O “encontro histórico” entre Donald Trump e Kim Jong-Un neste domingo, dia 30.06, em
que o representante do imperialismo ianque colocou suas patas na chamada “zona desmilitarizada”
e deu um passo dentro do território norte-coreano, vem sendo celebrado pela
mídia mundial capitalista como um importante passo para a “paz mundial”,
inclusive com a benção do Papa Francisco. “Eu fiquei orgulhoso de passar por
cima da linha que divide as duas Coreias”, disse Trump a Kim, depois que os
líderes retornaram ao lado sul-coreano. “É um grande dia para o mundo”. Setores
da “esquerda” socialdemocrata e mesmo partidos stalinistas também vem saudando
a iniciava da burocracia norte-coreana, alardeando que se trata de um gesto em
nome do fim das agressões militares na península coreana. Não por acaso, a
China, principal parceira da Coreia do Norte, é avalista da reunião.
O PC chinês sabe perfeitamente que esse é o caminho para converter o Estado operário deformado norte-coreano em uma país capitalista, tendo o “modelo chinês” de restauração capitalista como referência. No caso em questão, as negociações para essa conversão partem da exigência por parte da Casa Branca do fim do programa e do arsenal nuclear da Coréia do Norte que protege a nação dos agressores capitalistas (EUA, Japão e Coréia do Sul). Em resumo, o encontro que ocorreu domingo pode iniciar as bases para selar o acordo estratégico para a liquidação do regime burocrático que mesmo com todas as deformações mantém o país livre do domínio do capital e do imperialismo. Após um longo período de ameaças militares ao imperialismo, que nunca se concretizaram minimamente, a burocracia stalinista da Coréia do Norte parece que enfim cedeu a “pressão chinesa”, estando disposta a retomar o "diálogo diplomático" com o reacionário Trump, sendo auspiciada politicamente pelo novo governo reformista da Coréia do Sul. Seria o primeiro passo concreto da dinastia burocrática de Kim Jong-Un em direção a um "generoso" acordo comercial com os EUA e seu protetorado Sul Coreano, o que poderá levar a adoção de reformas econômicas que solapariam a planificação central do Estado Operário Coreano. Em ocasiões anteriores, Trump disse que apenas aceitaria dialogar com a Coreia do Norte caso Jong-Un suspendesse seu programa nuclear. O estudo desta exigência é elemento fundamental que sinaliza uma disposição da burocracia coreana em assumir as "reformas de mercado" pretendidas pelo Imperialismo, ou seja, sem o poder de barganha bélico-nuclear, não restará outra opção ao país que não seja o retorno gradual ao capitalismo. Em 2017, a Coréia do Norte disparou ao todo 23 mísseis em 16 testes, algumas dessas armas teriam a capacidade de atingir inclusive o território norte-americano. Estamos presenciando um fato político de grandes repercussões econômicas para toda Ásia (China, Japão e seus vizinhos, além é claro da própria Coréia do Sul), a abertura de um novo mercado, ainda totalmente fechado para as corporações imperialistas, poderá revigorar os "Tigres Asiáticos", cambaleantes desde a crise que os paralisou desde 1998. Nesse contexto, a China conclama a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e os Estados Unidos a melhorar suas relações e dar suas respectivas contribuições à manutenção da paz e estabilidade na península, envolto no cínico discurso em defesa da “paz”, os restauracionistas chineses traficam a rendição militar da Coreia do Norte e apresentam oficiosamente a restauração capitalista “à chinesa” como suposta alternativa aos problemas econômicos e sociais que enfrenta o Estado operário norte-coreano. Como parte desse jogo político e militar pelo controle da região, apesar de pressionar pelo acordo, está claro que não interessa a China uma reunificação coreana sobre controle dos EUA, que daria a Casa Branca influência estratégica na Península que lhe é fronteiriça. A política contrarrevolucionária da burocracia stalinista, hoje formalmente dirigida por Kim Jong-un, mas de fato controlada pelos generais do exército, está buscando uma mediação com as potências imperialistas através da China para uma transição ordenada ao capitalismo. Os Trotskistas não são por princípios programáticos contra a celebração de "acordos diplomáticos" entre Estados Operários e nações capitalistas, Lenin em vida os abonou diversas vezes, porém o que parece estar em curso embrionário na Coréia do Norte é o objetivo estratégico da burocracia em liquidar as bases sociais da economia socialista, reproduzindo o exemplo dos governantes seguidores de Mao Tsé Tung na China. Como genuínos revolucionários jamais nos somamos à sórdida e criminosa campanha da Casa Branca que sataniza o regime político da Coreia do Norte para debilitar o Estado operário; ao contrário, defendemos incondicionalmente suas conquistas sociais revolucionárias. Justamente por esta razão, nos opomos a essa “trégua nuclear” e reivindicamos o legítimo direito de defesa da Coreia do Norte, inclusive utilizando seu arsenal bélico nuclear, para responder às provocações imperialistas. Os Bolcheviques Trotskistas da LBI continuarão defendendo incondicionalmente a Coréia do Norte diante de qualquer ameaça ou agressão militar imperialista, inclusive seu pleno direito ao armamento nuclear, porém não omitiremos nossa vigorosa crítica aos rumos políticos que a burocracia stalinista pretende levar o Estado Operário, ameaçando sua própria existência e conquistas históricas do proletariado. Não devemos nutrir a menor confiança política na capacidade de “negociação” da burocracia stalinista coreana, pronta para capitular a qualquer momento em troca de sua própria sobrevivência enquanto uma casta social privilegiada. A tarefa que se impõe no momento é o chamado ao conjunto do proletariado asiático que se unifique na bandeira da derrota do imperialismo ianque e seus protetorados militares da região, em particular convocando a classe operária do Sul para cerrar fileiras na luta pela reunificação socialista do país.
