Como já havia prognosticado a LBI no final da manhã desta
terça (30/04), o putsch impulsionado pela oposição reacionária, em aliança com
setores militares venezuelanos que já seguem diretamente as ordens do
Pentágono, fracassou política e militarmente. O governo Maduro retomou, logo
cedo, com certa facilidade controle da Base Aérea de “La Carlota”, de onde
teria partido o foco militar “rebelde”. Expulsos do quartel os militares
dissidentes se perfilaram nas redondezas, em frente a um trevo rodoviário, de onde
armados com artilharia pesada conclamaram a Forças Armadas a um motim contra o
regime chavista, não tiveram sucesso em seus apelos golpistas. No campo civil,
o fantoche Guaidó convocou uma mobilização para a praça Paris, na região
central de Caracas, e foi aí que sofreu sua maior derrota política, foi um
fiasco o ato em apoio ao golpe de Estado. Na outra trincheira, Maduro tratou de
prometer anistia aos oficiais rebelados, evitando assim um confronto militar de
grandes proporções e desdobramentos políticos imprevisíveis. Os chavistas
também convocaram um ato de apoio ao governo Maduro, simbolicamente em frente
ao Palácio presidencial de Miraflores, onde conseguiram uma boa audiência
popular. O sinistro establishment do imperialismo ianque se esforçou ao máximo
para atrair a cúpula castrense venezuelana na “aventura” militar de hoje. John
Bolton avisou o chefe das Forças Armadas da Venezuela, Vladimir Padrino, sobre
o que seria sua "última chance", afirmando que se permanecer leal ao
governo Maduro, ele "afundará com o navio", sinalizando o prenúncio
de uma guerra desde um ataque aéreo externo. Mesmo assim, apesar das ameaças de
Trump, o comando da Forças Militares Bolivarianas “bateu continência” ao
presidente Nicolas Maduro, selando o destino dos golpistas, pelo menos por
enquanto. Um dos idealizadores do putsch, o direitista veterano Leopoldo López,
que escapou de sua prisão domiciliar graças a ajuda de uma brigada “rebelde”,
já pediu asilo na embaixada do Chile. O paradeiro do fantoche Juan Guaidó ainda
é desconhecido. É exatamente em que condição permanecerá Guaidó na Venezuela
que reside o ponto mais delicado da atual crise, ou seja, foi por manter em
plena liberdade o conspirador mor que Maduro demonstrou seu maior sinal de
fraqueza. Se é absolutamente seguro caracterizar esta tentativa de golpe
militar como uma derrota, também é certo afirmar que hoje abriu-se uma clara
fissura na cúpula das FFAA Bolivarianas. Diante de uma crescente crise
econômica, a base social do regime nacionalista se deteriora a cada dia. Ou o
governo Maduro adota três medidas básicas, ou na próxima ofensiva da direita
corre seriamente o risco de ser derrotado política e militarmente. Quais sejam
as três medidas básicas: 1) Prisão imediata para toda a oposição golpista,
sejam militares de alta patente, empresários ou parlamentares da direita, 2)
Expropriação completa (sem indenização) de todos os ramos da economia
capitalista, 3) Armamento pleno das milícias Bolivarianas, dos destacamentos do
Partido Comunista da Venezuela (PCV, maior organização da esquerda) e
principalmente dos sindicatos e associações de bairros e distritos do país. Sem
a adoção destas iniciativas o regime nacionalista burguês, cairá
inexoravelmente diante dos novos golpes urdidos pela Casa Branca contra as
conquistas sociais e históricas do povo venezuelano.
terça-feira, 30 de abril de 2019
VENEZUELA URGENTE: APLASTAR COM A FORÇA MILITAR E POLÍTICA
DO PROLETARIADO A TENTATIVA DE GOLPE MILITAR PATROCINADO POR TRUMP E SEUS
FANTOCHES!
Um pequeno setor de militares da força aérea da Venezuela
tentou deflagar nesta manhã um golpe militar contra o regime chavista, hoje
encabeçado legitimamente pelo presidente Nicolas Maduro. Os militares golpistas aliados da oposição
patrocinada pela Casa Branca, se postaram com metralhadoras, num trevo
rodoviário defronte à Base Aérea “La Carlota”, na região leste da capital
Caracas. Pelas redes sociais, o autoroclamado presidente Juan Guaidó anunciou o
levante militar contra o Governo Maduro e convocou os civis a cercarem esta
base militar supostamente “rebelada”. O fantoche Guaidó, com a ajuda de
militares venezuelanos que seguem as ordens do Pentágono, também conseguiu
libertar da prisão o fascista Leopoldo López, antiga liderança da forças da
direita pró-ianque. O comandante das
Forças Armadas da Venezuela, general Vladimir Padrino, assegurou que não há
adesão de outras unidades e chamou de “covardes” os militares que, segundo ele,
ocuparam a via pública com armas de guerra. O ministro da Informação, Jorge
Rodriguez, reiterou que “o governo da Venezuela está desativando um grupo de
militares que tentou promover um golpe de Estado contra a paz e a
Constituição”. Fica evidente que o “putsch” de Guaidó e de uma pequena fração
militar que se alinha com a Casa Branca fracassou. O apoio do regime
nacionalista burguês pôde ser aferido
quando Maduro convocou as massas chavistas nesta manhã para o Palácio Mira
Flores em solidariedade ao seu governo, a resposta foi imediata e
multitudinária. Porém está absolutamente cristalino que já existem sinais de
corrosão na cúpula do regime chavista, que até o momento segue a linha de
conciliação de classes se opondo a uma expropriação total dos bandos
capitalista que conspiram abertamente contra o governo Maduro. Neste quadro de
profunda polarização social, confiar todas as forças do regime nacionalista
exclusivamente na cúpula militar é um grave erro histórico, e que poderá custar
a “cabeça” de Maduro e a derrota de todo o campo popular.A única alternativa
política segura para aplastar a reação interna e os abutres como Trump,
Bolsonaro e Duque, é o armamento pleno das brigadas populares e a expropriação
completa do capital, rumo a um governo genuinamente operário e camponês!
Golpistas se entrincheiram com armamento pesado contra Maduro |
segunda-feira, 29 de abril de 2019
HÁ 4 ANOS DO LEVANTE DE BALTIMORE (EUA): OS EXPLORADOS NEGROS SE LEVANTARAM CONTRA O ESTADO DE TERROR POLICIAL. CAMINHO PARA DERROTAR O RACISMO E A VIOLÊNCIA ESTATAL É A LIQUIDAÇÃO REVOLUCIONÁRIA DO MONSTRO IMPERIALISTA!
O levante de Baltimore ocorreu no final de abril de 2015,
quando a polícia dos Estados Unidos, prendeu 34 pessoas que participavam de
protestos por causa da morte do jovem negro Freddie Gray, de 25 anos, que
estava sob custódia policial na cidade e morreu após sofrer lesões na coluna
vertebral. Forças policiais circularam com ele no carro durante 30 minutos,
antes de chamar socorro médico. Várias pessoas e organizações afirmam que o
jovem foi torturado até a morte. As circunstâncias da morte do jovem negro são
de clara violência policial contra o preso, como demonstram os vídeos no
momento da sua detenção. O assassinato provocou uma série de protestos e
manifestações da população negra local. Desde o ano passado, dois casos
mobilizam os explorados na luta contra o rascimo. O primeiro ocorreu em julho
de 2014, com o assassinato do jovem negro Michael Brown, de 18 anos. O policial
branco que, de acordo com a promotoria e com os familiares do rapaz teria
atirado no garoto, foi inocentado pela Justiça de Fergunson. Em outro caso,
Eric Garner, de 43 anos, foi espancado até a morte no mesmo mês em Nova York.
Ele morreu estrangulado. O processo de Garner teve o julgamento adiado, segundo
a Justiça, por falta de provas contra os policiais envolvidos. Os protestos se
estenderam a várias cidades dos EUA expondo mais uma vez a divisão de classe e
de cor no coração do monstro imperialista! Este cenário reafirma o estado de
terror policial imposto contra o povo pobre enquanto o imperialismo ianque
incrementa sua ofensiva belicista por todo o planeta.
sábado, 27 de abril de 2019
82 ANOS DA MORTE DE GRAMSCI: A
REVOLUÇÃO RUSSA E O STALINISMO NA VISÃO DO GENIAL DIRIGENTE COMUNISTA ITALIANO
Passados oitenta e dois da morte do grande comunista Antonio
Gramsci em 27 de abril de 1937, é importante retornar à leitura, que em 1917, o militante sardo, então
com vinte e seis anos, fez dos acontecimentos da Rússia, e também ao que dessa
interpretação permaneceu em sua bagagem teórico-política mais madura como uma
formulação rica em revigorar de forma principista o Marxismo. A revolução
Bolchevique liderada por Lenin e Trotsky, constituiu para o jovem sardo,
transplantado para Turim, um ponto de virada política, teórica e existencial, a
partir do qual iniciou o amadurecimento de seu pensamento e a sua história de
comunista. Para compreender como Gramsci se relacionou com a Revolução de
Outubro é preciso, portanto, partir do reconhecimento de que Gramsci foi
sempre, dos anos turineses às obras do cárcere, não apenas um teórico da
revolução, mas um revolucionário em sua plenitude, Isso foi sublinhado pelo
histórico dirigente do PCI, Palmiro Togliatti, ao afirmar: “Gramsci foi um
teórico da política, mas sobretudo foi um político prático, isto é, um
combatente. É preciso buscar na política a unidade da vida de Antonio Gramsci:
o ponto de partida e o ponto de chegada”. Militância política como revolução,
no caso de Gramsci, política como luta pela transformação socialista do mundo.
