Obama prepara
intervenção da OTAN na Síria, enquanto o PSTU avaliza a farsa terrorista
montada pela oposição pró-imperialista!
O governo do chacal
Obama organiza pacientemente a intervenção militar da OTAN na Síria, colocando
seus dois “cães de guerra”, Cameron e Hollande, como vanguarda na defesa de uma
imediata invasão ao país governado há mais de 40 anos pela oligarquia
nacionalista da família Assad. Como já havíamos denunciado em artigo anterior (http://lbi-qi.blogspot.com.br/2013/08/siria-um-massacre-sobencomenda-do.html),
a oposição pró-imperialista montou, com a ajuda direta do reacionário governo
Turco, uma operação terrorista de grandes proporções contra a população civil
dos subúrbios de Damasco. Armas químicas letais fabricadas pelos EUA (ver foto
abaixo) foram utilizadas por grupos ligados a Al Qaeda no sentido de incriminar
o regime Assad pela morte de crianças e mulheres, um total de 1400 vítimas
fatais. Não por coincidência, alguns dias antes dos covardes atentados
terroristas desembarcava em Damasco uma equipe de inspetores da ONU com a “missão”
de inspecionar a utilização de armas químicas na guerra civil síria. Com o
anúncio do massacre, a mídia “murdochiana” internacional desatou uma infame
campanha contra Assad, exigindo que a ONU tomasse imediatamente uma posição
pela intervenção militar. O governo sírio atendeu de imediato o pedido feito
pelo Secretário Geral Ban Ki-Moon para que uma nova delegação de inspetores da
ONU fosse autorizada a vasculhar a periferia de Damasco em busca de provas
sobre a autoria dos atentados, um pequeno “detalhe” é que esta “comissão
independente” é chefiada pelo sueco Ake Sellstrom, o mesmo líder do seleto
grupo de inspetores de armas químicas da ONU no Iraque... Os militares leais a
Assad vinham impondo uma série de derrotas aos “rebeldes” pró-OTAN, que em vias
de baterem definitivamente em uma vergonhosa retirada, montaram uma covarde
operação fraudulenta para chamar pelo socorro das tropas imperialistas. Também
é bastante interessante para os regimes facínoras da Turquia e Egito, agora
alinhados pelos EUA, saírem dos holofotes mundiais e descarregarem a pecha de “ditadura
sanguinária” na conta do governo Assad. Mas o que parece evidente e óbvio para
qualquer militante anti-imperialista, minimamente lúcido, representa o oposto
para os canalhas revisionistas do PSTU, que chancelaram integralmente sem a
menor observação crítica toda versão mentirosa montada pela OTAN para
justificar uma nova intervenção militar na região. Não satisfeitos com sua
conduta criminosa na Líbia, os Morenistas agora fazem coro com a Casa Branca e
seus lacaios franceses para afirmarem: “Na madrugada desta terça para quarta, a
ditadura de Bashar Al Assad desferiu um brutal ataque com armas químicas na
periferia de Damasco, matando centenas de pessoas, entre mulheres, idosos e,
sobretudo, crianças, na região de Ghouta, subúrbio da capital. Este pode ter
sido o ataque mais letal lançado por Assad contra a população civil. As imagens
das vítimas fatais e do desespero do povo sírio frente ao ataque do governo
estão provocando indignação em todo o mundo e revelam a verdadeira face dessa
ditadura genocida. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, o governo
sírio lançou o armamento químico através de foguetes, atingindo as cidades de
Ain Tarma, Zamalka e Jobar, região sob domínio do Exército Livre da Síria (ELS)”
(Sítio do PSTU, 21/08/2013). O cretinismo desta organização corrupta, que
enlameia o Trotsquismo, é tão grande que sequer se envergonham das “fontes” que
utilizam para assacar as acusações contra o governo Assad, o tal “Observatório
Sírio de Direitos Humanos” é um organismo sediado em Londres, sob os auspícios
financeiros do Governo Britânico. Já o “ELS” não esconde de ninguém que não
passa de uma colateral militar da OTAN, recebendo armamento (inclusive químico)
diretamente do Pentágono. Para quem tem as mãos sujas do sangue do povo
egípcio, a LIT caracterizou como “progressivo” o recente golpe militar, não
deve ser muito difícil juntar-se a Obama, Cameron e ao rato Hollande para “exigir”
a renúncia de Assad e a transferência do poder para os assassinos “rebeldes”,
afinal seria uma repetição do que ocorreu na Líbia onde a tal “revolução” da
OTAN dilacerou o país entregando todos os seus recursos naturais para as
transnacionais do petróleo!
