sexta-feira, 23 de agosto de 2024

A RESPOSTA MILITAR DO IRÃ AO ENCLAVE SIONISTA: ADIAMENTO PROLONGADO PÕE EM DÚVIDA A DISPOSIÇÃO DO REGIME DOS AIATOLÁS EM DESTRUIR ISRAEL


O Irã, mais do que a guerrilha do Hezbollah, pesa bastante e adia indefinidamente o alcance da sua legítima defesa militar diante do enclave sionista de Israel, e que também ao que tudo indica, deverá ser bastante limitada, observando o receio do regime dos Aiatolás para não dar aos Estados Unidos o pretexto para destruir a República Islâmica, estabelecida em 1979 com a derrubada revolucionária da ditadura do Xá Reza Pahlavi.

O Irã, via União Europeia, está negociando nos bastidores com a equipe do Democrata Biden, na medida em que o Secretário de Estado norte-americano, o judeu Antony Blinken, teve uma escala escala secreta em Teerã, em plena Cúpula sobre o Cessar-Fogo e a troca de Reféns, promovida pela Casa Branca. 

O antigo diplomata britânico Alastair Crooke explica que existem 2 fases no cenário da possível resposta limitada do do regime dos Aiatolás contra Israel: 1) A utilização do arsenal de mísseis do Irã e a profundidade restrita dos seus danos; 2) Uma reação contida de Netanyahu, bloqueando os Estados Unidos a atacar pesadamente o Irã. Portanto a resposta de Teerã terá que ser extremamente “precisa“ para que Netanyahu não possa incitar os “falcões” do imperialismo ianque. 

Em plena crise econômica capitalista mundial, nenhuma das 4 superpotências militares atômicas do Planeta (Estados Unidos, Rússia,China e Índia) pretendem estar imediatamente envolvidas em uma Guerra Mundial, pelo menos até que o cenário internacional delimite claramente os campos das alianças políticas e militares dispostas a se manter até o “final”. A “balela” reformista de que Rússia e China constituem um único “corpo de defesa”, diante dos EUA e UE, ainda está bem distante de se consolidar para enfrentar uma III Guerra Mundial. Assim como o próprio Brics não tem a mínima homogêneidade suficiente para marchar unificado rumo a um conflito militar. 

Por sua vez, o embaixador do Irã na ONU enviou sinais inequívocos de que o seu país não quer uma guerra regional e especificou que apoiaria um acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns israelenses, se este pacto fosse aceito pelo Hamas. Ao que tudo aponta até este momento, é que tanto o Hezbollah como o Hamas não puderam contar com a ajuda da logística militar pesada do regime nacionalista dos Aiatolás em apoio a sua justa guerra para derrotar o gendarme de Israel.