Inicialmente, na vida do futuro dirigente comunista, política como rebelião
ativa do proletariado. Como o próprio Gramsci recordou em uma carta, de 1924, à
esposa, isto que o havia conduzido a um estado de rebelião em relação às
condições sociais do seu tempo e do seu país teve origem nas dolorosas
experiências pessoais, que remontavam aos anos de infância, quando (depois da
prisão do pai) a família foi lançada na miséria, obrigando o pequeno Nino,
ainda menino, a suspender por algum tempo a escola, ao fim do primário, para
trabalhar no cartório de registro de imóveis de Ghilarza. Isto que então o
tinha salvado de “tornar-se um trapo engomado”, como ele escrevia. Foi o:
“Instinto da rebelião, desde menino era contra os ricos, porque não podia
estudar, eu que tinha obtido dez em todas as matérias da escola primária,
enquanto iam para a escola os filhos do açougueiro, do farmacêutico, do
negociante de tecidos”. Já na Sardenha, porém, Antonio havia começado a ler os
livros e revistas daquela cultura de oposição a Giolitti e ao giolittismo, que
foi o terreno sobre o qual ele inicialmente se formou política e culturalmente.
Em 1911, Gramsci se mudou para Turim, para frequentar a faculdade de Letras e
Filosofia, graças a uma bolsa de estudo, suficiente apenas para sua
sobrevivência. Em Turim aderiu, já antes da Grande Guerra, ao movimento
socialista. Mas o seu marxismo, a sua concepção de mundo, era então muito
particular: pela sua formação cultural, o marxismo do jovem Gramsci foi
subjetivista, antideterminista, antieconomiscista, influenciado precisamente
pelo neoidealismo e pelo bergsonismo mediado por Sorel. Um marxismo original,
portanto, também ingênuo em alguma medida, baseado no primado absoluto e
idealista da vontade. Não faltavam nestes anos traços importantes de uma visão
dialética e antideterminista dos processos revolucionários. No artigo
“Socialismo e cultura”, por exemplo, Gramsci apresentava uma definição da
cultura como conquista e valorização do próprio eu e, portanto crescimento da
subjetividade . Era clara, para ele, a importância nos processos de
transformação, e também nas grandes revoluções – da aquisição da consciência,
das ideias, dos valores. De fato, escrevia Gramsci:”Toda revolução foi
precedida por um intenso e permanente trabalho de crítica, de penetração
cultural, de impregnação de ideias. O último exemplo, o mais próximo de nós e
por isso menos distinto do nosso, é o da Revolução Francesa. O período cultural
que a antecedeu, chamado de Iluminismo, tão difamado pelos críticos superficiais
da razão teórica, não foi, de modo algum, ou pelo menos não foi apenas um
fenômeno de intelectualismo pedante e árido, similar ao que vemos diante de
nossos olhos e que encontra sua maior manifestação nas universidades populares
de baixo nível. Foi ele mesmo uma magnífica revolução, mediante a qual, como
observa agudamente De Sanctis em sua Storia della letteratura italiana:
“Formou-se em toda a Europa uma consciência unitária, uma internacional
espiritual burguesa, sensível em todos os seus elementos às dores e às
desgraças comuns, e que foi a melhor preparação para a sangrenta revolta que
depois teve lugar na França”.
sexta-feira, 26 de abril de 2019
ENTREVISTA COM LULA NA CARCERAGEM DA “REPÚBLICA DE CURITIBA”:
O PRESO POLÍTICO PELO REGIME DE EXCEÇÃO AINDA DEPOSITA SUAS ESPERANÇAS NA CORTE
SUPREMA, A MESMA QUE COORDENOU O GOLPE...
Lula acaba de conceder sua primeira entrevista após sua prisão política pela “República de Curitiba” há um ano atrás. Aos jornalistas Mônica Bergamo e Florestan Jr, Lula reafirmou integralmente sua estratégia de colaboração de classes, defendendo sua inocência e apostando todas as fichas políticas em uma absolvição no marco de um recurso a Suprema Corte, a qual teceu “rasgados” elogios, inclusive a qualificando como uma instituição “corajosa”... só faltou afirmar que a “coragem” do STF é no sentido de subtrair direitos históricos do proletariado e avalizar institucionalmente a ofensiva neoliberal lançada pelo imperialismo contra nosso país. O ex-presidente defendeu sua estratégia de colaboração de classes em se entregar ao justiceiro Moro, alegando defesa de sua “honra”, porém contraditoriamente admitiu que a Lava Jato é uma farsa montada pelo Departamento de Justiça dos EUA, apesar de não reconhecer que foi a gestão petista de Dilma Roussef que “abriu as portas” do Estado para que os bandidos da “Força Tarefa” do MPF iniciassem o planejamento do golpe parlamentar desferido em 2016, exatamente contra a primeira presidenta da história republicana. Lula insiste na velha senda do respeito a institucionalidade burguesa, acreditando nas eleições de 2020 como sua redenção política, após o fiasco do governo chefiado por um “maluco”, evitando caracterizar Bolsonaro como um fascista, o que não seria palatável para a classe dominante tupiniquim. Os Marxistas defendemos intransigentemente a liberdade de Lula, não por acreditar em sua equivocada plataforma programática de “ilusões democráticas”, mas por combatemos em frente única de ação em conjunto com a esquerda reformista o avanço da direita reacionária em nosso país. Este é o nosso ponto de intersecção política com a Frente Popular, porém com absoluta independência para postularmos nossa estratégia revolucionária na construção de uma alternativa de poder operário. Mantemos em relação ao PT e suas lideranças completa autonomia de crítica, principalmente no campo de suas seguidas capitulações ao segmento considerado “progressista” da burguesia nacional, ao qual o governo de Lula foi excepcionalmente “generoso”... Nós do Blog da LBI assistimos a um pequeno trecho da entrevista de Lula, até agora disponibilizado publicamente, e podemos concluir que após um ano de encarceramento político, o principal dirigente do PT não abre mão de sua concepção reformista, prometendo reeditar a “era de prosperidade” baseada no crédito consignado e incentivo ao “consumo do mercado interno”, desgraçadamente este “ingrato mercado” lhe colocou na prisão por interesses comerciais...
1º DE MAIO UNIFICADO DAS CENTRAIS SINDICAIS: NADA DE LUTA E GREVE GERAL, SÓ “LIXO CULTURAL” E PARALISIA POLÍTICA... COM ESSA ORIENTAÇÃO DESPOLITIZADA NÃO DERROTAMOS AS REFORMAS DO “MERCADO” E O GOVERNO FASCISTA BOLSONARO!
O conjunto da burocracia sindical vem convocando atos unificados
de 1º de Maio em São Paulo e em todas as capitais do país. Nas reuniões
preparatórias a cúpula das centrais (CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, CTB,
UGT, CSB, CGTB, Nova Central, Intersindical) decidiu não convocar a Greve Geral
para derrotar a reforma neoliberal do governo Bolsonaro, não marcar qualquer data
pelo menos para sinalizar que o movimento operário vai lutar de verdade contra
o ataque brutal que os rentistas exigem que seja imposta imediatamente. As
centrais se limitaram a lançar o chamado vazio “Em defesa dos direitos dos
trabalhadores” sem apontar nenhuma medida concreta de luta. Ao contrário, o
cartaz do ato de 1º de Maio de SP não passa de convocatória para um show de
música sertaneja de péssima qualidade, com representantes típicos desse “lixo
cultural”, duplas mercenárias bancadas pelas gravadoras como Simone e Simaria,
Maiara e Maraísa... Os sindicalistas revolucionários da LBI alertam que com
essa política de sabotagem das lutas e despolitização dos trabalhadores não se
derrota a investida do grande capital e seu gerente fascista contra os
explorados, não é essa a unidade que almejamos! A Conlutas, por sua vez, está
eufórica saudando a “unidade histórica de todas as centrais sindicais”,
declarando em seu site que “O 1° de Maio este ano no Brasil será histórico.
Diante do brutal ataque aos trabalhadores que representa a Reforma da
Previdência do governo Bolsonaro, as centrais sindicais brasileiras estão
organizando atos unificados no país... Em São Paulo, o evento terá início às
10h, com apresentações artísticas e culturais”. Espertamente, chegou a lançar
um micro-comunicado de poucas linhas a “boca miúda” no Face dizendo “Não temos
acordo com esse formato do panfleto, seja pelo estilo exageradamente de ‘show’,
seja por reproduzir um viés machista”. O fato desse “comunicado” não constar
sequer em sua página oficial na internet demonstra que a Conlutas e o PSTU não
desejam enfrentar a política traidora e despolitizada da burocracia sindical,
com essa manobra covarde para “consumo interno” suas direções visam apenas “calar
a boca” de meia dúzia de militantes descontentes dentro do partido que perceberam
o óbvio caráter traidor dessa “unidade”. Fica evidente que as centrais
sindicais apostam suas fichas no lobby parlamentar no corrupto Congresso
Nacional, alimentando ilusões que os trabalhadores podem derrotar a proposta do
Planalto pressionando deputados e senadores, cuja esmagadora maioria está
comprometida com os planos da burguesia e do imperialismo de liquidar a previdência
pública, acabar com o direito da aposentadoria e pensões, dando um verdadeiro “Deus
lhe pague” para o povo. A “ala esquerda” da Frente Popular (PSOL e PSTU) embarcou
de cabeça nesse engodo. Em nome da “unidade” vem subordinando seus aparatos sindicais
(Conlutas, Intersindical) a política de colaboração de classes do PT, PCdoB,
CUT, que por sua vez cedem cada vez mais a política da Força Sindical, UGT, ou
seja, da máfia sindical ligada diretamente a burguesia que aceita que passe o
grosso da proposta do governo, “opondo-se” apenas a seus aspectos mais brutais
e menos importantes, como inclusive vem atuando o “Centrão” no parlamento. Paulinho
da Força é o porta-voz dessa ala, o mesmo que estará como figura de proa o “1º
de Maio unificado”. A LBI alerta que essa “unidade” longe de ser um ponto de
apoio para a luta direta dos trabalhadores é um freio para uma mobilização
radicalizada e para a construção imediata de uma verdadeira Greve Geral desde
as bases operárias e populares, com piquetes e que paralise a produção, tendo
os trabalhadores do campo com suas ocupações de terra e os sem-teto nas cidades
como aliados. Intervimos nesse 1º de Maio com um eixo político oposto ao do conjunto
da burocracia sindical, defendemos a convocação imediata da Greve Geral, com a assembleias
de base nos locais de trabalho, estudo e moradia, no campo e na cidade, a fim de construir uma
poderosa mobilização classista para derrotar os planos do fascista Bolsonaro e
do parlamento, ambos capachos da burguesia e do imperialismo!