A torpe acusação de
genocídio feita contra Assad é tão inverossímil que somente agentes do
imperialismo poderiam reproduzi-la como papagaios da OTAN, os “rebeldes” há
bastante tempo já foram expulsos dos subúrbios de Damasco, concentrando suas
parcas forças em cidades ao leste da capital. Porque o governo sírio iria
atacar justamente uma área sob seu controle (matando crianças que não combatem
na guerra civil) no mesmo período em que a ONU estava no país para tentar selar
uma rendição minimamente “honrosa” para os “rebeldes”? Por outro lado, a pesada
campanha midiática contra Asssad, “eleito” como inimigo central do império,
serve aos objetivos dos EUA que busca recompor a unidade burguesa árabe rompida
com o golpe militar desferido contra a Irmandade Muçulmana. Com o rótulo do
ditador mais sanguinário do planeta, capaz de trucidar de uma única vez mil
crianças, os EUA se esforça inclusive para neutralizar o novo governo “reformista”
do Irã na defesa do antigo aliado Assad, posto que o “radicalismo” de
Ahmadinejad teria ficado isolado após sua derrota eleitoral.
O Pentágono ainda não
deu o sinal verde para a ação contra a Síria, justamente porque não conseguiu
conformar um comando militar único e confiável que dê o suporte necessário para
a intervenção da OTAN. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Ianques
general Martin Dempsey, declarou publicamente na terça-feira passada que a
administração Obama opunha-se mesmo a uma intervenção imediata na Síria porque:
“Acredito que os rebeldes combatendo o regime Assad não apoiariam interesses
americanos se tomassem o poder agora”. De fato, a disputa pelo controle
político no interior da oposição pró-imperialista ao regime sírio tem se
acirrado bastante, entre grupos islâmicos ligados a Irmandade Muçulmana e a Al
Qaeda, “correndo por fora” ainda estão as forças ligadas aos sauditas e
fundamentalistas do Qatar. A este amálgama contrarrevolucionário até a medula
os canalhas revisionistas costumam classificar como “heroicos rebeldes” que
estariam lutando contra uma “ditadura assassina”... enquanto silenciam os
bombardeios aéreos do gendarme sionista de Israel contra o território libanês e
as bases do Hezbollah, talvez porque esta organização anti-imperialista seja
aliada de Assad.
Os abutres imperialistas
estão nervosos e impacientes por um rápido desfecho na Síria, temem perder o “time”,
obtido graças à farsa terrorista montada pelos “rebeldes”. Mas o “pirata-mor”,
protegido em Washington, aguarda ainda um aval da Rússia e China para iniciar o
serviço sujo, ao contrário da Líbia não há reservas de petróleo para se
comprometer com a repartição do botim. O regime Assad prometeu “incendiar” a
região caso a OTAN intervenha, as milícias do Hezbollah já estão prontas para
atacar Israel e convocar a “guerra santa” contra os genocidas de Sion. O Hamas,
que até então apoiou os “rebeldes” sírios, ficaria em uma situação muito
difícil diante de uma guerra generalizada na região, cujos inimigos seriam os
EUA e seu “porta-aviões” sionista. Como marxistas revolucionários declaramos
sem a menor hesitação que a nossa trincheira de combate contra a OTAN é a nação
Síria, incluindo a conformação de uma frente única militar com o regime
nacionalista burguês de Assad. Como nos ensinou Lenin, o pior inimigo dos povos
é sempre o imperialismo, o militante ou organização política que não abstraiu
esta lição básica do marxismo não merece sequer ser chamado de esquerda!