quarta-feira, 6 de setembro de 2023

ATO CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES EM SÃO PAULO: ORGANIZAR PELA BASE A GREVE GERAL DE TODO O FUNCIONALISMO PÚBLICO PAULISTA PARA BARRAR A OFENSIVA NEOLIBERAL DO GOVERNO TARCÍSIO DE FREITAS!

Entrevista com os companheiros Onassis Ferreira (militante da TRS), trabalhador de base na Sabesp e Eduardo dos Santos, operador do Metrô de São Paulo, realizada no importante ato contra as privatizações, em que defendem a luta direta unificada para derrotar a sanha privatista do Governo Tarcísio de Freitas. 

Blog da LBI: Porque a privatização da água e saneamento através da venda da Sabesp é a prioridade central do governo Tarcísio de Freitas?

Onassis Ferreira: A Sabesp lucra milhões todos os meses e o entreguista do Palácio dos Bandeirantes deseja de fato doar a nossa empresa estatal para os grandes tubarões, avançando nesse intervalo em um agressivo processo de terceirização, que reduz a qualidade de serviço prestado. Além disso a Sabesp está diminuindo a vazão da água a noite para poupar custos. Todo esse processo visa enxugar a empresa para a privatização, lesando o povo paulista, mas nos devemos defender o controle da Sabesp pelos trabalhadores! 

Blog da LBI: Como está a luta na base dos Metroviários contra a privatização levada a cabo pelo governo Tarcísio?

Eduardo dos Santos: Os trabalhadores estão começando um processo de ativismo contra um golpe da categoria do Metrô e também aos companheiros da CPTM e da Sabesp. A mobilização unificada é a única saída para fortalecer o movimento e ganha para nossa causa o conjunto da população trabalhadora. A privatização apenas vai piorar o serviço prestado e aumentar o valor cobrado, engodando os bolsos dos empresários e nos escravizando. Por essa razão defendo no local de trabalho a organização da greve geral em Outubro, após o resultado do plebiscito popular organizado pelos sindicatos, que não pode apenas ser para demonstrar a insatisfação com a privatização e sim para preparar a luta direta de todo o funcionalismo!

Blog da LBI: Qual a importância desse ato unificado hoje aqui em São Paulo?

Eduardo dos Santos: O ato está lotado, mas a base da categoria não veio em peso porque os sindicatos não mobilizaram para uma atividade de massas, em praça pública com um dia de paralisação. De qualquer forma é um início importante que demonstra a disposição de luta no Metro, na CPTM e na Sabesp, além do apoio de outras categorias como bancários e sem-teto do MTST. Considero necessário reforçar a mobilização nos locais de trabalho, organizar uma maciça assembleia geral da categoria e construir um calendário para unificar a luta a nível estadual, culminando com a greve de todos os servidores públicos paulistas em outubro! 

Blog da LBI: Qual o balanço que você, como trabalhador de base e militante da TRS, faz desse processo de mobilização?

Onassis Ferreira: Esse ato de hoje é apenas o começo da luta de verdade, porque com a unidade com outras categorias e diante da pressão das bases as direções sindicais burocráticas como a CUT, CTB e o Sintaema vão ser obrigados a organizar um combate de nossa classe contra esse governo de extrema-direita assim como devemos lutar contra a gerência burguesa da Frente Ampla, chamando a Oposição Operária e Revolucionário ao governo Lula&Alckmin. Acredito que até outubro podemos fazer novas plenárias, assembleias, encontros de representantes e finalmente uma greve geral para derrotar de vez a sanha privatista do governo Tarcísio de Freitas e também apontar em uma alternativa de direção revolucionária para o movimento operário e sindical que supere a política de colaboração de classes!