segunda-feira, 25 de setembro de 2023

ONU: UM COVIL DE BANDIDOS À SERVIÇO DO IMPERIALISMO IANQUE

A ONU é um covil de bandidos a serviço do imperialismo como Lenin alcunhou quando da sua criação ainda como "Liga das Nações" no primeiro pós-guerra. Não por acaso, atualmente uma farsesca investigação da ONU encomendada pela Casa Branca concluiu que soldados russos torturaram até a morte e estupraram mulheres na Ucrânia. O presidente da Comissão de Inquérito sobre a Ucrânia da ONU, o norueguês Erik Møse, diretamente indicado pela OTAN, afirmou que sua equipe de investigação "recolheu provas que indicam que o uso da tortura pelas forças armadas russas em áreas sob o seu controle tem sido generalizado e sistemático". A investigação será transformada agora em um relatório-farsa que irá embasar uma nova acusação formal da ONU contra a Rússia. O presidente russo, Vladimir Putin, já havia sido de forma absurda condenado à prisão pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) pelo crime de deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia em mais uma farsa fabricada pelo imperialismo ianque. O calhorda Erik Møse foi escolhido a dedo para esse novo embuste porque já foi presidente do TPI, além de ser membro do Supremo Tribunal da Noruega, país de origem do atual Secretário-Geral da OTAN. Neste novo caso fabricado de forma grotesco, a comissão da ONU cinicamente afirmou que as violações podem constituir crimes contra a humanidade, uma falsificação completa que é parte da ofensiva midiática e política montada por Biden e a ONU contra a Rússia.

Apesar desse evidente conluio, a esquerda reformista sem maiores “disfarces” passou a defender abertamente os organismos multilaterais do imperialismo, instituições criminosas como o FMI, Fórum Econômico Mundial (Davos), Banco Mundial, OMS e principalmente a ONU. Elas agora são consideradas “aliados estratégicos” da esquerda reformista, que busca a formação do chamado Centro Civilizatório Mundial, tão acalentado pelos traidores compulsivos da classe operária. 

Em destaque da nova postura de conciliação de classe dos reformistas, estão as supostas missões de paz da ONU, impulsionadas militarmente pelo imperialismo ianque contra a rebelião dos povos. A primeira missão de paz da ONU, logo após sua fundação, foi estabelecida na Palestina em 1948, após a criação do Estado de Israel e a primeira guerra com os países árabes. Foi chamado de Untso ("vigilância da trégua") e se mostrou impotente para deter a ofensiva sanguinária do sionismo. Não evitou a limpeza étnica travada por Israel ou as guerras sangrentas que continuaram a devastar a região desde então.

Durante a Guerra da Coréia, os Estados Unidos usaram a ONU como disfarce para sua agressão armada, um dos maiores genocídios de toda a história da humanidade, o que permitiu ocupar ao imperialismo ianque ocupar o país em conjunto com seus aliados da OTAN, e levar ao poder o regime criminoso de Singman Rhee, que mantém a divisão artificial do país desde 1950.

Os “Capacetes Azuis” de paz da ONU foram acusados ​​em muitos países de cometer abusos que vão desde estupro e agressão sexual até pedofilia e tráfico de pessoas.  As queixas foram apresentadas no Camboja, Timor Leste e África Ocidental e Haiti. A prostituição explodiu no Camboja, Moçambique, Bósnia e Kosovo após o envio de forças de manutenção da paz da ONU e, nos dois últimos casos, também da OTAN. Em um estudo da ONU de 1996 intitulado “O Impacto do Conflito Armado nas Crianças”, Graça Machel, ex-Primeira Dama de Moçambique, documentou o aumento da prostituição infantil ligada às atividades das forças de manutenção da paz.

Em 1994, o genocídio de Ruanda ocorreu enquanto os soldados da paz da ONU (Unamir) faziam vista grossa.  Em cem dias, entre 500.000 e um milhão de pessoas foram mortas. A ação da missão de paz da ONU na Somália resultou na morte de cerca de 500.000 civis.

Em 1999, a ONU lançou uma missão de manutenção da paz no Congo.No entanto, muitos grupos armados, alguns deles apoiados por países vizinhos para garantir a extração de recursos valiosos como ouro e diamantes, moveram-se livremente pelo leste do país. Eles periodicamente atacaram aldeias e estupram mulheres e meninas. As forças de manutenção da paz da ONU continuaram a olhar para o outro lado e não protegeram  mulheres e crianças das chacinas.

A situação não foi melhor na República Centro-Africana. Em 2014, foi descoberto lá que as forças de paz francesas destacadas pela ONU praticavam a pedofilia.  Agora existe uma missão de manutenção da paz chamada Minusca. Apesar da presença de mais de 12.000 soldados, os militares tentaram golpear em dezembro do ano passado e as tropas Minusca não conseguiram proteger o governo legítimo ou civis e tiveram que recorrer a mercecenários russos.

No Haiti, no final de 2004, o comando da missão de paz da ONU ficou a cargo do governo da esquerda reformista do PT. As forças da ONU, com generais brasileiros a frente da operação genocida, perpetraram as maiores brutalidades contra o povo oprimido do país negro da América Central. Os EUA atualmente planejam uma nova missão de ocupação militar da ilha negra e contam para isso novamente com o apoio de Lula.

Naquele momento, ainda existiram algumas correntes revisionistas da esquerda que atacaram corretamente a bárbara intervenção do imperialismo e de seus “capitães do mato” do PT. Hoje não existe uma só corrente reformista da esquerda que não faça apologia da ONU (e seus apêndices) como sendo uma instituição que se deva respeitar, como vimos nos aplausos de um arco que vai do PCdoB ao PCO do discurso de Lula na sua Assembleia Geral realizada neste mês de setembro. É a passagem definitiva desta esquerda corrompida para o campo de classe do imperialismo e seus organismos multilaterais.

Lembremos que a Liga das Nações, precursora da ONU, foi criada em 1922 como uma resposta a Revolução de Outubro e a existência da URSS uma entidade “não nacional” cujo próprio nome (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) era o projeto da revolução socialista mundial, ou seja, da autonomia e auto-determinação de todos os povos no marco da república internacional dos conselhos operários.

A criação da Liga das Nações não enganou Lênin, que a definiu como um “covil de bandidos”: “A guerra imperialista de 1914-1918 colocou em evidência diante de todas as nações e todas as classes oprimidas do mundo a falsidade dos fraseados democráticos e burgueses - o tratado de Versalhes, ditado pelas famosas democracias ocidentais, sancionou, em relação às nações fracas, as violências mais covardes e mais cínicas... A Liga das Nações e a política da Entente em seu conjunto apenas confirmam este fato e põem em andamento a ação revolucionária do proletariado dos países avançados e das massas laboriosas dos países coloniais ou dominados, levando assim à bancarrota as ilusões nacionais da pequena burguesia quanto à possibilidade de uma vizinhança pacífica, de uma igualdade verdadeira das nações sob o regime capitalista”.

Seguindo as lições nos legada por Lênin e diante das tarefas colocadas na atual conjuntura, os Marxistas Leninistas reafirmam que a ONU é um covil de bandidos à serviço do imperialismo ianque que deve ser desmascarada como parte da estrutura montada pela Casa Branca contra a luta dos povos pela sua libertação do jugo capitalista.