CARREFOUR ASSASSINA COVARDEMENTE JOÃO FREITAS: VINGAR A
MORTE DO IRMÃO NEGRO COM A EXPROPRIAÇÃO DA MULTINACIONAL RACISTA! ORGANIZAR A
MOBILIZAÇÃO PARA IMPOR UMA DERROTA AOS CAPITALISTAS E SUA POLÍCIA
SEGREGACIONISTA!
O covarde assassinato de João Freitas, um homem negro de 40 anos, cometido por policiais militares e seguranças privados, ocorreu no Carrefour na zona norte de Porto Alegre, no bairro Passo D’areia. João Alberto Silveira Freitas fazia compras com sua esposa no supermercado, houve uma discussão com uma funcionária da rede multinacional (fiscal de caixa) que chamou o segurança da empresa. Um PM foi acionado também, que supostamente estaria fazendo compras, e ajuda o segurança a matar João, arrastando-o para fora do Carrefour para o brutal espancamento que finalizou com sua morte. Uma ambulância pública foi chamada tentando inutilmente reanimar João, mas não obteve sucesso, ele já estava morto. Os seguranças e o PM aguardaram a chegada da ambulância em cima do cadáver de João , foram detidos em flagrante por homicídio qualificado. João Alberto Freitas era popularmente chamado de “Nego Beto” pelos seus amigos, além de ser uma figura bastante querida e admirada por toda sua comunidade. Sua morte não poderá ficar impune, com um simples processo administrativo e judicial que resultará mais uma vez na impunidade de seus verdadeiros assassinos: A multinacional racista Carrefour! É preciso mobilizar as massas oprimidas na luta pela expropriação desta empresa imperialista e segregacionista! Os seguranças e policiais que assassinaram nosso irmão, seguem às ordens da corporação capitalista, que tem em sua “plataforma ideológica” a defesa do escravismo como fonte da acumulação originária do atual modo de produção. Expulsão e expropriação desta multinacional (Carrefour) do Brasil! Combater pelo poder operário para liquidar o racismo e seu Regime de opressão contra o povo pobre e negro!
A rede de supermercados Carrefour é uma multinacional que carrega um histórico com
episódios recentes de violência, racismo, exploração e descaso envolvendo os clientes e os
próprios funcionários. Em 14 de agosto deste ano, um promotor de vendas do
Carrefour faleceu enquanto trabalhava em uma unidade do grupo, em Recife (PE). O
corpo de Moisés Santos, de 53 anos, foi coberto com guarda-sóis e cercado por
caixas, para que a loja seguisse em funcionamento e permaneceu no local entre
8h e 12h, até ser retirado pelo Instituto Médico Legal (IML).
Em maio de 2019, a Justiça do Trabalho de São Paulo concedeu
liminar pedida pelo Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região contra o
Carrefour, que estaria controlando a ida dos empregados ao banheiro. A juíza
Ivana Meller Santana, da 5ª Vara do Trabalho de Osasco, identificou condições
consideradas degradantes para os trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos
Comerciários, nas sedes de sete cidades (Barueri, Carapicuíba, Embu, Itapevi,
Jandira, Osasco e Taboão da Serra), operadores de atendimento e de
telemarketing são obrigados a utilizar "filas eletrônicas" para o uso
do banheiro. Além disso, devem manifestar necessidade do uso, registrando o
nome no sistema eletrônico de fila e avisar ao supervisor em caso de urgência.
Em dezembro de 2018, um cão que estava no estacionamento de uma das lojas da empresa, em Osasco, morreu após ser envenenado e espancado por um funcionário. "Um segurança do Carrefour que matou o cachorro. Ia ter uma visita de supervisores da matriz e o dono do mercado, da filial de Osasco, pediu para o funcionário dar um fim no cachorro. Ele deu chumbinho no meio de mortadela, e agrediu o cachorro", afirmou Rafael Leal, da ONG Cão Leal. A rede de hipermercados também não socorreu o animal. "O cachorro foi resgatado com vida todo ensanguentado por uma pessoa que estava perto e socorreu. Ele foi levado para uma clínica veterinária particular, mas morreu em atendimento."
Em outubro de 2018, funcionários da empresa, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, agrediram Luís Carlos Gomes, porque ele abriu uma lata de cerveja dentro da loja. Surpreendido pelos funcionários do supermercado, o cliente reiterou que pagaria pelo item. Mesmo assim, ele foi perseguido pelo gerente da unidade e por um segurança e depois encurralado em um banheiro, onde recebeu um mata-leão. Gomes, que é deficiente físico, teve múltiplas fraturas e, como sequela de uma cirurgia, ficou com uma perna mais curta que a outra. Ele acusou o supermercado de racismo e discriminação e pediu uma indenização de R$ 200 mil.
Em dezembro de 2017, trabalhadores do Carrefour que
reivindicaram benefício de remuneração por trabalho em feriados foram demitidos
da empresa, com a justificativa de corte de gastos. Os funcionários, no
entanto, garantiram que os nomes que receberam a demissão estavam envolvidos em
movimentos grevistas. “Na verdade a empresa nunca teve cortes às vésperas do
Natal e Ano Novo. Em 12 anos de casa, nunca vi isso acontecer. Como sempre bati
minhas metas, portanto, gerava lucros, fica explícito o motivo de retaliação a
fim de desestabilizar o movimento, sim”, contou um ex-funcionário na época. Os
funcionários que trabalharam durante os feriados de novembro de 2017 receberam
apenas R$ 30 por dia trabalhado, menos da metade do que recebiam antes. Um
empregado que recebe R$ 1.290 por mês, ou R$43 por dia, deveria receber R$ 86
por feriado, já que a diária era dobrada nesses dias.
Em 2009, seguranças da rede de hipermercados agrediram o
vigia e técnico em eletrônica Januário Alves de Santana, de 39 anos, no
estacionamento de uma unidade em Osasco. Ele teria sido confundido com um
ladrão e foi acusado de roubar o próprio carro, um EcoSport. Após o caso,
manifestantes protestaram no estacionamento da unidade, onde estenderam uma
faixa de 30 metros com a frase: “Onde estão os negros?”. Carros também exibiram
protetores de para-brisa com a frase “Carrefour racista”.
Diante de mais esse assassinato de um negro e da ação racista no Carrefour protestamos contra a política de genocídio do povo negro pelo Estado burguês e as empresas capitalistas, a política de perseguição aos explorados pelos grandes grupos econômicos que caçam os “consumidores” pobres e marginalizados que não fazem o perfil social “aceitável” pelos supermercados.
O assassinato do "Nego Beto" faz parte da ofensiva reacionária que vem se impondo no país, como parte
do ataque do governo Bolsonaro as conquistas dos trabalhadores. Afirmamos a
necessidade de organizar comitês de autodefesa para barrar a sanha assassina do
capital contra os trabalhadores e povo pobre e lutamos pela expropriação da
multinacional racista!