quinta-feira, 25 de abril de 2019
45 ANOS DA “REVOLUÇÃO DOS CRAVOS”: SOCIAL-DEMOCRACIA E
STALINISMO APROFUNDAM SUA TRAIÇÃO A CLASSE OPERÁRIA... INTEGRAÇÃO AO GOVERNO DO
PS PROVOCA RUPTURA NO “BLOCO DE ESQUERDA” E CRISE NO PCP
Neste 2019 completa-se 45 anos da Revolução dos Cravos, mais de quatro décadas e meia se passaram do histórico e memorável 25 de abril de 1974 que sacudiu as ruas de Portugal! Hoje, os trabalhadores lusitanos estão sendo governados pelo PS sob o comando de Antônio Costa depois de vários mandatos de gestão de direita PSD/CDS. Para celebrar essa data fazendo coro com a política de colaboração de classes do PS, o PCP afirma “Neste sentido, as comemorações do 45.º aniversário da Revolução de Abril devem ser um tempo para a convergência e unidade dos democratas e patriotas, dos trabalhadores e do povo, em defesa dos valores de Abril, da Constituição da República Portuguesa, de exigência de ruptura com a política de direita e de afirmação de uma política alternativa, patriótica e de esquerda” (PCP, 45.º aniversário da Revolução de Abril. Os valores de Abril no futuro de Portugal). Esta política de apoio “crítico” ao PS tem levado a crise no PCP, que vem perdendo peso político. Por sua vez, o Bloco de Esquerda (BE) declara “As comemorações do 25 de Abril e do 1º de Maio são momentos de reivindicação em torno do Estado Social e dos direitos de quem trabalha, pilares da democracia. O Bloco de Esquerda participa nestas manifestações e apela a uma ampla mobilização popular”. O programa abertamente socialdemocrata do BE levou a sua ruptura às vésperas das comemorações dos 45 anos da “Revolução dos “Cravos”. Mais de duas dezenas de militantes apresentaram o pedido de desvinculação do partido e enviaram uma carta à Mesa Nacional onde criticavam o rumo tomado nos últimos anos. Nela está incluída a assinatura de dois irmãos de um dos fundadores do partido e antigo coordenador Francisco Louçã, ex-dirigente do SU: Isabel Maria Louçã e João Carlos Louçã. "Camaradas, conscientes de que pouco resta do projeto original do Bloco de Esquerda de ser uma força política em alternativa à sociedade existente, resolvemos deixar o partido no qual militámos ativamente até agora. Resolvemos deixar o Bloco porque não podemos ignorar o caminho de institucionalização dos últimos anos que transformaram o partido, de instrumento de luta política, num fim em si mesmo". O BE como o Syriza na Grécia e o PSOL no Brasil são partidos sociais-democratas que almejam gerenciar o Estado burguês em crise. Neste marco, as comemorações desse fato histórico que marcou o fim da ditadura de Salazar e o retorno da democracia burguesa em Portugal ocorrem em um clima de patrocinar ilusões na gestão burguesa do PS, neste sentido deve ser compreendida a Revolução dos Cravos e seus efeitos ainda hoje sobre a luta de classes não só em Portugal, mas como parte integrante da crise por que passa o continente europeu como um todo. Foi chamada de Revolução dos Cravos porque as tropas lideradas pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), em vez de baionetas, saíram às ruas com cravos na ponta dos fuzis para simbolizar solidariedade com a população. Mas, ao contrário do que afirmam os arautos da conciliação de classes, esse movimento resultou numa profunda derrota para proletariado português, confirmando a inviabilidade histórica de uma transição pacífica para o socialismo. O movimento de 25 de abril de 1974, ao pôr fim ao regime fascista de Salazar-Caetano, que durante 46 anos oprimiu o proletariado português e os povos as colônias de Portugal na África, se constituiu em um golpe militar preventivo para evitar que uma insurreição popular destruísse as bases da ordem capitalista. Um “convidado” inesperado, o proletariado, surge no processo desta transição política que foi operada inicialmente “por cima”, mas a ausência do partido revolucionário no cenário português impede que se transforme a crise política da “agitada” transição em Revolução Socialista.
MORRE JIM ROBERTSON, FUNDADOR DA LIGA ESPARTAQUISTA (EUA): O TROTSKISMO PERDE UM QUADRO MILITANTE QUE DEDICOU TODA SUA VIDA A CONSTRUÇÃO DA LIGA COMUNISTA INTERNACIONAL (LCI)
Na primeira quinzena de abril faleceu Jim Robertson, um dos
fundadores da Liga Espartaquista dos EUA e também da Liga Comunista
Internacional (LCI). Robertson tinha 90 anos e foi militante do movimento dos
trabalhadores por mais de 70 anos. Nascido em 1928, Robertson aderiu ao Partido
Comunista em Richmond, Califórnia em dezembro de 1946. Foi membro ativo em sua
organização juvenil, a American Youth for Democracy. Enquanto estudava química
na Universidade da Califórnia em Berkeley, ele deixou o PC. Robertson foi
dirigente do grupo de jovens do SWP, a Young Socialist Alliance, quando foi
fundada em 1960. Robertson, Tim Wohlforth e Shane Mage se opuseram ao que
consideravam uma posição acrítica a Fidel Castro pela direção do SWP. Jim
Robertson fundou a Tendência Revolucionário (TR) com David North, a TR
era a representação do Comitê Internacional da IV nos EUA. Depois, na década de
60, rompeu com o próprio Gerry Healy, então dirigente do CI-QI. A maioria do TR
deu origem a Liga Espartaquista. Ele permaneceu um colaborador ativo e um
componente essencial da direção da Liga Espartaquista (EUA) e de sua corrente
internacional LCI até os últimos dias de sua vida. Sua morte é uma tremenda
perda para a LCI e para os que se reivindicam trotskistas. Em nome da direção
nacional da LBI damos nossas condolências à família de Jim Robertson e seus
inúmeros amigos e camaradas de partido. Apesar das profundas divergências que
temos com a LCI, respeitamos a trajetória militante de seu fundador, dedicada
ao Trotskismo assim com sua contribuição em defender a URSS e os Estados
operários, ainda que burocratizados, da restauração capitalista em oposição a
orientação stalinofóbica da esmagadora maioria das correntes revisionistas do
Trotskismo. Jim Robertson Presente! Na luta pelo Socialismo sempre!
quarta-feira, 24 de abril de 2019
“DOIS LADOS DA MESMA MOEDA”: A ESMAGADORA VITÓRIA DE
BOLSONARO NA CCJ E A PASSIVIDADE IMPOSTA PELA CUT/ PT (LOBBY PARLAMENTAR) AO
MOVIMENTO OPERÁRIO E POPULAR!
A vitória do governo Bolsonaro na CCJ no final da noite
desta terça-feira aprovando a admissibilidade da Reforma neoliberal da
Previdência por um placar folgado (48 a 18) após um acordo com o chamado
“Centrão” costurado pela presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), abriu um
debate importante no ativismo classista: porque o PT e a CUT não moveram um
dedo para mobilizar os trabalhadores antes da aprovação da
“constitucionalidade” da PEC, porque negaram-se a convocar pelo menos uma Greve
Geral de 24hs ou 48hs para demonstrar a força da classe trabalhadora diante do
ataque a conquistas históricas? Como já vínhamos alertando, a estratégia do
conjunto da Frente Popular (integrada pelo PCdoB e também pelo PSOL) limita-se
a desgastar eleitoralmente o governo Bolsonaro, sem chamar nenhuma mobilização
de peso que possa romper com as regras institucionais da democracia burguesa.
Por essa razão o conjunto da centrais sindicais (CUT, Conlutas, Intersindical)
limitaram-se a ir ao aeroporto de Brasília a fim de fazer “lobby” para os
parlamentares votarem contra a proposta do Planalto. No máximo lançaram um
“abaixo-assinado” contra a Reforma. Esses burocratas sindicais e as suas
lideranças partidárias tem uma estratégia definida: apostam suas fichas nas
eleições de 2020 e na disputa presidencial de 2022. Os governadores do PT, por
exemplo, apoiam vários pontos da Reforma neoliberal de Bolsonaro, onde administram
já inclusive levaram adiante ataques da mesma natureza, como Camilo Santana no
Ceará, marionete da Oligarquia Gomes (PDT), também apoiadores dos retrocessos nas
regras da previdência pública. Por sua vez, o PT negocia nos bastidores a
libertação de Lula das garras da justiça burguesa (via o STJ, STF) oferecendo em troca a
“inação” do movimento operário diante da ofensiva neoliberal. A decisão do STJ
de ontem aponta que o acordo avança nesse sentido: prisão domiciliar para Lula
após a aprovação da PEC. Esse engodo ficou tão evidente que muitas ativistas já
estão denunciando abertamente esse golpe da Frente Popular contra uma
verdadeira mobilização para barrar a reforma neoliberal de Bolsonaro.
