epidemia maciça de cólera no Haiti. 

Um relatório da OMS de 2013 também encobriu o impacto das munições de urânio empobrecidas dos imperialistas dos EUA em defeitos congênitos no Iraque.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sabia da existência dos laboratórios militares biológicos do Pentágono que desenvolvia pesquisas secretas sobre patógenos de alto risco, inclusive a mutação artificial do Coronavírus. 

As instalações conhecidas por Tedros e a cúpula corrupta da OMS, lacaios da Big Pharma, pesquisam os efeitos desses patógenos via doenças perigosas que afetam tanto animais quanto humanos. É o caso da COVID-19, por exemplo. Esses laboratórios na Ucrânia recebem apoio dos Estados Unidos, da União Europeia (UE) e da OMS.

Alertamos que o PC cubano caminha em direção a restauração capitalista no Estado Operário deformado, notadamente desde a gestão de Clinton quando Castro e Raul tiveram profundas ilusões no representante Democrata do imperialismo na Casa Branca e estabeleceram vários acordos que acabaram por fragilizar política e economicamente a ilha.

Como Trotskyistas não podemos rejeitar possíveis manobras diplomáticas de um Estado Operário no contexto de um mundo hegemonizado pelo capital financeiro, reconhecemos o direito de Cuba exigir o fim do criminoso bloqueio comercial, porém não somos “ingênuos” ao ponto de desconsiderar os objetivos estratégicos do imperialismo ianque. 

Como nos ensinou Lenin que pessoalmente em sua época celebrou vários acordos comerciais com o imperialismo europeu, é necessário aproveitar as fissuras da crise imperialista sem “baixar a guarda” de uma política que convoque permanentemente a mobilização do proletariado mundial contra a atual ofensiva neoliberal contra os povos. 

Nesta perspectiva revolucionária não podemos confiar na burocracia Castrista, que busca conservar o atual regime estatal cada vez mais sob as bases de concessões econômicas e políticas.

Frente a esta disjuntiva histórica, está colocado a construção do genuíno Partido Operário Revolucionário na Ilha com o objetivo de avançar nas conquistas sociais e do chamado a expropriação da burguesia mundial, se opondo a política de colaboração de classes das direções reformistas na arena nacional (como Lula), rompendo desta forma o isolamento de Cuba por meio da vitória da revolução proletária em outros recantos do planeta!

Justamente por defendermos incondicionalmente Cuba e as conquistas históricas da revolução, apontamos que para garantir a manutenção do Estado Operário os trabalhadores cubanos devem lutar pela imediata expulsão dos agentes da CIA, combater a nefasta influência ideológica da Igreja Católica e derrotar todas as organizações anticomunistas camufladas de democráticas. 

Ao mesmo tempo, como aponta o Programa de Transição elaborado por Trotsky em 1938, não defendemos a volta à democracia burguesa e a legalização de todos os partidos de uma maneira geral em Cuba, mas a revolução política para que os conselhos populares decidam verdadeiramente como melhor levar a luta contra os privilégios, a desigualdade social e o reforço da economia planificada segundo os interesses dos próprios trabalhadores. 

Lutamos decididamente contra a destruição do Estado Operário cubano, já que isso representaria uma enorme derrota para o proletariado latino-americano e mundial, abrindo um período sem precedentes de avanço imperialista sem capitular a burocracia castrista.