sábado, 3 de agosto de 2024

AINDA SOBRE O ASSASSINATO DE HANIYEH: UMA GRAVÍSSIMA FALHA DO SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA IRANIANO 

O chefe do Politburo do movimento palestino Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em seu bunker (residencial) militar no Irã. Em um primeiro momento o Regime dos Aiatolás forneceu versões desencontradas sobre o atentado terrorista, a única questão que fazia sentido era que a morte de Ismail tinha sido muito bem preparada pelo enclave sionista e representou um duro golpe contra a Resistência Palestina. Agora a trama começa a ser desvelada, com a prisão de 20 agentes iranianos traidores, corrompidos pelo sionismo, embora que o último relatório oficial da Guarda Revolucionária sobre a utilização de um “projétil de curto alcance” para atingir Haniyeh, seja pouco verossímil. Lembrem- se que a primeira versão sobre o ataque terrorista era que um míssil de precisão, disparado de um caça israelense, teria sido ultilizado. Depois veio outra suposta explicação, descrevendo a colocação de uma bomba na residência militar.

O Conselho de Segurança Iraniano convocou uma reunião de emergência após o assassinato do chefe do Politburo do Hamas. Por sua vez, representantes das FDI (Forças de Defesa de Israel) recusaram-se a comentar à CNN internacional a notícia da morte de Haniyeh. Os militares sionistas disseram que “não respondem às reportagens da mídia estrangeira”.

No entanto, o Ministro israelense de Assuntos e Patrimônio de Jerusalém, Amichai Eliyahu, declarou que matar Haniyeh era "A maneira certa de limpar o mundo dessa sujeira. “Chega de acordos de paz imaginários, chega de misericórdia para estes filhos da morte. A morte de Ismail Haniyeh torna o mundo um pouco melhor”, escreveu na rede social X (antigo Twitter).

Recorde-se que Haniyeh chegou a Teerã para participar na cerimonia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. No mesmo dia, Israel anunciou o assassinato de um dos comandantes do Hezbollah, Fuad Shukr, como resultado de um ataque a Beirute. Assim, o eixo da Resistência sofreu perdas de quadros dirigentes muito significativas em apenas um dia.

“A “eliminação” terrorista das lideranças palestinas é uma prática tradicional dos serviços de inteligência israelense, o Mossad. Há vinte anos, o líder espiritual do Hamas, Xeique Ahmed Yassin, também foi assassinado. Esta sinistra “prática” sionista pode ser agregada com o envenenamento do líder histórico da OLP, Yasser Arafat, mesmo quando esse já tinha “baixado as armas” e pactuado com a existência de Israel.

A incapacidade de garantir a segurança de um hóspede querido e honrado no seu próprio território significou uma profunda desmoralização para o regime dos Aiatolás. Revelou ao mundo que o inimigo sionista pode realizar operações corajosas e bem-sucedidas dentro do país persa. A morte do dirigente máximo do Hamas pode ser considerada um claro e grave fracasso dos serviços de inteligência iranianos.