Registre-se que tanto nos governos Lula e Dilma, o PT levou ataques a previdência
pública e as conquistas sociais que pavimentaram o caminho para a investida
atual de Bolsonaro. Agora a piada da vez que sai da boca da burocracia sindical
é o lema “Se a reforma passar o Brasil vai parar!” quando faz-se necessário uma
Greve Geral já para barrar nas ruas as reformas exigidas pelo “mercado”. O que
vimos nesses dias foram “dois lados da mesma moeda”: o governo Bolsonaro
avançando em seus ataques enquanto a Frente Popular sabota as lutas...A tarefa
dos revolucionários é lutar pela superação dessa orientação traidora, convocado
a resistência direta ao governo do fascista Bolsonaro que conquistou uma grande
vitória no parlamento!
terça-feira, 23 de abril de 2019
EM “CONCHAVÃO” PRÉ-ACORDADO: POR UNANIMIDADE STJ DIMINUIU A PENA DE LULA A ESPERA DA APROVAÇÃO DA (CONTRA)REFORMA QUE LIQUIDARÁ A PREVIDÊNCIA
Acabou agora a votação na 5ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) que decidiu por unanimidade (4 a 0) que Lula tenha pena reduzida, dando-lhe de fato o direito a
prisão domiciliar em setembro/outubro, ou seja, após a aprovação da reforma
neoliberal da previdência pelo governo Bolsonaro no parlamento. Esta é a
decisão final da “corte”, um "conchavão" pré-acordado entre a máfia de toga do STJ. O relator do recurso em agravo regimental impetrado
pela defesa do ex-presidente propôs a revisão da pena de 12 anos e um mês para
8 anos, 10 meses 20 dias. Isso implica, caso de mantenha essa tendência, na
redução do tempo para a concessão do regime semiaberto para perto de 1 ano e
seis meses (um sexto da pena), dos quais Lula já cumpriu quase 13 meses, o que
levaria sua liberação para outubro deste ano. Jorge Mussi, o segundo dos
integrantes da 5ª Turma do STF também se manifestou pela redução da pena dada a
Lula pelo TRF-4. Ele rearbitrou a pena em 5 anos e 6 meses pela acusação de
corrupção e outros 3 anos e 4 meses pela alegação de lavagem de dinheiro. Oito
anos e 10 meses (e vinte dias), o mesmo que foi fixada pelo ministro-relator,
Félix Fischer. Ministro Reynaldo Soares, presidente da Quinta Turma, votou e
acompanhou o relator nas dosimetrias das penas de corrupção passiva e lavagem
de dinheiro, colocando a pena em 8 anos, 10 meses e 20 dias. O último "ministro" fez o mesmo!. Desta forma, a “turma”
confirmou a decisão de progressão do regime, isso daria a Lula a prisão
domiciliar em setembro/outubro. Todos os elementos levam a crer que essa
decisão seguiu à risca o calendário da agenda neoliberal imposta ao país pelos
rentistas e a Rede Globo. Manter LuLa encarcerado pela “Lava Jato” em Curitiba
enquanto o governo Bolsonaro aprova a Reforma da Previdência mas acenando para
sua prisão domiciliar até o final do ano. Em troca desse “relaxamento” do
regime de prisão, o PT e a CUT mantêm o movimento operário em “banho maria”
acumulando força eleitoral com o desgaste do governo para as eleições
municipais de 2020 e, fundamentalmente, para a disputa presidencial em 2022.
Fica evidente que a direção nacional do PT segue negociando nos bastidores da
“república” e em suas cortes (STJ, STF) uma barganha em torno da liberdade de
Lula em troca de sua “inação” no marco da radicalização da luta contra o
projeto neoliberal do mercado financeiro. É necessário organizar desde já a
construção de uma vigorosa Greve Geral por tempo indeterminado para derrotar
não só as (contra)reformas, mas o conjunto do regime de exceção, vigente após o
golpe parlamentar que resultou na fraude eleitoral, empossando o fascista
Bolsonaro no Planalto. Somente forjado uma alternativa revolucionária de poder,
para romper com a farsa da democracia burguesa, a classe operária será capaz de
se insurgir no cenário histórico de forma independente para iniciar uma nova etapa
do desenvolvimento humano: a sociedade socialista! Está claro para qualquer
observador político minimamente atento, que Lula só recuperará suas garantias
constitucionais elementares com a derrubada revolucionária do atual regime
vigente. Desgraçamente, o “Lula Livre” do PT não passa de uma palavra de ordem
oca, demagógica, voltada apenas para cabalar voto e simpatia dos seus
eleitores, não está fincada na luta concreta para romper com a legalidade
burguesa. A estratégia adotada pela cúpula do PT consiste em chamar a
solidariedade da burguesia nacional contra a caçada humana a Lula promovida
pela Lava Jato, acontece que a classe dominante compreende que o ciclo
histórico do “neodesenvolvimento” lulista está encerrado. Somente a mobilização
permanente, com os métodos revolucionários da ação direta do proletariado, será
capaz de libertar Lula e todos os presos políticos das masmorras do Estado
capitalista, sem nutrir qualquer expectativa nas negociatas com as “cortes” da
justiça burguesa. Colocar o movimento operário em luta contra a Reforma da
Previdência fortalece o combate pela liberdade de Lula, mas desgraçadamente o
PT segue negociando sua liberdade em troca da “inação” do movimento operário
diante da ofensiva neoliberal, sabotando junto com a CUT o chamado a Greve
Geral. Contra essa orientação traidora façamos dos atos de 1º de Maio um ponto
de apoio para a luta direta contra as reformas exigidas pelo “mercado”,
radicalizando as mobilizações pela derrubada do governo Bolsonaro e pela
liberdade imediata de Lula!
O QUE REALMENTE ESTÁ POR TRÁS DOS “IMPROPÉRIOS” DE OLAVO DE CARVALHO, ENDOSSADOS POR CARLUXO, CONTRA O GENERAL MOURÃO?
O “filósofo de puteiro” e astrólogo de psicopatas na vida
real, Olavo de Carvalho, resolveu baixar todos os níveis possíveis no ataque
desferido Hamilton contra o vice presidente, General Mourão. Todos sabem que
Olavo é o mentor original do “projeto idiotia nacional”, ainda quando poucos
acreditavam na possibilidade de um “baixo clero” desqualificado vir a ocupar o
Palácio do Planalto. Nas recentes palavras do próprio fascista Bolsonaro sobre
o papel ocupado por seu guru: “Olavo de Carvalho teve um papel considerável na
exposição das ideias conservadoras que se contrapuseram à mensagem anacrônica
cultuada pela esquerda e que tanto mal fez ao país”. De uma mera figura
“exótica” no contexto nacional após o golpe institucional, Olavo assumiu a
função política de vocalizar toda a fração mais retrógrada e entreguista do
governo Bolsonaro, o que inclui a própria família do ex-capitão fascista. Nesta
conjuntura de “guerra aberta” entre as próprias frações reacionárias do novo
regime bonapartista, o setor militar vem sendo alvo de grosseiro enxovalhamento
por parte do astrólogo Olavo de Carvalho. Até aí o fato seria de menor
importância se por trás dos ataques do “guru” não estivesse a “mão” do próprio
presidente Bolsonaro e sua família de tresloucados deliquentes. O setor militar
do governo, representado pelos generais Heleno e Mourão, ainda nem bem digeriu
as indicações ministeriais de Olavo, agora tem que conviver no mesmo “núcleo de
poder” com xingamentos e impropérios diários dirigidos a vice-presidência da
república. A ira dos “olavetes” contra os militares vem aumentando na medida em
que a burguesia nacional ameaça a permanência de Bolsonaro no Planalto caso não
consiga aprovar as reformas neoliberais e toda a pauta de privatizações
exigidas pelo mercado financeiro. Neste possível cenário de um precoce
“default” do fascista Bolsonaro, o imperialismo e seus súditos no Brasil
apostariam na “alternativa Mourão”, o plano B dos rentistas. O general Mourão,
uma “cavalgadura” tão direitista e pró-ianque quanto seu parceiro de chapa, vem
se “repaginando” com ares de “civilização”, fato que já atraiu a simpatia
política da esquerda reformista e de setores considerados “progressistas” das
classes dominantes. Mourão acaba de aceitar um convite para visitar uma
fundação norte-americana (Wilson Center), gerando a fúria dos ”olavetes” que
desta vez passaram dos limites obrigando o próprio Bolsonaro a uma retratação
parcial. A questão dos atritos entre as frações não é conjuntural e vai
permanecer no horizonte do governo, até porque Bolsonaro já “fidelizou” sua
adesão à Olavo de Carvalho, ideologicamente mais próximo do capitão psicopata e
fascista. Desgraçadamente a esquerda reformista da Frente Popular (PT, PSOL e
PCdoB) insiste nas alianças com a burguesia e agora até mesmo com a fração
militar do governo fascista.
segunda-feira, 22 de abril de 2019
22 DE ABRIL DE 1870, 149 ANOS DO NASCIMENTO DE LENIN: O DIRIGENTE MÁXIMO DA REVOLUÇÃO DE OUTUBRO QUE PERSONIFICOU A DITADURA DO PROLETARIADO E O PARTIDO CENTRALIZADO!
