quinta-feira, 19 de novembro de 2020

“OCUPA POLÍTICA”: A “ENTIDADE” DE GEORGE SOROS QUE FINANCIOU OS IDENTITARISTAS DA ESQUERDA REFORMISTA NO BRASIL

Uma associação aparentemente contraditória entre um bilionário capitalista (maior rentista do planeta e membro emérito do Deep State dos EUA) com correntes da esquerda reformista desperta a seguinte pergunta: por quê um mega especulador do mercado financeiro mundial decidiu financiar grupos de esquerda revisionista, em particular os que abraçaram a causa do identitarismo? Para responder esta questão, primeiro vamos a uma breve regressão. Em 2016, tivemos um fato marcante que veio a tona porém com pouco destaque na mídia corporativa, o vazamento de informações da Fundação do bilionário George Soros, a “Open Society Foundation”, relatando a doação de milhares de dólares para organizações da esquerda que abraçassem as novas pautas das minorias étnicas, feministas e da ecologia. Trinta e dois bilhões de dólares da Fundação impulsionada por Soros, o que não é exatamente uma quantia modesta, foi destinada para projetar e eleger lideranças identitárias, consideradas da esquerda ou mesmo somente progressista. O objetivo do grupo de grandes capitalistas liderados por Soros, era exatamente desviar a esquerda do confronto direto entre as classes, criando as pautas identitárias desvinculadas da luta revolucionária da classe operária. Soros financiou uma ampla rede mundial desde organismo da mídia “independente”, jovens lideranças da esquerda e até correntes organizadas originárias do marxismo leninismo. No Brasil, seguindo orientações “técnicas” de burgueses como Paulo Lemann, mecenas da plataforma “RenovaBR”, Soros que foi um dos patrocinadores do site “Intercept”, criou o “Ocupa Política”, voltada prioritariamente para novas lideranças do PSOL. Soros já tinha apostado suas fichas no Brasil em 2016, antes de impulsionar formalmente o “Ocupa”, no financiamento da campanha do então vereador Davi Miranda (hoje deputado federal pelo PSOL), marido do seu amigo pessoal Glenn Greenwald. Após criar a espécie de ONG do século XXI, “Ocupa Política”, Soros já conta com uma bancada de 17 parlamentares, com viés de muita alta política no encerramento deste pleito municipal de 2020. Até aqui sem grandes novidades, mas quando uma corrente política de esquerda como a Resistência, que até 4 anos atrás integrava a LIT, resolve aceitar a “força” da Fundação Soros (na forma do Ocupa), na certeza da eleição de uma dezena de vereadores, é sinal que o revisionismo do Programa de Transição já ultrapassou todas as fronteiras de classe.