É PRECISO ROMPER COM A PARALISIA E ENROLAÇÃO DOS PELEGOS DA CONTRAF-CUT: PREPARAR A GREVE NACIONAL DOS BANCÁRIOS PARA DERROTAR A INTRANSIGÊNCIA DOS BANQUEIROS E DO GOVERNO LULA!
A campanha salarial dos bancários, cuja data-base é setembro, continua na enrolação das negociações faz-de-conta entre a Contraf-CUT e a Fenaban. Depois de 10 rodadas de negociação, os banqueiros apresentaram dia 27/08 um reajuste de 100% do INPC mas somente para janeiro de 2025. Isso é uma verdadeira provocação à categoria que contrasta com a lucratividade recorde dos bancos que lucraram só em 2023 145bilhões e, em 2024 (1º semestre), o lucro dos cinco maiores bancos já atingiu a marca de R$ 60 bilhões. Apesar de lucros milionários recordes, os banqueiros e o governo Lula/Alckmin promoveram demissões em massa, fechamento de agências, PDV’s, arrocho salarial, aumento das tarifas, privatizações, assédio moral institucionalizado etc.
Por sua vez, os pelegos Contraf-CUT/CTB entregaram uma pauta
rebaixadíssima e, ainda, arrastaram as negociacões até as portas da data-base,
fazendo um grande teatro nas redes sociais, com tuitaços inúteis, mas sem
organizar a mobilização real com assembleias presenciais, reuniões com
delegados sindicais, paralisações, greve nacional, unificação com outras
categorias em luta como a dos Correios e do INSS, ação direta... Não é a toa
que estão orientando assembleias só para próxima semana com o intuito de
sabotar a possibilidade de greve e chantagear a categoria para aceitar qualquer
esmola a mais dos banqueiros até lá.
Frente à ofensiva patronal, não defendem uma política de
enfrentamento com um plano de lutas unificado por reposição de perdas
inflacionárias reais, estabilidade, isonomia salarial, estatização sob controle
dos trabalhadores, mas simplesmente uma surrada política de abonos/PLR e
índices irrisórios, com métodos burocráticos empregados para atomizar a luta
como a divisão da categoria em assembleias virtuais por banco para aprovar
qualquer migalha e apresentá-la como uma grande vitória.
Esta é uma política de colaboração de classes que desarma
politicamente os trabalhadores e promove a ideia de que os ataques podem ser
evitados com simples diplomacia política ou aconselhamento moral ou
simplesmente pedindo respeito aos banqueiros, preferindo abandonar a ação
direta nas ruas com os métodos históricos da luta de classes. Afinal, em ano
eleitoral precisam encurtar a campanha salarial e se meterem com seus
candidatos nos palanques eleitorais.
A camarilha burocrática da Contraf-CUT/CTB, verdadeiros
ministros sindicais do governo Lula/Alckmin, está aliada aos banqueiros não só
no conluio de sabotar a campanha salarial como também estão unidos na defesa do
“Estado de direito sempre” que é a defesa do Estado burguês e sua “democracia”,
uma das máscaras que a ditadura do capital financeiro assume para melhor
explorar e esmagar a classe trabalhadora. Enfim, sacrificam a mobilização
independe dos trabalhadores para defenderem juntos (capital e trabalho) a democracia
dos ricos e a estabilidade do regime político e de suas podres instituições.
É necessário, portanto, superar a dispersão das lutas,
unificando-as e centralizando-as rumo a construção de um amplo movimento, capaz
de derrotar a política de arrocho e privatizações do governo dos banqueiros. Os
bancários querem a unidade para a luta, não para realizar um jogo de
faz-de-conta com os banqueiros, paralisar a mobilização, servindo aos
interesses dos patrões e do governo Lula que os pelegos representam.
Por isso, nós ativistas independentes e militantes do
MOB(Oposição Bancária) remamos contra a maré dessa política criminosa das
camarilhas sindicais governistas. Já passa da hora de preparar pela base uma
greve nacional da categoria bancária contra a intransigência da Fenaban e do
governo federal que se esconde atrás da chamada "mesa única de
negociação". Greve já!