Em 22 de abril de 1870, há 149 anos atrás, nascia Vladimir
Lenin, o dirigente marxista que lançou as bases do Partido Revolucionário
centralizado como um exército do proletariado para demolir violentamente as
instituições do estado capitalista e responsável pela vitória da Revolução de
Outubro . Lênin lançou as bases da política revolucionária da época atual, a
fase do capitalismo imperialista. A sua vida representou a fusão da teoria e da
prática revolucionária marxista. "Quando a tarefa dos socialistas consiste
em ser os dirigentes ideológicos do proletariado na sua luta real contra os
inimigos reais, erguidos na via real de um desenvolvimento social e econômico
dado, o trabalho teórico e o trabalho prático são apenas um, segundo a fórmula
tão exata de Liebknecht, veterano da social-democracia alemã: Estudar,
Propagar, Organizar". A vida e a obra de Lênin transformaram o século XX,
educando o proletariado para sua grande missão histórica: a Revolução
Socialista Mundial! Ele era um dos filhos de uma família de classe média que
morava em Simbirsk, na Rússia. Seu pai, Ilya Nikolaievitch Ulianov, exercia o
cargo de inspetor e, mais tarde, diretor das escolas públicas. Sua mãe, Maria
Alexandrovna Blank, era filha de um médico da província de Kazan. Dos seis
irmãos que tinha, foi Alexandre Ulianov quem mais influenciou a trajetória
política de Vladimir. Aos vinte anos, Alexandre começara a estudar as obras de
Marx, chegando a traduzir para o russo a Introdução à Crítica da Filosofia do
Direito de Hegel. Em 1887, aos 21 anos, Alexandre foi preso e condenado à morte
por enforcamento após o fracasso de um atentado terrorista contra o czar
Alexandre III. O irmão de Lênin pertencia à Narodnaia Volia (Vontade do Povo),
organização secreta populista, que congregava elementos da intelligentsia russa
e que, sob o regime de opressão, encarava o terror como a única forma de ação
imediata contra a autocracia czarista. Essa organização já havia sido quase que
completamente esmagada pelo governo após o assassinato do czar Alexandre II (1
de março de 1881). A morte do irmão levaria o jovem Lênin a desenvolver uma
reflexão crítica sobre o terrorismo como método impotente de luta contra a
opressão política e buscar na organização e mobilização das massas exploradas o
caminho para a derrubada do regime czarista.
domingo, 21 de abril de 2019
DERROTADO NA SÍRIA: “ESTADO ISLÂMICO” LEVA O TERROR PARA SRI
LANKA, ANTIGO CEILÃO
Uma série de explosões em hotéis de luxo para turistas e
igrejas católicas durante a celebração da Páscoa no Sri Lanka deixou
hoje (21/04) pelo menos 207 mortos e 450 feridos, na maior onda de violência já
registrada no país desde o o encerramento da guerra civil que durou 30 anos,
sendo finalizada em 2009. Os atentados terroristas foram registrados na
capital, Colombo, e nas regiões de Katana e Batticaloa, contabilizando oito
explosões. Três igrejas da minoria católica foram alvos dos ataques, que
aconteceram durante as missas de Páscoa. Os hotéis cinco-estrelas Shangri-La,
Kingsbury, Cinnamon Grand e um quarto hotel, todos em Colombo, também foram
atingidos,houve ainda uma explosão num complexo de casas. Autoridades
governamentais no Sri Lanka dizem que os ataques foram planejados e
coordenados, apesar de não terem sido ainda reivindicados por nenhuma
organização política ou militar. Porém é
de conhecimento no país que destacamentos de brigadas do “Estado Islâmico” se deslocaram
massivamente para o Sri Lanka vindo do Oriente Médio, mais precisamente fugindo
da estrondosa derrota que sofreram na Síria. Cerca de 10% da população do Sri
Lanka, antigo Ceilão, é de origem muçulmana. As ações guerrilheiras e atos
terroristas contra as tropas cingalesas (a maioria da população é etnicamente
cingalesa) tem uma longa história no Sri Lanka, duraram três décadas, até que,
derrotados militarmente, os rebeldes da minoria étnica tâmil negociaram um
cessar-fogo com o governo central, encerrando a guerra civil. Mas pelas primeiras
análises da conjuntura nacional recente, tudo aponta que a guerrilha maoísta
não tenha tido nenhuma participação nestes bárbaros ataques. Os Marxistas
Revolucionários não compartilham o método do terrorismo individual, comumente
“confundido” propositalmente pela mídia corporativa com justas ações
guerrilheiras. Neste caso concreto o ataque não corresponde a uma iniciativa
militar ou política da minoria muçulmana, mas sim da organização reacionária e
manipulada pelo imperialismo ianque, o chamado “Estado Islâmico”. O
proletariado cingalês, tâmil e muçulmano deve lutar unido pelos mesmos
objetivos estratégicos no antigo Ceilão, um genuíno governo operário e camponês
em direção ao socialismo!
sábado, 20 de abril de 2019
FASCISTAS DA LAVA JATO EXIGEM A CABEÇA DE TOFFOLI, O BOLSONARARISTA DE “ESQUERDA” QUE AINDA É GRATO A ZÉ DIRCEU...
Na queda de braço entre as duas frações golpistas do regime bonapartista, os fascistas da “Lava Jato” levaram a melhor e agora já se preparam para nocautear definitivamente o presidente do STF, o ex-petista Dias Toffoli. A luta escancarada teve início quando Toffoli apoiado por seus “parças” Gilmar Mendes e Alexandre Moraes, resolveu abrir um processo de defesa “intra corporis” do STF contra os supostos detratores da instituição. A tresloucada iniciativa jurídica de Toffoli e seu bando correspondia a uma enérgica resposta lançada contra a ala bolsonarista do regime que avançava a passos largos em investigações contra os escusos “negócios” dos “impolutos” Ministros do STF. Logo na sequência o bando de Toffoli parece ter dado um “passo maior que suas pernas”, ordenaram a censura contra a revista “Crusoé” e o site “O Antagonista”, ambos expressão do reacionário lixo midiático que contaminou o país após o golpe institucional. Toffoli e Moraes calibraram mal sua ação, pensaram que atacar a direita asquerosa seria tão fácil quanto “processar, censurar e prender” a esquerda burguesa da Frente Popular. O “ledo engano” dos Bolsonaristas de “esquerda” custou caro e já ameaça a sobrevivência política deste bando do STF. O Ministro Alexandre de Moraes foi obrigado a recuar na quinta-feira (18/04), da proibição do site “O Antagonista” e da revista “Crusoé” de divulgarem a matéria “O amigo do amigo de meu pai”. O referido artigo jornalístico da direita revelava que em documento entregue à força-tarefa da famigerada “Operação Lava Jato”, Marcelo Odebrecht “delatou” que a expressão “amigo do amigo de meu pai”, que constava em um e-mail seu de 2007, designava o presidente do STF, Dias Toffoli. O envergonhado recuo de Moraes na proibição do “esgoto antagônico” foi no mesmo dia em que Toffoli se desculpava: “não se trata de censura, mas de defesa do STF”. Porém para os fascistas da Lava Jato, apoiados amplamente pela famiglia Marinho e seu “mantra da liberdade de expressão”, não se trata de suspender o fogo contra Toffoli somente por esta primeira vitória. Agora fortalecidos como “paladinos da imprensa livre” os fascistas exigem a cabeça de Toffoli, o ex-petista que ainda manifesta gratidão em relação a seu antigo “padrinho”, José Dirceu que está solto (ao contrário de Lula) apesar de já condenado em segunda instância. Nada adianta para os procuradores bandidos da “Lava Jato” o fato de Toffoli ter dado seu aval ao golpe institucional e a própria prisão política de Lula que resultou na eleição de Bolsonaro, nada pregresso importa para estes criminosos do MPF. Gratidão política é um sentimento que não existe no seio das classes dominantes, vide o caso de Lula que em sua gerência estatal tanto beneficiou as transações da burguesia nacional , para depois ser abandonado e trancafiado em uma cela prisional acusado de ter se apropriado de umas “migalhas”...Dificilmente Toffoli sobrevirá ao bombardeio da extrema direita que está submetido, provavelmente renunciará ao seu cargo para se manter “vivo”, quanto aos seus “parças”, Gilmar e Moraes, como são tucanos de “plumagem nobre” deverão ser preservados, porém “neutralizados”. Obviamente não cabe aos Marxistas Revolucionários nenhuma defesa do bando “toffolista” e tampouco da corrupta instituição STF, um “supremo” instrumento do neoliberalismo contra as conquistas operárias. Chega a ser cômico, se não fosse trágico, a apologia que a esquerda reformista faz do STF e de seus nefastos Ministros, como afirmou o PCdoB: “Gilmar Mendes, o mais corajoso no enfrentamento ao arbítrio” (site Vermelho 20/04), ou mesmo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann: “Produção de fake news e vazamentos contra STF tem de ser investigados”. A alternativa política que o proletariado deve apresentar diante da crise institucional deve ser a demolição da república do capital e todas suas instituições corrompidas! É hora de construir o poder revolucionário dos trabalhadores!
Na queda de braço entre as duas frações golpistas do regime bonapartista, os fascistas da “Lava Jato” levaram a melhor e agora já se preparam para nocautear definitivamente o presidente do STF, o ex-petista Dias Toffoli. A luta escancarada teve início quando Toffoli apoiado por seus “parças” Gilmar Mendes e Alexandre Moraes, resolveu abrir um processo de defesa “intra corporis” do STF contra os supostos detratores da instituição. A tresloucada iniciativa jurídica de Toffoli e seu bando correspondia a uma enérgica resposta lançada contra a ala bolsonarista do regime que avançava a passos largos em investigações contra os escusos “negócios” dos “impolutos” Ministros do STF. Logo na sequência o bando de Toffoli parece ter dado um “passo maior que suas pernas”, ordenaram a censura contra a revista “Crusoé” e o site “O Antagonista”, ambos expressão do reacionário lixo midiático que contaminou o país após o golpe institucional. Toffoli e Moraes calibraram mal sua ação, pensaram que atacar a direita asquerosa seria tão fácil quanto “processar, censurar e prender” a esquerda burguesa da Frente Popular. O “ledo engano” dos Bolsonaristas de “esquerda” custou caro e já ameaça a sobrevivência política deste bando do STF. O Ministro Alexandre de Moraes foi obrigado a recuar na quinta-feira (18/04), da proibição do site “O Antagonista” e da revista “Crusoé” de divulgarem a matéria “O amigo do amigo de meu pai”. O referido artigo jornalístico da direita revelava que em documento entregue à força-tarefa da famigerada “Operação Lava Jato”, Marcelo Odebrecht “delatou” que a expressão “amigo do amigo de meu pai”, que constava em um e-mail seu de 2007, designava o presidente do STF, Dias Toffoli. O envergonhado recuo de Moraes na proibição do “esgoto antagônico” foi no mesmo dia em que Toffoli se desculpava: “não se trata de censura, mas de defesa do STF”. Porém para os fascistas da Lava Jato, apoiados amplamente pela famiglia Marinho e seu “mantra da liberdade de expressão”, não se trata de suspender o fogo contra Toffoli somente por esta primeira vitória. Agora fortalecidos como “paladinos da imprensa livre” os fascistas exigem a cabeça de Toffoli, o ex-petista que ainda manifesta gratidão em relação a seu antigo “padrinho”, José Dirceu que está solto (ao contrário de Lula) apesar de já condenado em segunda instância. Nada adianta para os procuradores bandidos da “Lava Jato” o fato de Toffoli ter dado seu aval ao golpe institucional e a própria prisão política de Lula que resultou na eleição de Bolsonaro, nada pregresso importa para estes criminosos do MPF. Gratidão política é um sentimento que não existe no seio das classes dominantes, vide o caso de Lula que em sua gerência estatal tanto beneficiou as transações da burguesia nacional , para depois ser abandonado e trancafiado em uma cela prisional acusado de ter se apropriado de umas “migalhas”...Dificilmente Toffoli sobrevirá ao bombardeio da extrema direita que está submetido, provavelmente renunciará ao seu cargo para se manter “vivo”, quanto aos seus “parças”, Gilmar e Moraes, como são tucanos de “plumagem nobre” deverão ser preservados, porém “neutralizados”. Obviamente não cabe aos Marxistas Revolucionários nenhuma defesa do bando “toffolista” e tampouco da corrupta instituição STF, um “supremo” instrumento do neoliberalismo contra as conquistas operárias. Chega a ser cômico, se não fosse trágico, a apologia que a esquerda reformista faz do STF e de seus nefastos Ministros, como afirmou o PCdoB: “Gilmar Mendes, o mais corajoso no enfrentamento ao arbítrio” (site Vermelho 20/04), ou mesmo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann: “Produção de fake news e vazamentos contra STF tem de ser investigados”. A alternativa política que o proletariado deve apresentar diante da crise institucional deve ser a demolição da república do capital e todas suas instituições corrompidas! É hora de construir o poder revolucionário dos trabalhadores!
