PSTU É O NOVO MEMBRO DA ESQUERDA BIDENLULISTA? MORENISTAS
APLAUDEM CÍNICA DECLARAÇÃO DE BIDEN E LULA “EM DEFESA DOS TRABALHADORES” E CELEBRAM
APOIO A UCRÂNIA DO NEOFASCISTA ZELENSKY
Depois de um silêncio sepulcral... finalmente o PSTU “abriu
o bico” para comentar a viagem de Lula aos EUA e seus encontros com Biden e
Zelensky. Quase 10 dias após o discurso do petista na ONU, os Morenistas
lançaram um artigo nesta quarta-feira (27/09) para... elogiar o velho pelego
traidor em seu périplo vassalo na terra do genocida Tio Sam! Segundo o PSTU “Lula fez
um discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) pautado
na resolução da crise climática, no combate à desigualdade e em pedidos por
reformas das instituições de governança global. Em seguida, fez uma declaração
conjunta com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, 'em defesa dos direitos
dos trabalhadores'”. Dito isso, nenhuma crítica e denúncia de seu alinhamento
com a Casa Branca, ao contrário, o PSTU vê como bastante progressivo as
reuniões de Lula com Biden e Zelensky, afinal de contas os três calhordas condenam a ação
militar da Rússia na Ucrânia, sendo Putin para os Morenistas hoje o inimigo
central na arena mundial e não Biden, o senil representando do imperialismo
ianque que é peça fundamental da Governança Global Capitalista.
Não por acaso o PSTU, falando em terceira pessoa para emitir sua própria posição, declara “É compreensível que muitos ativistas e pessoas de esquerda tenham visto o discurso com bons olhos. Até há pouco tempo, com Bolsonaro, discursos em órgãos semelhantes eram recheados de negacionismo, pautas conservadoras e reacionárias”. Para os Morenistas, Lula representa justamente a “Civilização contra a Barbárie” usando como toda a exquerda o Bolsonarismo como o espantalho “fascista”, recorrendo a um conceito anti-marxista utilizado justamente para substituir a luta de classes e justificar as “frentes amplas” como a que levou no Brasil o PSTU a votar em Lula para presidente.
Ao analisar especificamente a “Declaração conjunta de Lula e Biden”, o PSTU saúda a iniciativa e parte para aconselhar os dois representantes burgueses, como se fosse possíveis governos capitalistas subordinados integralmente ao grande capital e inclusive o representante-mor do imperialismo ianque pudessem adotar efetiva alguma medida em defesa dos trabalhadores! Nesse tonada de ilusões os Morenistas, como uma espécie de “assessor sindical” da dupla, afirma “Caso Lula e Biden, de fato, quisessem defender o direito dos trabalhadores seria fácil. Bastaria implementar a cláusula da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que impede a demissão imotivada. No Brasil, seria preciso apenas aprovar medidas de aumento geral do salário e redução da jornada de trabalho.” A que ponto de adaptação burguesa chegou o PSTU, aconselhando Biden a adotar as medidas da OIT, uma entidade de fachada completamente controlada pelas máfias sindicais alinhadas com a Casa Branca que sabota a luta do proletariado mundial pela revolução proletária! O nível de corrupção material e política do PSTU não tem limites! Somente corruptos degenerados da exquerda reformista podem acreditar que uma aliança entre o PT e o imperialismo ianque poderá trazer conquistas sociais para o proletariado brasileiro…
Os Morenistas ainda comemoram a ida de Biden a um piquete da greve dos operários das montadoras automobilistas que vem sendo estrangulada pela burocracia sindical da UWA, justamente seguindo a orientação do Partido Democrata. O artigo afirma em tom de êxtase que “A greve dos metalúrgicos nos EUA está tão forte, que após a visita de Biden a uma das unidades paralisadas, até mesmo Trump, o reacionário representante da ultradireita, participará de um ato e prestará apoio à greve”. Como vemos o PSTU aplaude o “progressista” Biden e ataca o “reacionário” Trump, seguindo a mesma conduta que teve no Brasil apoiando Lula em nome de derrotar Bolsonaro, demonstrando de não passa de um “poodle” do imperialismo ianque!
O que o PSTU não denuncia é que Biden estará tomando esta medida demagógica sem precedentes na história, de aderir a um piquete não para ficar do lado dos trabalhadores do setor automotivo contra a GM, a Ford e a Stellantis, mas em nome de toda a elite corporativa, financeira e imperialista ianque para sabotar o movimento grevista. Seu objetivo é desviar a atenção da crescente radicalização dos trabalhadores e ganhar tempo para que o burocrata Fain, presidente do UAW, conclua um novo acordo ainda mais rebaixado com as três grandes montadoras.