O PC chinês sabe perfeitamente que esse é o caminho para converter o Estado operário deformado norte-coreano em uma país capitalista, tendo o “modelo chinês” de restauração capitalista como referência. No caso em questão, as negociações para essa conversão partem da exigência por parte da Casa Branca do fim do programa e do arsenal nuclear da Coréia do Norte que protege a nação dos agressores capitalistas (EUA, Japão e Coréia do Sul). Em resumo, o encontro que ocorreu domingo pode iniciar as bases para selar o acordo estratégico para a liquidação do regime burocrático que mesmo com todas as deformações mantém o país livre do domínio do capital e do imperialismo. Após um longo período de ameaças militares ao imperialismo, que nunca se concretizaram minimamente, a burocracia stalinista da Coréia do Norte parece que enfim cedeu a “pressão chinesa”, estando disposta a retomar o "diálogo diplomático" com o reacionário Trump, sendo auspiciada politicamente pelo novo governo reformista da Coréia do Sul. Seria o primeiro passo concreto da dinastia burocrática de Kim Jong-Un em direção a um "generoso" acordo comercial com os EUA e seu protetorado Sul Coreano, o que poderá levar a adoção de reformas econômicas que solapariam a planificação central do Estado Operário Coreano. Em ocasiões anteriores, Trump disse que apenas aceitaria dialogar com a Coreia do Norte caso Jong-Un suspendesse seu programa nuclear. O estudo desta exigência é elemento fundamental que sinaliza uma disposição da burocracia coreana em assumir as "reformas de mercado" pretendidas pelo Imperialismo, ou seja, sem o poder de barganha bélico-nuclear, não restará outra opção ao país que não seja o retorno gradual ao capitalismo. Em 2017, a Coréia do Norte disparou ao todo 23 mísseis em 16 testes, algumas dessas armas teriam a capacidade de atingir inclusive o território norte-americano. Estamos presenciando um fato político de grandes repercussões econômicas para toda Ásia (China, Japão e seus vizinhos, além é claro da própria Coréia do Sul), a abertura de um novo mercado, ainda totalmente fechado para as corporações imperialistas, poderá revigorar os "Tigres Asiáticos", cambaleantes desde a crise que os paralisou desde 1998. Nesse contexto, a China conclama a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e os Estados Unidos a melhorar suas relações e dar suas respectivas contribuições à manutenção da paz e estabilidade na península, envolto no cínico discurso em defesa da “paz”, os restauracionistas chineses traficam a rendição militar da Coreia do Norte e apresentam oficiosamente a restauração capitalista “à chinesa” como suposta alternativa aos problemas econômicos e sociais que enfrenta o Estado operário norte-coreano. Como parte desse jogo político e militar pelo controle da região, apesar de pressionar pelo acordo, está claro que não interessa a China uma reunificação coreana sobre controle dos EUA, que daria a Casa Branca influência estratégica na Península que lhe é fronteiriça. A política contrarrevolucionária da burocracia stalinista, hoje formalmente dirigida por Kim Jong-un, mas de fato controlada pelos generais do exército, está buscando uma mediação com as potências imperialistas através da China para uma transição ordenada ao capitalismo. Os Trotskistas não são por princípios programáticos contra a celebração de "acordos diplomáticos" entre Estados Operários e nações capitalistas, Lenin em vida os abonou diversas vezes, porém o que parece estar em curso embrionário na Coréia do Norte é o objetivo estratégico da burocracia em liquidar as bases sociais da economia socialista, reproduzindo o exemplo dos governantes seguidores de Mao Tsé Tung na China. Como genuínos revolucionários jamais nos somamos à sórdida e criminosa campanha da Casa Branca que sataniza o regime político da Coreia do Norte para debilitar o Estado operário; ao contrário, defendemos incondicionalmente suas conquistas sociais revolucionárias. Justamente por esta razão, nos opomos a essa “trégua nuclear” e reivindicamos o legítimo direito de defesa da Coreia do Norte, inclusive utilizando seu arsenal bélico nuclear, para responder às provocações imperialistas. Os Bolcheviques Trotskistas da LBI continuarão defendendo incondicionalmente a Coréia do Norte diante de qualquer ameaça ou agressão militar imperialista, inclusive seu pleno direito ao armamento nuclear, porém não omitiremos nossa vigorosa crítica aos rumos políticos que a burocracia stalinista pretende levar o Estado Operário, ameaçando sua própria existência e conquistas históricas do proletariado. Não devemos nutrir a menor confiança política na capacidade de “negociação” da burocracia stalinista coreana, pronta para capitular a qualquer momento em troca de sua própria sobrevivência enquanto uma casta social privilegiada. A tarefa que se impõe no momento é o chamado ao conjunto do proletariado asiático que se unifique na bandeira da derrota do imperialismo ianque e seus protetorados militares da região, em particular convocando a classe operária do Sul para cerrar fileiras na luta pela reunificação socialista do país.