quinta-feira, 18 de abril de 2019
“UMA NOVA PRIMAVERA ÁRABE NO NORTE DA ÁFRICA?”: PTS/MRT EM UM “DILEMA”... SER OU NÃO SER “PAPAGAIO” DO MORENISMO NA ARGÉLIA E SUDÃO?
Como em um filme reprisado de Hollywood, a cena repete-se mais uma vez. O
cenário agora é a Argélia e o Sudão... A mídia internacional “noticia” que
mobilizações populares espontâneas colocam em xeque “ditaduras sanguinárias”
desgastadas nos dois países africanos, não por acaso fronteiriços com a Líbia,
também com grandes reservas de petróleo e gás natural. Alguma semelhança com a
“revolução na Líbia” que derrubou o “regime assassino de Kadaffi”? De pronto
todo o arco pseudotrotskista seguiu como papagaio a versão das grandes
corporações de comunicação do imperialismo (Fox, CNN). A LIT logo cravou a manchete “Uma nova
primavera na África?” (site LIT, 17.04). No artigo lemos o lixo que “Alguns
analistas, jornalistas e historiadores começam a falar em uma 'nova era africana' que se inicia com revoluções democráticas e ditadores que não vão resistir por
muito tempo. O que poderíamos chamar de ‘Primavera Africana’, ou ‘Primavera
árabe 2.0’. Segue o caminho dos protestos que tomaram há mais de um ano a
Tunísia, Marrocos e Jordânia, mas, em uma conjuntura que pode ser muito mais
explosiva para a região, ao se combinar com a instabilidade gerada pelos
conflitos militares na Líbia, Síria e Iêmen”. Seus irmãos siamenses do PTS argentino seguiram na mesma “tonada” em termos quase indêticos: “Uma nova Primavera Árabe
no norte da África?” (ED, 11/04). Esta foi a manchete do “Esquerda Diário”,
porta voz de sua sucursal brasileira, o MRT. Nesse portal lemos
que “Nas principais cidades da Argélia e do Sudão, manifestações massivas
protestando contra seus respectivos governos foram reprimidas com intensa brutalidade...
Esses processos de luta democrática possuem muitas semelhanças entre si e
inevitavelmente leva à expectativa do ressurgimento da ‘Primavera Árabe’ contra
velhas ditaduras nacionalistas, inspirando o conjunto dos trabalhadores e das
minorias oprimidas da região, especialmente no continente africano, colocando
novamente em discussão mundial a implicação da luta de classes no cenário
político, econômico e social”. Bingo!!! Façamos no Sudão e na Argélia o que aplaudimos na Líbia, apoiemos “o ressurgimento da ‘Primavera Árabe’ contra velhas
ditaduras nacionalistas” clamam esses revisionistas. É preciso desenhar? Os
filisteus do PTS/MTR copiam mais uma vez a política tradicional do Morenismo de
apoiar manifestações orquestradas pelo imperialismo e as forças burguesas
direitistas locais para derrubar regimes nacionalistas em crise. Como podemos
ver, a família Morenista em seu conjunto, desde os membros oficiais (LIT, UIT)
até os “bastardos” (PTS) seguem firmes na linha de frente única com as forças
da reação burguesa contra os governos nacionalistas moribundos que são alvo da
Casa Branca. Alguma coincidência com as provocações de "massa" da direita na Venezuela, Nicarágua ou mesmo com o golpismo apoiador da Lava Jato e suas manifestações "verde-amarelo" no Brasil? Trump, aprofundando a linha de Obama, deseja aniquilar o regime como
de Bashar Al Assad na Síria como fez Obama e a OTAN com Kadaffi na Líbia. Nesse marco, planeja
varrer do mapa a FLN,
partido nacionalista que já governa quatro mandatos seguidos (desde 1999) na Argélia. O mais
trágico é que o próprio PTS/MRT descreve os passos da “revolução made in CIA”
na Argélia. Vejamos como nossos próprios olhos: “O ditador, pressionado pela
contestação popular, desistiu de disputar as eleições, entretanto, se mantinha
ainda no cargo presidencial. A população reagiu e voltou às ruas, e dessa vez
exigindo a saída definitiva de Bouteflika do poder. As Forças Armadas, um dos
pilares centrais do regime, e até ontem fiel aliada de Bouteflika, hoje declara
seu apoio à população, reiterando que o ditador se encontra inapto para dirigir
o país, no intuito de tentar salvar a própria imagem da instituição e garantir
assim uma posição privilegiada na transição de regime”. (Esquerda
Diário,11.04). Os generais controlam a transição planejada pela Casa Branca,
como fizeram no Egito ao derrubar o presidente eleito Morsi da Irmandade Muçulmana para impor uma
verdadeira ditatura militar assassina pró-imperialista, processo que foi apresentado
pela LIT e seus satélites como uma “revolução democrática”! No Sudão, o mesmo
script da farsesca “Primavera Árabe”. Segundo
a LIT “Depois de quatro meses de protestos contra o governo, o exército do
Sudão se viu obrigado a depor e prender o ditador Omar al Bashir, no poder há
30 anos”. Aqui também o alto-comando das FFAA assume as rédeas da “revolução”!
Os genuínos Trotskistas denunciam mais uma vez a fraude em curso: o que estamos
vendo é uma transição ordenada pelo imperialismo para impor regimes políticos
alinhados com seus ditames, retirando de cena governos nacionalistas senis que
de alguma forma não seguem fielmente os ritmos e os planos da Casa Branca. Os
Marxistas Revolucionários não fazem frente única com a reação burguesa para
derrubar governos nacionalistas decrépitos, lutam para que as massas superem as
velhas direções burguesas pela via da Revolução Proletária e não da
contrarrevolução, que não tem nada de democrática ou progressista! Seguimos os
ensinamentos de nosso mestre Leon Trotsky e as lições do Programa de Transição! A
Líbia mergulhada na barbárie social, em uma guerra civil fraticida com a volta
da escravidão em algumas regiões deveria ter deixado alguma lição para esses
canalhas que enlameiam o nome do Trotskismo, maculando a bandeira da IV
Internacional para as novas gerações de lutadores. Na Argélia e no Sudão, assim
como foi na Líbia de Kadaffi e segue na Síria de Assad, defendemos a luta
contra os agentes do imperialismo que manipulam os “protestos populares”,
combatemos para que os trabalhadores organizem seus próprios organismos de
poder e suas milícias armadas para derrotar os aliados de Trump dentro destes
países, tendo como programa a expropriação da burguesia e das empresas
estrangeiras. O Pentágono sabe mais que ninguém que a Argélia tem as quintas maiores reservas
de gás natural do mundo e é o segundo maior exportador de gás. É ainda o 14º
país com maiores reservas de petróleo. O Sudão segue o mesmo panorama propício à rapina das metrópoles capitalistas. Contra esse retrocesso, no curso
do combate vivo da luta de classes, fazemos unidade de ação pontual com as forças populares do regime que
resistem as investidas neocolonizadoras, mantendo nossa total independência
política para na trincheira de luta sentar as bases programáticas e ideológicas
pela construção do verdadeiro partido operário revolucionário que liberte esses
países do jugo do imperialismo e do sistema capitalista nativo!
quarta-feira, 17 de abril de 2019
LAVA JATO PERUANA MATA DIRIGENTE HISTÓRICO DO APRA: O “SUICÍDIO” DO EX-PRESIDENTE ALAN GARCÍA REVELA OS PLANOS DOS EUA PARA AS LIDERANÇAS DA ESQUERDA LATINO-AMERICANA
O ex-presidente peruano Alan García, dirigente histórico do PARA
(Aliança Popular Revolucionária Americana) e atualmente presidente honorário da
Internacional Socialista, morreu em um hospital em Lima após tentar suicídio
com um tiro na manhã desta quarta-feira (17/04). García tentou suicídio na sua
casa, na cidade de Lima, após a chegada de uma reacionária operação policial
montada à semelhança da Lava Jato brasileira. O objetivo do “espetáculo”
policial, urdido nos bastidores da embaixada norte-americana na capital
peruana, era prendê-lo por uma acusação de corrupção ligada à empreiteira
brasileira Odebrecht. A construtora brasileira é investigada no Peru por ter
pago “comissões” a gestores estatais para ganhar contratos de obras de
infraestrutura. Os supostos casos de suborno da Odebrecht no país, investigados
por promotores declaradamente fascistas, já levaram à prisão o ex-presidente
neoliberal Pedro Pablo Kuczynski e a líder da oposição de direita Keiko
Fujimori. As operações jurídicas e policiais contra as principais lideranças da
esquerda burguesa latino-americana, foram todas planejadas pelo Departamento de
Estado dos EUA, ainda no governo do Democrata Barack Obama, já tendo conseguido
seus obscuros “objetivos” (totais ou parciais) em países como Brasil,
Argentina, Perú, Equador, etc... Agora a Casa Branca, sob o comando do
tresloucado Trump, “dobra a aposta” iniciada por Obama e já “colhe” seu
primeiro defunto presidencial: Alan García, outros estão a caminho...se o
movimento de massas não romper imediatamente a farsa jurídica e midiática do
“combate à corrupção”, levada a cabo pelos piores bandidos da humanidade!
