GREVE NOS CORREIOS SE FORTALECE APESAR DA DIVISÃO IMPOSTA PELA BUROCRACIA SINDICAL GOVERNISTA! AGORA É PARALISAR TODA CATEGORIA NA LUTA CONTRA O ARROCHO SALARIAL IMPOSTO POR LULA!
Tadeu Maia: Carteiro do Rio Grande do Norte e militante da TRS
Os trabalhadores dos Correios de 11 estados estão em greve por tempo indeterminado contra o desmonte da ECT imposto pelo governo burguês de Lula. Alagoas, Amapá, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Tocantins, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Roraima e das cidades de São Paulo (capital), Bauru e Vale do Paraíba (SP) declararam greve após 14 rodadas frustradas de negociação com a direção empresa. Esses sindicatos são ligados a Federação Interestadual dos Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Findect-CTB) que aposta no julgamento no famigerado TST enquanto a direção governista da Fentect-CUT está sabotando a unificação em uma paralisação nacional de toda a categoria, jogando as assembleias de suas bases (inclusive do SINTECT-MG) somente para depois do dia 15 de agosto, dando um longo prazo para a ECT enrolar os trabalhadores.
Nós trabalhadores reivindicamos 5% de reajuste salarial pago ainda neste ano, mais R$ 300 de aumento igualitário para todos os funcionários. Os trabalhadores também lutam para que o desconto do salário mensal referente ao plano seja recalculado e que a coparticipação por consultas e exames caia de 30% para 15%. A direção da ECT propõe um ultrajante reajuste de 6,05% nos salários dos funcionários, mas só em janeiro de 2025. Além disso, reajuste de 4,11% nos benefícios a partir deste mês.
Entre as demandas dos trabalhadores dos Correios estão mais contratações na empresa e a redução do custo do plano de saúde da empresa. Lutamos por aumento real do salário, frente à absurda proposta de reajuste zero do governo e da empresa, que tenta se esconder atrás de uma promessa de reajuste para o ano que vem, enquanto força trabalhadores hoje a engolirem reajuste zero.
Passados já dois anos de governo Lula a greve foi necessária na luta por melhores condições de trabalho. A ultrajante proposta de reajuste zero copia o que ocorreu com a educação federal, que foram alvo da absurda perseguição judicial promovida pelo governo.
Nós da Tendência Revolucionária Sindical chamamos as demais categorias a cobrir de solidariedade e apoio essa greve e defender as demandas dos trabalhadores contra um orçamento neoliberal de Lula que só favorece os grandes capitalistas! Nesse momento é preciso paralisar toda a categoria para lutar contra o arrocho salarial de Lula e a proposta de privatização do corrupto congresso nacional!
