sexta-feira, 16 de agosto de 2024

LULOPETISMO E BOLSONARISMO DUAS FACETAS SIMILARES DA MESMA MOEDA CAPITALISTA NEOLIBERAL: PT E PL UNIDOS EM 85 CIDADES NESTAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS 

Supostos adversários políticos e ideológicos, nestas eleições municipais, nacionalmente o PT, do presidente pelego Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente direitista Jair Bolsonaro, estão aliados eleitoralmente em 85 cidades do país, incluindo uma capital de estado, para apoiar o mesmo candidato a prefeito. Os dados são do próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foram divulgados na manhã desta sexta-feira (16/08), comprovando na prática que o Lulopetismo e o Bolsonarismo são na verdade apenas duas facetas da mesma moeda capitalista neoliberal. A “lenda” política de que o PT seria uma trincheira política contra a ascensão do fascismo, não consegue se sustentar de pé nem mesmo em um simples pleito municipal, imaginem na realidade concreta da luta de classes.

Em particular, chama atenção uma das cidades onde se celebrou a aliança entre a esquerda lulopetista e a direita bolsonarista, foi a capital do Maranhão, São Luís. Nesta urbe, todo o arco da esquerda reformista se uniu em torno do candidato Duarte, do PSB. Duarte é alinhado com o atual governador do estado, Carlos Brandão, também filiado ao PSB e afilhado político de Flávio Dino, hoje Ministro do STF. Em torno de Carlos está, além do seu partido, o PT, PCdoB, PSOL e Rede. Mas Dino, que nas redes sociais é “odiado” pela direita, conseguiu juntar ao seu candidato Duarte, o PL de Bolsonaro e Valdemar Costa, revelando que o suposto “antagonismo viceral” entre o neofascismo institucional e a esquerda Social Democrata é apenas um “jogo de cena” para as câmaras da mídia corporativa. Quando é mais conveniente dividir juntos o botim estatal, as frações burguesas se agrupam independente da “coloração” política e partidária de cada setor.

A Frente Popular de colaboração de classes, no seu arco ideológico mais amplo possível, já há muito tempo vem disseminando a “fake teoria” de que a luta de classes é algo que pertence a um “passado distante”. Portanto o que estaria em “jogo” para os farsantes de “esquerda” seria unicamente a manutenção da “democracia”, e todas as frações burguesas são bem vindas no “barco” institucional da estabilidade capitalista.

Para esta esquerda Social Democrata, parasita das verbas estatais seja no legislativo ou no executivo, e traidora da luta revolucionária dos trabalhadores, a vigência do combate socialista é para “sonhadores”, a única tarefa que “vale a pena” é pedir votos para eleger “bons candidatos”, obviamente são picaretas travestidos de defensores da “ética” e de “políticas públicas”.

Nesta direção do reformismo, somente os que não aceitem as regras fraudulentas da institucionalidade burguesa, como os Marxistas Leninistas, não são considerados “aliados” da Frente Popular, configurando bolsonaristas e lulopetistas como grandes “irmãos siameses” e filhotes programáticos do mesmo Estado capitalista neoliberal. 

Não existe uma alternativa política minimamente revolucionária neste circo eleitoral fraudulento. Desde o PT, PSOL, passando pelo PSTU e PCB, até chegar ao PL, todos estão unidos na apologia do regime burguês das verbas eleitorais (estatais), o que os amarra materialmente na dependência do Estado capitalista. Somente a denúncia da farsa eleitoral, desenvolvendo uma ampla campanha pelo boicote à urna roubotrônica, poderá apresentar uma saída política progressista para o proletariado brasileiro.