BOULOS, MARÇAL E NUNES: TRÊS PONTAS DO MESMO “CÍRCULO” ENGANOSO DO RENTISMO FINANCEIRO: COMO GERIR MELHOR A CIDADE PARA O CAPITAL, ESSA É A VERDADEIRA DISPUTA!
A verdadeira disputa pela gerência municipal da cidade de São Paulo, assim como de outras grandes cidades, não é entre à “direita neofascista” contra a “esquerda progressista”, como quer nos enfiar pelo cérebro o campo político lulopetista. A única competição política real existente é quem melhor vai gerir uma megalópole para o capital financeiro, reformismo burguês neoliberal ou reacionários boçais conservadores? Se alguém pensa que essa nossa assertiva é um grande exagero, basta perguntar se algum destes três candidatos à prefeitura de São Paulo: Boulos, Marçal ou Nunes, pretendem gerenciar o município para colocar abaixo a governança do capital financeiro? A resposta será uníssona , NÃO!
Mas então vem logo na sequência a segunda questão, se os
ditos candidatos “socialistas”, como Altino (PSTU), Pimenta (PCO) ou Senese (UP),
também representam a mesma perspectiva de gerir a cidade para potencializar os
lucros do capital financeiro e distribuir umas “esmolas” para acalmar a
população oprimida e carente de recursos próprios para sobreviver dignamente? A
resposta desta vez é um rascante SIM! E quem afirma isto não é a LBI, ou os
ultras radicais que pregam o Voto Nulo…mas o próprio Lenin e Trotsky que
fundaram juntos um Partido Mundial da Classe Operária, a III Internacional, que
não admitia em hipótese nenhuma à candidatura de Comunistas Revolucionários
para cargos executivos do Estado capitalista, como prefeito, governador ou
presidente da república. Em suas resoluções congressuais, a III Internacional
rechaçou qualquer participação eleitoral de suas seções nacionais para a
disputa de postos administrativos do Estado burguês, seja em qualquer
instância. Lenin costumava escrever que a tarefa dos Comunistas não é o da
administração da “massa falida” do capital financeiro.
Por outro lado, nosso histórico mestre Bolchevique defendia a intervenção ativa dos Revolucionários no processo da disputa pela voz na tribuna parlamentar, ou seja a eleição de deputados, vereadores ou conselheiros distritais, ou seja tribunos do povo no interior do parlamento burguês para denunciar a escória capitalista e agitar as bandeira da Revolução Proletária.
Como os supostos “socialistas”, do PSTU, PCO e UP podem “cancelar” completamente a teoria leninista em troca da “febre eleitoral” e de suas benesses materiais, será que é por causa do milionário Fundo Partidário, destinado a domesticar a esquerda reformista?
A crise capitalista mundial impõe as burguesias nacionais,
totalmente associadas e subordinadas ao rentismo financeiro internacional, a
procura por gerências estatais cada vez mais “formatadas” as exigências da
maximização dos lucros das grandes corporações capitalistas. Obviamente para
manter a ilusão da democracia como um regime político que “abre as melhores
oportunidades” para o povo, as eleições fraudadas por mecanismos de sua própria
essência de classe, são a forma da escolha destes gerentes estatais, que detém
pouquíssima autonomia administrativa diante das exigências do capital.
A esquerda reformista, reforça o mito burguês de que gestores estatais de “esquerda” teriam a possibilidade de impulsionar “políticas públicas” em favor do povo trabalhador. Já os da “extrema direita” trariam o “pior dos infernos” para a população, e seguindo essa lógica apostam todas suas fichas políticas na corrida eleitoral da burguesia para supostamente evitar a vitória de “satanás” (extrema direita) na administração da crise capitalista. Foi assim que nas eleições de 2022 para a presidência da república, “demonizaram“ Bolsonaro, prometendo que um governo da Frente Ampla de Lula faria o país alcançar o “paraíso na terra”, erradicando a fome, a pobreza e o desemprego do Brasil. Passados dois anos da assunção(eleição) do “messias“ (gerente) Lula, o país semicolonial retrocedeu ainda mais nos mesmos índices da barbárie da crise capitalista, que segundo os cretinos reformistas seria responsabilidade da gestão bolsonarista.