HÁ CINCO ANOS NOS DEIXAVA GABRIEL GARCIA MARQUEZ, O GABO: A VOZ LITERÁRIA DA AMERICA LATINA “REBELDE”, UM DEFENSOR GENIAL DA LIBERTAÇÃO DE NOSSO POVO OPRIMIDO DO JUGO IMPERIALISTA!
No dia 17 de abril de 2014, há exatos 5 anos, morria o
escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, o Gabo como era chamado pelos
amigos. Sua partida comoveu não só o mundo literário, mas também o conjunto da
intelectualidade política mundial. Gabo teve “gravado” na infância as histórias
contadas pelo seu avô, o coronel Nicolás Marquez, que participou da guerra
civil colombiana. Esta “influência” talvez tenha determinado os primeiros
passos literários de Gabo, que notadamente admirava o autor tcheco Franz Kafka,
em especial sua obra “A Metamorfose”. Nesta simbiose, dos contos mágicos de seu
avô e no estudo do melhor acervo literário mundial, surge o escritor genial
Gabo, que lançando o livro “Cem anos de solidão”, em 1967, crava seu nome no
panteão dos mestres ao criar um novo estilo literário, o chamado “Realismo
Mágico”. Mais do que uma “nova escola”, o Realismo Mágico representou na arte
de escrever a simbologia da formação de uma nação, muito mais do que a história
de só um país, o retrato mítico da América Latina, com todas suas agruras reais
e sua magia peculiar fruto do “cruzamento” de várias civilizações. Além de
grande escritor, Gabo era um prodigioso jornalista. Foi correspondente
internacional duas vezes: a primeira em 1958, na Europa, e a segunda em 1961,
em Nova York, onde foi perseguido pela CIA por suas críticas a exilados cubanos
(gusanos) e suas ligações com Fidel Castro. Na época ele trabalhava em nome da
agência de notícias cubana Prensa Latina e como sua situação ficou
insustentável nos EUA se mudou para o México, onde passou boa parte da vida.
Neste interregno escreveu: Cem Anos de Solidão, O Amor nos Tempos do Cólera,
Crônica de uma morte anunciada e tantos outros livros que se tornaram
referência em todo mundo. Publicado em 1967, Cem Anos de Solidão é considerado
o mais importante da carreira de García Márquez e também a segunda obra mais
relevante de toda a literatura hispânica, ficando atrás apenas de Dom Quixote
de la Mancha, de Miguel de Cervantes. Em 1982, García Márquez foi escolhido o
vencedor do Nobel de Literatura. Foi o segundo latino-americano a receber o
prêmio, tendo sido o chileno Pablo Neruda o primeiro. Em 1971, em meio ao
governo de Allende (1970-1973), respondendo a uma pergunta de um jornalista
nova-iorquino, declarou García Márquez: “Eu tenho a esperança de que toda a
América Latina seja socialista, mas agora as pessoas estão muito iludidas com
um socialismo pacífico, dentro da constituição. Tudo isso me parece muito
bonito eleitoralmente, mas creio que é totalmente utópico. O Chile está
condenado a um processo violento muito dramático. Mesmo que a Frente Popular vá
avançando – com inteligência e muito tato, a passos bastante rápidos e firmes –
chegará um momento em que encontrará um muro que lhe opõe seriamente”. Nesta
altura Gabo já prognosticava o desenlace trágico, para a classe operária, da
experiência política chilena da Frente Popular.
terça-feira, 16 de abril de 2019
ESQUENTA A LUTA ENTRE AS DUAS FRAÇÕES GOLPISTAS: RAQUEL E OS
FASCISTAS DA LAVA JATO QUEREM INTERDITAR A MÁFIA TOGADA DO STF
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, requereu ao
Supremo Tribunal Federal o arquivamento do inquérito sigiloso aberto pelo
presidente Dias Toffoli para apurar ataques e disseminação de ofensas e
notícias falsas contra a Suprema Corte e seus Ministros. Anteriormente os
Procuradores federais da fascista “Operação Lava Jato” também criticaram a
cúpula do judiciário por rejeitar qualquer participação do MPF nas
investigações de fatos relacionados a “ataques morais” aos togados do STF. O
clima esquentou ainda mais no início desta semana quando o Ministro Alexandre
Moraes mandou censurar a reacionária revista “Crusoé” e também o site
direitista “O Antagonista” por supostamente veicular acusações de corrupção
contra o presidente Dias Toffoli, em um suposto envolvimento com empreiteiras.
O Ministro do STF Marco Aurélio Mello, resolveu entrar no confronto entre as
duas alas do golpismo, classificando como censura a decisão do colega Alexandre
de Moraes que determinou à apreensão da revista digital "Crusoé". A
maioria do STF parece seguir a orientação de Toffoli, até mesmo por uma questão
de autodefesa, e já comunicou oficialmente que a PGR não tem poder algum para
impedir as determinações da Suprema Corte. Aberta a guerra intestina no
interior do regime bonapartista, a camarilha militar observa de camarote os
desdobramentos da dissidência golpista, enquanto o triunvirato neoliberal do
governo Bolsonaro joga abertamente em favor da “Lava Jato”. É evidente que os
fascistas que se perfilam na tropa do justiceiro Moro não admitem que a “última
palavra” do novo regime político seja dada pelos togados do STF. Nós Marxistas
não ingressaremos na defesa de nenhum dos dois blocos reacionários das classes
dominantes, desgraçadamente a esquerda reformista tem se divido ora apoiando a
máfia togada do STF (PCdoB), ou dando suporte político aos bandidos da Lava
Jato (PSTU). As justificativas de apologia da honra do judiciário e das
instituições (STF), ou da defesa abstrata da liberdade das grandes corporações
de imprensa (Lava Jato), são absolutamente nulas quando se trata dos interesses
estratégicos da classe operária, que passa ao largo desta falsa dicotomia da
burguesia. O proletariado e suas organizações de combate devem traçar uma linha
bem nítida de independência de classe em relação a todas as alas deste regime
de exceção bonapartista, instaurado no país após o golpe institucional de 2016. Os Marxistas Revolucionários são totalmente contrários a
censura no âmbito de um regime político burguês e de sua justiça de classe em particular a qualquer pessoa, jornal, blog ou revista por expressar suas opiniões, pensamentos ou em função da divulgação de reportagem investigativa. Portanto não defendemos
que o reacionário site Antagonista e a direitista Revista Crusoé sejam
censurados pela máfia togada do STF porque essa perseguição arbitrária que se
volta hoje pontualmente contra esses órgãos da imprensa burguesa que conformam o PIG tem como alvo
principal a esquerda revolucionária, a imprensa operária e os lutadores
sociais. Ao mesmo tempo denunciamos o covil reacionário da PGR e os fascistas da Lava Jato como agentes da reação burguesa que atacam as liberdades democráticas dos explorados. A vanguarda dos trabalhadores construirá no curso de sua luta concreta seus
próprios organismos de defesa e publicidade, sem que necessitem de qualquer
“autorização” institucional da decadente elite dominante para existir e cumprir
seu papel histórico: o socialismo!
segunda-feira, 15 de abril de 2019
ONTEM O MUSEU NACIONAL NO RIO, HOJE A CATEDRAL DE “NOTRE DAME” EM PARIS: CAPITALISMO EM DECADÊNCIA É INCAPAZ DE PRESERVAR OS PATRIMÔNIOS HISTÓRICOS DA HUMANIDADE
Um incêndio de grande proporção, nesta segunda-feira (15/4),
consome quase que totalmente a catedral de “Notre-Dame” de Paris, na França. A
construção do templo de Notre-Dame pela alta cúpula católica foi dedicado à
figura mítica da Virgem Maria (o termo francês “Notre-Dame” quer dizer Nossa
Senhora em português) e levou 180 anos, de 1163 quando começou a ser erguida no
local onde ficava uma igreja romana, a 1345. Antes, o terreno havia sediado um
templo druida, altar celta e antigos ritos cristãos. Localizada na Île de la
Cité (uma pequena ilha no centro de Paris, rodeada pelas águas do rio Sena), a
histórica catedral foi restaurada diversas vezes em seus mais de oito séculos
de existência. Dentro da igreja, há um acervo de importância artística
inestimável para a humanidade, há também pinturas e gravuras que relatam a
história da catedral e da própria cidade de Paris. O fogo foi relatado primeiro
por religiosos em redes sociais, não está claro ainda o que o causou, mas pode
estar relacionado a uma obra de restauração que vinha sendo feita no telhado do
templo.A emissora “France 2” afirmou que a polícia está tratando o caso como um
acidente. Como se pode constatar, a completa negligência com os patrimônios
históricos da humanidade não é monopólio apenas de países capitalistas
periféricos, como o Brasil que recentemente assistiu a destruição (também por
incêndio) do importante Museu Nacional na cidade do Rio de Janeiro. Também
nações imperialistas como a França estão “oferecendo” sua porção de descaso (para não dizer irresponsabilidade) com o acervo da cultura civilizatória dos povos,
reflexo direto do estancamento das forças produtivas do capital, hoje
inteiramente consumido pelo rentismo dos mercados financeiros.
