NÃO FOI SÓ UM ACIDENTE: 41 MORTOS EM UMA COLISÃO CRIMINOSA.VIDAS OPERÁRIAS IMPORTAM!
Os proprietários da indústria têxtil, se omitiram de
qualquer responsabilidades sobre a tragédia anunciada. Uma empresa clandestina
e irregular transportava ilegalmente os trabalhadores, com tamanha negligência
e descaso é impossível acreditar que esse bárbaro acidente seja fruto do acaso.
Foi a crônica de uma tragédia anunciada. A total falta de condições adequadas e
seguras para o transporte dos operários que foram vítimas de um brutal acidente
do trabalho, mas sem direito algum. Negligência e descaso dos capitalistas com
a vidas operárias, que importam!
Os donos da indústria têxtil, que deveriam garantir um
transporte digno para seus operários, alegam cinicamente pela boca de seus
advogados, que os próprios operários eram responsáveis pelo transporte até o
trabalho e contrataram os serviços do ônibus irregular. Querem se ausentar da
responsabilidade pelo transporte dos operários, previsto na CLT e obscurecido
pela (contra)reforma trabalhista de Temer. A tragédia anunciada revela as
condições insalubres e desumanas às quais tem que se submeter os trabalhadores.
Some-se a isto a precariedade das estradas, produto da
contenção dos investimentos estatais em rodovias. Este “acidente” fatal está
inserido em um quadro geral sinistro que é o da ofensiva neoliberal contra as
conquistas sociais do proletariado. Esse não foi o primeiro “acidente” e também
não será o último, pelo menos enquanto perdurar esse regime capitalista que só
pensa no lucro e que trata a vida operária com descaso, como se os
trabalhadores fossem apenas números ou peças descartáveis. Porém o mais
vergonhoso é a postura da esquerda reformista, que silenciou completamente
diante desta tragédia que ceifou mais de 40 vidas operárias. Para os
revisionistas do marxismo, que se embrenharam no identitarismo financiado pelo
capital financeiro, as únicas vidas que importam são as das chamadas
“minorias”, ou no máximo os mortos por Covid, que servem somente para serem
utilizadas como demagogia na corrida eleitoral burguesa. A classe operária é
simplesmente um componente a ser desconsiderado, algo de um passado distante,
na concepção ideológica da esquerda reformista, e por isso mesmo desconheceu o
assassinato de 41 trabalhadores.