LULA PRESTA HOMENAGEM AO FASCÍNORA DELFIM NETO: “PEDI DESCULPAS PUBLICAMENTE PORQUE ELE FOI UM DOS MAIORES DEFENSORES DO QUE FIZEMOS EM POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO”
O pelego presidente Lula mostra mais uma vez que é realmente um admirador do neofascismo liberal, ao prestar homenagem ao “Número 2” do regime militar na época sombria do genocida Médici, Delfim Neto, deixou sua máscara cair! O petista não poupou elogios ao fascínora Delfim, e muito mais do que um ato formal, mostrou a profunda identidade entre as políticas do seu governo de Frente Ampla e a ditadura militar: "Na minha campanha em 2006, pedi desculpas publicamente porque ele foi um dos maiores defensores do que fizemos em políticas de desenvolvimento e inclusão social que implementei nos meus dois primeiros mandatos. Delfim participou muito da elaboração das políticas econômicas daquele período".
Não esqueçamos que em 2022, Delfim Netto declarou que “Bolsonaro é risco maior que Lula para o mercado”. Na ditadura, Delfim foi ministro de 2 generais. Com Artur da Costa e Silva, comandou o Ministério da Fazenda. Com João Figueiredo, primeiro a Agricultura, depois o Planejamento.
O “insuspeito” Delfim reafirmou que a eleição de Lula (PT) foi a melhor opção que a reeleição de Jair Bolsonaro para o "Deus Mercado". Segundo ele “Bolsonaro seria a continuação do mesmo, até piorado. Ele vai se cansar do Guedes. De forma que, seguramente, o encaminhamento do Lula seria melhor para o mercado financeiro”, afirmou ao ser questionado qual dos 2 traria mais riscos à economia capitalista do país.
Aproveitando a morte do facínora Delfim e a homenagem que Lula prestou ao canalha, vamos recorrer ao genial Marx que afirmou em seu livro O 18 Brumário de Luiz Bonaparte que "A história se repete a primeira vez como tragédia e depois como farsa".
A militância de esquerda que viveu o último período do regime militar no Brasil deve ainda se lembrar da polêmica instalada no movimento com a defesa da bandeira do "Fora Delfim!" em 1983, quando este crápula da ditadura era o então todo poderoso ministro do Planejamento no governo do general Figueiredo.
O bloco reformista da época, composto pelo PCB, MR8 e PCdoB, deliberou que a palavra de ordem mais adequada não seria mais o "Abaixo a Ditadura", afinal para eles Figueiredo era um "aliado tático" na luta pela redemocratização do país, o general teria promovido a "Anistia Geral" e estava inclinado a convocar uma constituinte "meia boca" que apontasse as eleições diretas para presidente em 1989.
O foco de "todo mal" para os reformistas seria
Delfim, apologista da recessão econômica e dos compromissos draconianos com o
FMI, diziam estes senhores que o ditador Figueiredo ao delegar o controle da
economia para o ministro do Planejamento não seria mais o responsável direto
pelo arrocho salarial e desemprego que se alastrava pelo Brasil em meados dos
anos 80.
Com vemos hoje a história se repete, os atuais gritos de "Fora Campos Neto do BC!" vociferados pela esquerda reformista são hoje para proteger Lula, que teve em Delfim Netto, seu "guru" econômico!