CASO DANILO GENTILI: PCO ADVOGA A DEFESA DO CANALHA
REACIONÁRIO EM NOME DO “DIREITO A LIVRE EXPRESSÃO”... OS TROTSKISTAS RECHAÇAM O
CRIME DE “DELITO DE OPINIÃO” MAS NÃO EVOCAM A “LIBERDADE” PARA O VERME
FASCISTA!
Uma polêmica abriu-se nos últimos dias no interior da
esquerda e na “blogosfera progressista” acerca da condenação do reacionário, direitista, racista e homofóbico Danilo Gentili a seis meses e 28 dias de
prisão em regime semiaberto por injúria à deputada federal Maria do Rosário
(PT-RS). Enquanto vários ativistas e agrupamentos políticos defenderam nas
redes sociais e blogs a sua prisão, o PCO saiu em defesa do canalha Gentili. Rui
Pimenta logo declarou: “Condenação de Danilo Gentili: um atentado à liberdade
de expressão”. Ambos os lados estão equivocados porque balizam suas posições
tendo como referência as instituições do regime político burguês, entrando no
debate acerca da “legalidade” ou não da decisão judicial. Os Marxistas
Revolucionários rechaçam o crime de “delito de opinião” no marco do Estado
burguês, ou seja, somos totalmente contrários a censura a qualquer pessoa por
expressar suas opiniões ou pensamento no âmbito de um regime político burguês. Portanto
não defendemos que Gentili seja censurado pela Justiça porque essa perseguição arbitrária
que se volta hoje pontualmente contra ele tem como alvo principal a esquerda
revolucionária e os lutadores sociais. É importante ressaltar que na sentença
judicial que o condenou a prisão, Gentili foi não foi censurado ou “silenciado”,
tanto que o canalha continua falando suas diatribes reacionárias livremente nas
redes sociais e na TV. Ao mesmo tempo,
de forma alguma, defendemos esse reacionário racista frente a decisão da justiça
burguesa, como fez vergonhosamente Causa Operária. Os Marxistas não defenderão
Gentili diante da Justiça burguesa e, tampouco, o Bonapartismo Judiciário,
alertamos que as manobras de espetáculos jurídico-policiais são uma
expressão do regime bonapartista de exceção que vigora no país, após o golpe
parlamentar que derrubou o governo do PT. É mais que correto denunciar o
judiciário como um órgão da classe dominante voltado a cassar as liberdades
democráticas dos trabalhadores (que não é o caso do playboy Gentili), porém em
alto e bom som é fundamental também deixar claro que os revolucionários não
advogam a liberdade desse verme diante da decisão judicial. A vanguarda
combativa do proletariado não pode depositar nenhuma ilusão na justiça burguesa
que traficam sentenças seguindo as ordens da Casa Branca em Washington,
tampouco podem defender uma reacionário racista como Gentili. Na contramão
dessa posição principista o PCO saiu em defesa do verme Gentili e para isso
usou como pretexto a necessidade de se respeitar a “liberdade de expressão” em
geral, como se os Trotskistas defendessem o direito de expressão do fascismo.
Em nome da “livre expressão” esses revisionistas do trotskismo defendem que o
facistoide possa vociferar um claro discurso racista e de extrema-direita,
defendem o “direito” de Gentili atacar os negros, homossexuais, comunistas e
mulheres em nome da democracia!!! Esta conduta escandalosa deve ser amplamente
repudiada pela esquerda classista e revolucionária como um ataque ao conjunto
do movimento operário e as liberdades democráticas do povo trabalhador, na
medida que o fortalecimento do fascismo e de sua liberdade de fala e atuação
favorece a ofensiva burguesa na luta de classes! No caso específico de Causa Operária tamanho esmero em
defender esse fascista preconceituoso também se deve a identidade programática
do PCO com as “teses” homofóbicas contra a diversidade sexual e não apenas pela
“liberdade partidária” no geral, como já denunciamos antes no caso da fala de
Levy Fidelix contra os homossexuais no debate da TV Record em 2014 assim quando
Rui Pimenta advogou a “liberdade” para Bolsonaro atacar negros, homossexuais e
mulheres em abril de 2017 em um evento sionista no Rio de Janeiro. Os Marxistas
Revolucionários nunca defendem a “democracia” para a burguesia e seus setores
mais reacionários poderem livremente organizar ofensivas reacionárias contra o
povo trabalhador e as chamadas “minorias”. Os genuínos Trotskistas não defendem
a “livre expressão” do fascismo! Ao contrário, intervém nos protestos e
manifestações contra a homofobia e o rascismo para apresentar uma plataforma
revolucionária que una a luta pelas liberdades democráticas do povo trabalhador
no sistema capitalista ao combate para derrotar a burguesia e seu regime senil
de conjunto, demonstrando que as posições reacionárias e preconceituosas dos
partidos burgueses são as expressões mais cruentas de seu desejo de “eliminar”
os trabalhadores por meio da fome, miséria, do desemprego e da exploração
capitalista! Para os Marxistas Revolucionários é necessário ir muito além do
rechaço democrático ao “humorista” que hoje é um dos símbolos políticos de todo
o campo da direita em nosso país. Danilo Gentili representa um segmento fascista
“bem vivo” não só na mídia mas também no interior do aparelho repressivo (FFAA
e PM's) do Estado Burguês. A tradição programática da Esquerda Revolucionária
passa bem longe desta panaceia de defender Gentili, consideramos que os
fascistas devem receber outro “tratamento” por parte do movimento operário
organizado. Como nos ensinou o grande mestre Trotsky: “Com fascistas não poderá
haver relação alguma democrática, devemos enfrentá-los com metralhadoras e
porretes”. É uma verdadeira tragédia política que grupos da esquerda que tanto
verborragizam contra o “Golpe de Estado”, se mostrem tão submissos a reação
burguesa quando se trata de sarjetas grotescas como Gentili, Bolsonaro e sua
corja de fascistas. Os Leninistas nunca foram defensores da democracia como um
valor universal e, muito menos, reféns da legalidade burguesa, ainda mais quando
se trata do combate de classe contra os bandos fascistas em plena atividade.
Calemos Gentili pela força da ação organizada da classe trabalhadora sem
depositar nenhuma ilusão na justiça burguesa e em seu Estado repressor!
domingo, 14 de abril de 2019
ELEIÇÕES ISRAEL: NETANYAHU VENCE CONTRA UMA OPOSIÇÃO AINDA MAIS NAZISIONISTA. O HISTÓRICO PARTIDO TRABALHISTA É VARRIDO DO CENÁRIO POLÍTICO, AMEAÇANDO OS FARSESCOS “ACORDOS DE OSLO”
O resultado final das eleições para o parlamento israelense,
que no regime sionista determina o comando de fato do Estado Judeu, acabou por
dar a vitória ao reacionário partido Likud e por consequência a reeleição do
facínora Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu. O Likud obteve 36 cadeiras no
parlamento e a neófita coalizão eleitoral de “oposição”, batizada de “Azul e
Branco”, formada em janeiro deste ano ficou com 35 assentos em um total de
somente 120 postos no Knesset, como é chamado o parlamento israelense. Mesmo
que o Likud tivesse conquistado menos parlamentares do que a coalizão “Azul e
Branco” (que alguns veículos da mídia tem apresentado equivocadamente como um
partido), Netanyahu teria facilmente obtido sua recondução ao cargo de Primeiro
Ministro pelo fato de controlar uma coligação de partidos muito mais ampla do
que a frágil coalizão “Azul e Branco”, comandada pelo general assassino Benny
Gantz. Portanto é completamente falsa a análise da esquerda reformista de que
as eleições israelenses foram “apertadas” e que Netanyahu “ganhou por pouco”. O
presidente de Israel, Reuven Rivlin, a “rainha da Inglaterra” do gerdame
sionista, já encarregou Bibi Netanyahu de conformar seu quinto governo
consecutivo, superando desta forma o fundador do Estado Judeu, o histórico
líder trabalhista David Ben-Gurion. Se a tranquila vitória de Netanyahu não foi
surpresa alguma para nós Marxistas, refletindo diretamente o ambiente
ultradireitista do eleitorado das principais “cidadelas” de Israel , o total aniquilamento político do
Partido Trabalhista é sim um elemento novo e que precisa ser aprofundado. A
esquerda Trabalhista, filiada a Internacional Socialista, elegeu somente 6
parlamentares, o pior resultado em toda sua história, e seu tradicional aliado
de “centro-esquerda” o Meretz , a marca pífia de 4 cadeiras. O provável fim
melancólico do Partido Trabalhista de Israel, que até pouco anos atrás era o
principal fiador internacional da existência do Enclave sionista, detonará toda
uma mudança na correlação de forças da região, em particular com as
organizações palestinas, tanto a ANP como o Hamas. A esquerda trabalhista
israelense, uma reprodução regional da Social Democracia europeia, foi
organizada pelos principais quadros dirigentes do Estado Judeu, como David
Ben-Gurion, Yitzhak Rabin, Shimon Peres, Golda Meir e Ezer Weizman, entre
outras lideranças históricas. O iminente fim do “Labour Party” ameaça a manutenção dos “Acordos de
Oslo”, ou seja o atual “desenho” político do Enclave de Israel que deu origem
aos “territórios autônomos” controlados hoje pelo Hamas (Gaza) e
ANP (Cisjordânia). Celebrados pela então OLP, PT e os Democratas ianques na
figura de Bill Clinton , os “Acordos de Oslo”, são fruto do farsesco “processo
de paz” regido pelo imperialismo e consistiam em um artifício para paralisar e
amortecer o levante revolucionário que eclodiu com a primeira Intifada das
massas palestinas, em 1987 e que já durava sete anos.
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