quinta-feira, 12 de novembro de 2020

“SEJA MUITO BEM VINDO”: OTAN FELICITA BIDEN, “FORTE APOIADOR” DA ALIANÇA MILITAR IMPERIALISTA... ESQUERDA REFORMISTA TAMBÉM CELEBRA VITÓRIA DO CARNICEIRO “DEMOCRATA”!

O Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, parabenizou o carniceiro imperialista Joe Biden por sua “vitória” nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, a quem ele considerou um "forte apoiador" da organização militar das metrópoles capitalistas e com quem espera trabalhar para fortalecer o vínculo transatlântico neocolonialista após quatro anos de deterioração das relações com o reacionário republicano Donald Trump, que se mostrou incapaz de levar a frente os planos de guerra dos falcões imperialistas. 

“Saúdo calorosamente a eleição de Joe Biden como o próximo presidente dos Estados Unidos. Conheço Biden como um forte apoiante da OTAN e das relações transatlânticas”, disse Stoltenberg em comunicado. “A liderança americana é mais importante do que nunca em um mundo imprevisível e espero trabalhar de perto com o presidente eleito Biden, a vice-presidente eleita Kamala Harris e o novo governo para fortalecer ainda mais o vínculo entre a América do Norte e a Europa”, acrescentou. Tais declarações demonstra a afinidade de Biden com a ofensiva militar imperialista mundial que tem a OTAN como ponta de lança.

Stoltenberg considerou que uma OTAN "forte" é importante para ambos os lados e sublinhou que os aliados precisam da sua "força coletiva" para enfrentar muitos desafios, incluindo uma Rússia mais forte, terrorismo internacional, ameaças cibernéticas ou de mísseis e a mudança no equilíbrio global de poder com a ascensão da China. “Só teremos segurança e sucesso se enfrentarmos esses desafios juntos”, disse o secretário-geral da Aliança, lembrando que os 30 países que a compõem representam 1 bilhão de pessoas e respondem por metade do poder econômico e militar mundial.

Durante seus quatro anos no cargo, Donald Trump questionou a própria importância da OTAN, uma aliança de defesa mútua inter-imperialista estabelecida em 1949, bem como o papel que os Estados Unidos desempenham nela, e acusou duramente o resto dos parceiros por sua pouca contribuição financeira para a Aliança. Uma segunda presidência do republicano, cuja bandeira é sua rejeição às instituições multilaterais, poderia ter sido crítica para a OTAN.

Não por acaso, Joe Biden, conversou nesta terça-feira, 10, com seu contraparte francês, Emmanuel Macron, e expressou o desejo de “revitalizar os laços bilaterais e transatlânticos”, apontando para a OTAN e a União Europeia, que muitas vezes foram danificados durante o governo de Donald Trump. Em sua primeira conversa telefônica, os dois também falaram sobre o futuro da cooperação na luta contra a pandemia e a ameaça das mudanças climáticas, segundo um comunicado emitido pela equipe de transição democrata.  

Joe Biden “agradeceu ao presidente Macron pelos cumprimentos e expressou seu desejo de fortalecer as relações entre os Estados Unidos e a França, seu aliado mais antigo”, afirma o documento. “[O presidente Macron] cumprimentou Joe Biden e sua vice-presidente, Kamala Harris, e assegurou-lhes sua vontade de trabalhar juntos em temas contemporâneos: clima, saúde, luta contra o terrorismo e defesa dos direitos fundamentais”, informou o Palácio do Eliseu.

Biden iniciou as conversas com líderes estrangeiros na segunda-feira (9), com um telefonema do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Também falou nesta terça com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que disse estar ansioso por “fortalecer a relação” entre Reino Unido e Estados Unidos, com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o chefe de governo irlandês, Micheal Martin. Merkel, que teve relações tensas com Trump, telefonou para Biden para cumprimentá-lo pela vitória e assegurar “uma colaboração estreita, baseada na confiança”.

Nesse contexto de felicitações burguesas, os fascistas ligados ao complexo industrial militar se mostram prontos agora para voltar em cena com Biden, já que Trump fracassou em quase todos seus impulsos guerreiristas, nem mesmo a Venezuela de Maduro conseguiu atacar. 

Figuras como Hillary Clinton, Susan Rice e até Samantha Power, a ex-embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidos, todas elas membros destacados do Deep State, estão prontas para retornar a ofensiva no governo Biden. Mas sem dúvida alguma a personalidade de linha de frente do Deep State será Kamala Harris, que se prepara para assumir em breve a Casa Branca, substituindo o decrépito e demente Joe Biden, Kamala é da linha duríssima contra a Rússia , Coreia do Norte, Irã e Venezuela, inclusive como senadora não assinou um projeto de lei (de autoria da esquerda Democrata) para impedir uma guerra contra a Venezuela e Coreia do Norte.

Desgraçadamente a esmagadora maioria da esquerda mundial apoiou Biden. Um pequeno setor da esquerda mundial, do qual a LBI se insere, não apoiou Biden, apesar de que no interior deste arco se verificou uma gradação enorme de posições políticas diante do Partido Democrata. 

Várias destas organizações que se reivindicam Trotskistas, estiveram até pouco tempo atrás na campanha do senador Democrata Bernie Sanders (como o PCO por exemplo) e somente quando este retirou sua indicação no interior do PD, resolveram não seguir com Biden, alegando que o ex-vice presidente dos EUA pertencia a “ala dos falcões imperialistas”. 

Diante da consumação do triunfo Democrata, deixando o reacionário palhaço sem poder algum de reação na Casa Branca, estes setores que não apoiaram Biden, agora passaram a “recordar” com mais ênfase os golpes e guerras promovidas pelos Democratas, o que não deixa de ser um pequeno avanço político. Porém estes setores revisionistas são reféns da criminosa OMS, muitos dos quais estão se corrompendo pelas “gorjetas” distribuídas pela Big Pharma na direção de cooptação da esquerda (parece ser o caso do PTS argentino que não para de fazer propaganda da “maravilha” das vacinas dos laboratórios imperialistas). 

Nesta lógica nenhuma destas correntes revisionistas é capaz de denunciar a introdução da Nova Ordem Mundial, controle (repressão) sanitário e isolamento social, projetada pela governança global do capital financeiro para tentar contornar a agônica crise estrutural do modo de produção capitalista.