quarta-feira, 16 de outubro de 2024

FAMÍLIA MORENISTA É CABO ELEITORAL DO LULOPETISMO: PSTU, CST E MRT VOTAM NA ESQUERDA BURGUESA NEOLIBERAL PARA "DERROTAR" A EXTREMA DIREITA INSTITUCIONAL, GERENTES DO CAPITAL FINANCEIRO NO ÂMBITO MUNICIPAL 

As organizações políticas que integram a Família Morenista no Brasil como o PSTU-LIT, CST-UIT e MRT (grupo satélite do PTS argentinol) saíram em defesa “da mais ampla unidade para derrotar a extrema-direita” nas urnas neste 2º turno. Enquanto o PSTU deu o exemplo de Fortaleza para defender abertamente o voto na Frente Ampla burguesa em torno de Evandro Leitão (PT), um desqualificado político burguês oriundo do falido e rachado clã oligárquico dos Ferreira Gomes, o MRT recorreu a disputa em São Paulo, com o Esquerda Diário declarando “Colocamos as nossas forças junto com todos aqueles que querem derrotar Nunes, Bolsonaro, Tarcísio e a extrema direita”. A CST agora defende o “Voto crítico em Boulos contra Nunes, Tarcísio e Bolsonaro” recorrendo a surrada “teoria do campismo” antes tanto criticada pelo Morenismo. Ocorre que esquerda burguesa neoliberal e extrema direita institucional são ambas gerentes do capital financeiro no âmbito municipal, devem ser frontalmente combatidas e denunciadas como nos ensinou Trotsky no terreno eleitoral e principalmente nas ruas!

O PSTU chega pateticamente a declarar “Agora, no segundo turno defendemos o voto crítico em Evandro. Fazemos isso porque entendemos o desejo de milhões de trabalhadores e jovens que esperam que o bolsonarismo seja derrotado eleitoralmente” (Opinião Socialista, 12/10). Como vemos os Morenistas tupiniquins acabaram reféns da armadilha burguesa da falsa polarização eleitoral e não denunciam que ambos os candidatos são reacionários, sendo o representante Lulopetista ainda pior do que o Bolsonarismo (facismo institucional) na medida que a Frente Ampla no Brasil representa o programa da Nova Ordem Mundial capitalista patrocinado pelo Fórum de Davos, que apoia o terror sanitário, o cerco as liberdades democráticas, a ditadura do Judiciário ("Xandão" e os togados do STF), o "identitarismo" patrocinado pelo imperialsismo ianque, sendo o PT neste momento a opção preferencial do rentismo internacional e das grandes corporações capitalistas (Big Pharma, BlackRock). 

O que esses irmãos revisionistas pregam é a defensa da democracia burguesa em nome do combate eleitoral à extrema-direita, amarrando a classe trabalhadora a política de colaboração de classes do Lulopetismo, orientação que desarma a vanguarda classista e pavimenta o caminho para o crescimento social e político do Bolsonarismo, tudo obviamente tendo como eixo estratégico a defesa da democracia burguesa!

O portal Esquerda OnLine da Resistência (PSOL), membro mais direitista da “grande Família Morenista” que apoiava Boulos já no 1º turno e Evandro Leitão (PT) agora a fim de justificar sua adesão completa ao Lulopetismo afirma que “Entendemos que a tática mais revolucionária não é que a reproduz a estratégia ipsis litteris, mas a que busca responder – objetiva e concretamente – ao que realidade reclama a cada momento. Perante a tática da extrema-direita, poderíamos ou simplesmente apresentar a estratégia revolucionária e, portanto, o alvo estratégico do nosso programa como tática, desprezando a situação concreta, ou, apoiando-nos em uma análise cuidadosa da realidade objetiva, apresentar uma tática que respondesse a essa situação concreta, e, por conseguinte, fosse mais eficaz para o reforço da nossa estratégia. Ficamos, certamente, com a segunda, até porque a primeira, de fato, não era uma tática, mas uma mera abstração, um diversionismo”.

Todo esse malabarismo teórico vulgar está a serviço de combater o chamado ao Voto Nulo e a denúncia do circo eleitoral burguês como faz a LBI, desmascarando o papel desses grupos revisionistas que estão amarrados política e materialmente a Frente Ampla burguesa, corrompidos até a medula pelo governo do PT a nível nacional, estadual e municipal, integrados socialmente a pequena burguesia acomodada, assim como vivendo de privilégios da burocracia sindical junto com PT, PCdoB, PSOL e afins!

A esquerda revisionista reforça o mito burguês de que gestores estatais de “esquerda” teriam a possibilidade de impulsionar “políticas públicas” em favor do povo trabalhador. Já os da “extrema direita” trariam o “pior dos infernos” para a população, e seguindo essa lógica apostam todas suas fichas políticas na corrida eleitoral da burguesia para supostamente evitar a vitória de “satanás” (extrema direita) na administração da crise capitalista. 

Foi assim que nas eleições de 2022 para a presidência da república, “demonizaram“ Bolsonaro, prometendo que um governo da Frente Ampla de Lula faria o país alcançar o “paraíso na terra”, erradicando a fome, a pobreza e o desemprego do Brasil. Passados dois anos da assunção (eleição) do “messias“ (gerente) Lula, o país semicolonial retrocedeu ainda mais nos mesmos índices da barbárie da crise capitalista, que segundo os cretinos reformistas seria responsabilidade da gestão bolsonarista.

A piada é que apesar de fazer esse cínico discurso de chantagem essa mesma esquerda revisionista vê seus candidatos da Frente Ampla Burguesa (PT, PSOL) buscaram apoio dos candidatos da direita ou “extrema-direta” derrotados no primeiro turno, como Boulos faz ao cortejar o reacionário Marçal em São Paulo ou mesmo Evandro Leitão (PT) em Fortaleza em busca dos votos dos pastores picaretas da Igreja Universal. 

Em resumo, mais um capítulo do tragicômico circo eleitoral da democracia dos ricos em que a Família Morenista entra no picadeiro em defesa do Lulopetismo para fazer o povo trabalhador de palhaço!