segunda-feira, 16 de novembro de 2020

CENTRO BURGUÊS (“DIREITA CIVILIZATÓRIA”) É O GRANDE VITORIOSO NO CIRCO ELEITORAL COM ABSTENÇÃO RECORDE: BURGUESIA “ELEGE” AMPLA FRENTE CONSERVADORA PARA GERIR SEUS NEGÓCIOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL DITADA PELA PANDEMIA DA OMS 

Os resultados do circo burguês deste 15 de novembro apontam para a vitória do DEM, PSD, MDB, PP e PSDB na maioria das capitais em uma eleição marcada pela abstenção recorde (23%) que somando aos votos brancos e nulos se aproxima da casa dos 40%. Para o segundo turno essas legendas que conformam o chamado “centro político burguês” também vão para as principais disputas: São Paulo (PSDB), Rio (DEM), Porto Alegre (MDB), com vitórias certas de Bruno Covas, Paes e Melo. Neste quadro, Bolsonaro sai enfraquecido mas não morto, a classe dominante pretende descartá-lo usando os próximos dois anos de seu mandato para levar a frente o ajuste neoliberal ditado pelos rentistas no marco da nova ordem mundial ditada pela pandemia orquestrada pela OMS e a Big Pharma. 

O fato do PT sair derrotado nas capitais (também deve perder em Recife) revela que a burguesia aposta na fragmentação da “esquerda”, inflando o PSOL “identitário” como a legenda social-democrata em ascensão. Boulos atua nesse cenário como um fantoche que serve para enfraquecer a figura de Lula, que já defende uma ampla frente de centro-esquerda com o PDT, PCdoB e PSOL para 2022.  

O PSOL também defende essa tese lulista, tanto que em Belém e São Paulo vai se aproximar das legendas burguesas (MDB dos Barbalho) e (PDT e PSB de Ciro e Márcio França). Esses elementos demonstram a política de colaboração sendo aplicada por toda a esquerda burguesa. O PSOL apoiará o PCdoB em Porto Alegre, mas a derrota é certa para a “velha direita unida”. 

A classe dominante, ponteada pela Rede Globo, costura o tal “centro ampliado civilizatório” onde caberia Moro e Hulk, ao lado dos tucanos (Dória) e demistas (ACM e Maia) para 2022. Trata-se de uma operação embrionária muito difícil de ser costurada pelas alturas, porém todos se colocam em oposição a Bolosonaro, o “negacionista útil” da burguesa que vai perdendo terreno dentro das FFAA e já não tem força para arrotar a “pólvora do golpe de estado”, ainda mais com ascensão de Biden nos EUA. As “espoletas” lançadas recorrentemente pelo clã fascista que ocupa o Planalto servem como uma manobra distracionista para os nossos “arautos republicanos” virem a público demonstrar toda sua “indignação civilizatória” com as bestialidades da famiglia Bolsonaro. 

Os dois estados mais populosos do Brasil também foram aqueles em que os maiores percentuais de seu eleitorado deixaram de usar seu direito de voto: Rio de Janeiro ficou em primeiro lugar neste quesito com 39,16%, seguido de São Paulo com 37,22%. De nossa parte, os Marxistas Revolucionários apontamos para este segundo turno o aprofundamento da campanha vitoriosa do boicote ativo a farsa eleitoral, chamando ao voto nulo e a não participar do circo eleitoral, que nesta eleição bateu recorde tanto pelo terror sanitário como pelas desilusões das massas com a democracia fraudada!