quinta-feira, 5 de novembro de 2020

“LOCKDOWN ELEITORAL”: MECANISMO ANTIDEMOCRÁTICO (AO LADO DAS PESQUISAS MANIPULADAS) IMPOSTO PARA BENEFECIAR OLIGARQUIAS DOMINANTES E SEUS CANDIDATOS NO CIRCO DA DEMOCRACIA FRAUDADA 

Os Tribunais Regionais eleitorais (TRE´s) estão decretando “Lockdown eleitoral” em vários estados usando cinicamente o suposto risco da “segunda onda” do Coronavírus como pretexto para impedir as campanhas de rua (aglomerações) em meio a disputas polarizadas. Desta forma esse órgão da justiça eleitoral burguesa nos estados, invariavelmente controlado pelas oligarquias locais que indicam seus desembargadores fantoches (responsáveis por julgar as pendências nas disputas municipais em curso) com essa decisão visam favorecer as candidaturas dos partidos da ordem ligados aos grandes caciques que controlam a política burguesa nos estados e municípios.

Nos últimos dias vimos o TRE de Pernambuco e Ceará entre outros proibir a realização de comícios, bandeiraços, passeatas, caminhadas (ainda que no formato de Drive-in) alegando que podem propagar o Covid-19. Trata-se de uma manobra antidemocrática aberta, que pode recorrer inclusive a força policial, tomada para favorecer as grandes candidaturas ligadas as máquinas administrativas que em conluio com os grandes empresários vão ditar a vontade popular manipulada.

Ao lado desse “Lockdonw eleitoral”, as pesquisas fraudadas sem qualquer comprovação e, por fim, o voto eletrônico que pode ser alterado via software vão ditar os candidatos preferenciais no regime burguês, que via de regra estão alinhados ao chamado “centro-político” (PSDB, DEM, PSD, PSB, PDT) e aos gestores que já controlam as prefeituras. Foi o que vimos na disputa em São Paulo com Bruno Covas passando Russomano e no Rio de Janeiro com Paes (DEM) na dianteira e Crivella indo para baixo, sendo ultrapassado por Marta Rocha (PDT). O mesmo ocorre em Fortaleza, com o apagado fantoche dos Ferreira Gomes (Sarto-PDT) ultrapassando o candidato bolsonarista (Wagner-PROS) e em Recife onde o representante da oligarquia Campos, João Campos (PSB) ponteando e o empate técnico fica estabelecido entre Marília Arraes (PT) e a direitista delegada Patrícia (Podemos). Nestas duas cidades não se pode mais fazer campanha eleitoral, sob risco de ser preso pela PM! 

Esses resultados são impostos pelas pesquisas fraudadas (IBOPE, FOLHA) feitas em consórcios pelos conglomerados da mídia também controladas por essas mesmas oligarquias nos estados (agora supostamente feitas por telefone sem qualquer fiscalização) que ditam a “vontade popular” na democracia dos ricos. Com essas manobras baseadas no terror sanitário onde se impõe a paralisia das massas em nome das cretinas ilusões eleitorais, esse espectro político ganhará no Rio, São Paulo, Fortaleza, Recife, BH e em outras grandes capitais. Esse campo será a base da aliança partidária que o grosso da burguesia deseja construir para o embate presidencial de 2022, onde a extrema direita representada por Bolsonaro deve ser descartada, ainda mais com a vitória de Joe Biden nas eleições ianques. 

Os chamados candidatos “bolsonaristas” declarados (Crivella no Rio, Russomano em São Paulo, Capitão Wagner em Fortaleza...) não devem ganhar nos principais polos políticos, mas em contra partida terão razoável densidade de votos se cacifando como nomes de apoio ao presidente na disputa para governadores em 2022, construindo assim o “equilíbrio político” do regime burguês entre o “Centro e a Direita”. 

Por fim, PT, PCdoB e PSOL que são parte desse circo e não questionam essas medidas antidemocráticas não passam de figurantes a serviço da fraude eleitoral. O PSOL e o PCdoB podem eleger prefeitos em uma capital cada (Belém e Porto Alegre) mas nada está garantido, a não ser a busca por uma frente ampla burguesa para se consolidarem como “bons gestores” do capital nestas cidades. Boulos em São Paulo, indo provavelmente para o segundo turno, é parte da politica da burguesia de catapultar a “esquerda identitária e domesticada” em lugar do PT, partido que ainda tem lanços orgânicos (mesmo que cada vez menos e de forma abertamente corrompida) com o movimento de massas e os sindicatos. 

Os Marxistas Revolucionarias estão na linha de frente na denúncia do “lockdown eleitoral” como parte da imposição da nova ordem mundial ditada pelo grande capital tendo como lastro as ordens da OMS que ataca as liberdades democráticas. A militância da LBI, enfrentando tanto o terror sanitário vem desenvolvendo nas ruas, locais de trabalho e estudo uma intensa campanha de agitação política em defesa do Voto Nulo voltada a desmascarar essa democracia fraudada!