quarta-feira, 10 de julho de 2019

MANIFESTO AO 57º CONGRESSO DA UNE: POR UMA GREVE NACIONAL DA EDUCAÇÃO PARA DERROTAR OS ATAQUES DO FASCISTA BOLSONARO CONTRA OS DIREITOS DOS TRABALHADORES E DA JUVENTUDE! ROMPER COM A PARALISIA IMPOSTA PELA FRENTE POPULAR (PT, PCdoB e PSOL)! EM DEFESA DA REVOLUÇÃO SOCIALISTA PARA ACABAR COM TODA FORMA DE EXPLORAÇÃO E OPRESSÃO DE CLASSE E GÊNERO!


Começa neste dia 10 o 57º Congresso da UNE. Milhares de estudantes estarão em Brasília que será palco também do “Dia Nacional de luta” em 12 de julho, quando o governo Bolsonaro e o parlamento burguês estão aprovando a Reforma Neoliberal da Previdência na Câmara dos Deputados. Nós, militantes da Juventude Bolchevique de várias universidades públicas e privadas do país que assinam esse Manifesto, nos dirigimos a todos os delegados e ativistas presentes fazendo um chamado à luta direta contra o fascista e seus cortes contra a educação pública, fazemos um convite em especial para discutir os rumos do Movimento Estudantil com uma política independente da Frente Popular, assim como a debater questões candentes da juventude plebeia, como as questões de gênero, da mulher e da opressão capitalista desde uma concepção marxista revolucionária! 
Defendemos que a principal tarefa desse Congresso é organizar uma forte greve de todos os setores da educação que paralise as escolas e universidades de todo o país. Nessa luta não podemos nos subordinar a política de paralisia e lobby parlamentar da UNE e da UBES! Os grêmios, CAs e DCE´s além dos ativistas de base devem organizar assembleias nos locais de estudo tendo como eixo a convocação de Greve Geral por tempo indeterminado! Esse é o caminho que nós defendemos na luta contra o governo Bolsonaro e sua corja de reacionários instalados no MEC que desejam destruir a educação pública em favor dos interesses do grande capital!


A política do PCdoB/PT é o oposta da necessidade da luta unificada dos trabalhadores e estudantes, porque o que pode derrotar o fascista Bolsonaro é a mobilização radicalizada dos estudantes em unidade com os trabalhadores do campo e da cidade para derrotar todos os ataques neoliberais, o que passar por uma greve por tempo indeterminado que ultrapasse os “dias de lutas de 24hs”, ordeiros e pacíficos voltados a desgastar pontualmente o governo visando negociar pequenos remendos no ajuste neoliberal via o lobby parlamentar no Congresso Nacional. Defendemos uma perspectiva alternativa e revolucionária: a ampliação das mobilizações, tomando as universidades e os IF’s, ocupando as reitorias greve por tempo indeterminado! Por sua vez, a CUT e as demais centrais sindicais não convocaram neste mês de julho nenhuma luta contra a reforma da previdência, apenas somaram-se ao ato dia 12 da UNE, um teatro de luta montado pela Frente Popular.

Alertamos que estas entidades deveriam abandonar a “trégua” concedida a Bolsonaro, assumindo a vanguarda por uma Greve Geral por tempo indeterminado de toda a educação brasileira em agosto! Para isso essas entidades precisam romper com a política de colaboração de classes voltada unicamente a desgastar o Planalto visando as eleições de 2020 e a disputa presidencial de 2022, limitando as mobilizações ao lobby parlamentar no corrupto Congresso Nacional.

Sobre as questões de gênero que serão amplamente debatidas neste Congresso da UNE, nós como Marxistas revolucionários não fazemos apologia da homossexualidade, nem apontamos qualquer caráter progressista em abstrato no fato de um indivíduo ser hetero ou homossexual, lutamos sim pelo amplo direito democrático da liberdade da opção sexual e combatemos implacavelmente qualquer forma de descriminação sexual, cultural e até mesmo religiosa, apesar de nossa defesa intransigente do materialismo histórico.

Com relação a opressão da mulher, devemos lutar pela superação do machismo que nasceu com a propriedade privada, do feminismo policlassista e da mercantilização das relações pessoais, que só será plenamente realizada com a abolição do modo de produção capitalista, por meio da revolução socialista, destruindo qualquer forma de opressão contra as mulheres trabalhadoras e a exploração de classe. A abolição da propriedade privada é o elemento sine qua non para a libertação da mulher e o combate de classe pelo comunismo, esmagando a burguesia. Toda saída para o problema da opressão feminina por dentro da democracia burguesa, como defendem o reformismo (PT, PCdoB e PSOL) e o revisionismo do trotskismo (PSTU), conduz à divisão do proletariado entre gêneros distintos, ao recrudescimento e ampliação do aparato repressivo estatal contra os trabalhadores. Em outras palavras, o feminismo burguês é contrarrevolucionário porque divide o proletariado, enfraquece sua luta e fortalece a repressão de seus inimigos de classe.

De nossa parte estamos defendendo que a unidade operária-camponesa-estudantil se faça ativa imediatamente para abolir a exploração e a opressão do homem sobre o homem! O momento dos explorados emparedarem o governo do fascista é agora que ele se encontra imerso em crise, não dando um minuto de trégua ao “idiota inútil” Bolsonaro! Mãos à Obra!

ASSINAM:

FERNANDA TAVARES – UFF

CARLA FERNANDES – UFC

ROBERTO MENDES – UNIFOR

ALMIR SÁVIO – UFRN

JOSÉ ROBERTO SILVA – UFBA

SILVIA HELENA BATISTA – UFMG

ANTONIO CARLOS – UECE

CLÁUDIA LINS – UFRGS

SILVIA ALBUQUERQUE – UFPE

JUVENTUDE BOLCHEVIQUE