NA VÉSPERA DO “ESPETÁCULO CIRCENSE”: AS PESQUISAS
FRAUDULENTAS SÃO APENAS “COUVERT” DO GOLPE ELEITORAL
Apenas dois “Institutos” dominam 90% do mercado das pesquisas eleitorais no país, ambos são apenas sucursais da dupla hegemônica na mídia jornalística brasileira: Folha de São Paulo e seu DataFolha e O Globo com seu carcomido Ibope. Estes dois “Institutos” com seus “resultados semanais” divulgados com grande estardalhaço por seus proprietários, a mídia corporativa, estão determinando a dinâmica política da campanha eleitoral dos partidos, inclusive os da chamada “esquerda”, que acolheram como “verdade suprema” as pesquisas dos “Institutos” consideradas como se fossem os próprios boletins oficiais dos TRE’s do país. O “pequeno detalhe” que é omitido por todo o arco político, da “extrema esquerda” eleitoral até a extrema direita, é que em plena pandemia do coronavírus, onde os editoriais da mídia corporativa (dona dos Institutos) ordenam o isolamento social e espalham diariamente o pânico da “Segunda Onda”, as tais pesquisas sequer são realizadas presencialmente, configurando a “fraude das fraudes”, sob encomenda é claro das forças políticas dominantes de cada região do país.
Neste cenário, as pesquisas dos pseudos Institutos, trataram
de promover candidaturas inexpressivas eleitoralmente, mas que correspondiam
aos interesses econômicos e políticos da oligarquia contratante, isolando a
extrema direita bolsonarista (adversária dos barões da mídia) e na outra ponta o
PT, consideradas duas opções descartadas para o quadro que se abre da nova
conjuntura nacional e internacional. O ingresso da Nova Ordem Mundial com a
pandemia do isolamento e terror sanitário requer uma dominação do capital
disfarçada de “civilizatória” , maquiada de “ciência” e com leves pitadas
“democráticas”, sem esquecer é claro uma forte dose de “identitarismo”
policlassista.
Foi assim que na cidade de Fortaleza, as pesquisas levaram para a liderança das intenções de votos um candidato desconhecido que partia de 3 pontos percentuais para 30, registre-se que o candidato “sem votos” na capital cearense é um “feto” das entranhas podres da oligarquia dos Ferreira Gomes em parceria com Tasso Jereissati, com padrinhos deste calibre (somados a uma coligação de 10 legendas da burguesia) a última coisa que Sarto do PDT precisa é popularidade, basta consumar a fraude eleitoral com a totalização eletrônica do TRE (sem a mínima comprovação física dos votos) e a vitória virá inexoravelmente. Ciro Gomes é uma das alternativas que a burguesia trabalha para 2022, e portanto a operação nacional da fraude eleitoral não deixaria seu candidato ser derrotado por um “capitão bolsonarista”, apesar de ser este o nome mais conhecido da cidade.
Entretanto a fraude das pesquisas também funciona no sentido inverso, ou seja, quando o objetivo é “derrubar” candidaturas indesejáveis aos contratantes do novo Centro Político Burguês. Este parece ser o caso da postulação eleitoral do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. O bispo da Universal (seita fortíssima na periferia do Rio) era a principal aposta do clã neofascista, por se tratar de uma disputa no seu próprio “quintal” e da segunda maior cidade do país. O prefeito Crivella é inimigo visceral da famiglia Marinho, configurando uma “queda de braço” direta entre a Rede Globo e Bolsonaro. Porém o Bispo prefeito que começou ponteado as intenções de votos, começou a despencar diante de uma candidatura egressa da máfia do Cabral, diga-se o setor político da burguesia mais “queimado” no seio do eleitorado carioca. Mas foi o ex-prefeito Paes quem foi “eleito” previamente pelo Sr.Roberto Marinho, proprietário do Ibope, e o sócio do ex-governador Sérgio Cabral será segundo as pesquisas fraudulentas o próximo prefeito da “cidade maravilhosa”, Bolsonaro e seus filhotes do condomínio da Barra da Tijuca terão que pagar o IPTU a Eduardo Paes nos próximos 4 anos.
Mas a fraude das pesquisas também apontou seu “dedo podre” contra os candidatos do PT, este foi o caso da histórica capital pernambucana (que em tempos mercantis chegou a ser considerada a cidade mais rica do mundo) onde o partido de Lula tinha um nome considerado imbatível, trata-se de Marília Arraes, neta do lendário nacionalista Miguel Arraes, único governador preso no golpe militar de 1964. A deputada federal Marília, hoje a maior “liderança popular” da esquerda burguesa no Recife, viu simplesmente sua candidatura “minguar” frente ao neófito João Campos, nome indicado pelo atual governador e pela oligarquia dominante do falecido Eduardo Campos, pai do inexpressivo João. Agora Marília está ameaçada, segundo a fraude eleitoral de sequer ir ao segundo turno, podendo ser superada por Mendonça Filho do DEM, ex-ministro do odiado governo Temer. Fora a disputa em Recife, o PT só tem remotas chances de pelo menos ir ao segundo turno em Vitória. O quadro é tão crítico para um partido que governou o país por mais de uma década, que o resultado de 2020 ainda pode ser pior até do que em 2016, onde sob a avalanche da Lava Jato e do golpe contra Dilma, só conseguiu triunfar em uma única capital do país, Rio Branco no Acre.
O maior espelho desta realidade eleitoral, toda embasada no
estelionato criminoso do início ao fim, se encontra na maior cidade do país,
São Paulo. Na capital financeira da nação, obviamente que a burguesia não daria
a menor “oportunidade” para que um candidato bolsonarista chegasse pelo menos a
“sonhar” com um bilhete para o segundo turno. A Nova Ordem do Centro Burguês,
logo ridicularizou as intenções de Russomanno de “levantar a cabeça”, fazendo
com que as pesquisas fraudulentas indicassem sua abrupta queda, empurrando o
candidato bolsonarista para um humilhante quarto lugar, atrás até do líder do
movimento Sem Teto, o palatável Boulos do PSOL. Na Paulicéia, hoje bem menos
desvairada, a ordem foi clara, reconduzir Bruno Covas a prefeitura, que mesmo
tendo chegado a comando da cidade sem voto algum, hoje é um importante ponto de
apoio para as pretensões presidenciais do governador neotucano João Dória.
Quanto ao PT, que já governou a cidade por três vezes, consciente da operação
em curso, abdicou de lançar um candidato competitivo, contentando-se em
consumir solitário o seu multimilionário Fundo Eleitoral com um “laranja”
Jilmar.