sábado, 16 de maio de 2020

PELO DIREITO À VIDA DOS CONDENADOS QUE NÃO OFERECEM RISCOS A SOCIEDADE: LIBERDADE PARA TODOS OS PRISIONEIROS QUE ENFRENTARAM AS “REGRAS” DO CAPITAL


Rebeliões irromperam em presídios do mundo inteiro, impulsionadas pela pandemia do coronavírus, diante da ameaça direta à vida dos prisioneiros pela Covid e sua rápida disseminação em ambientes com forte densidade humana e sem as mínimas condições de proteção sanitária. Os presos, já vivendo em condições miseráveis, prisões superlotadas e sem estrutura minimamente dignas, se revoltaram em diversos países da América Latina, como Venezuela, Peru e Colômbia, entre outros, assim como em Serra Leoa e Estados Unidos. Porém em El Salvador (ver fotografia) a situação dos presidiários parece a mais dramática de todas. O país, que possui capacidade apenas para 18.051 presos, prende mais de 50.000 pessoas em ambientes de calor extremo, com condições sanitárias precárias e disseminação de tuberculose. Segundo o Jornal Pan-Americano de Estudo de Saúde Pública, a taxa de infecção de tuberculose nas prisões de El Salvador é 50 vezes maior do que na população geral. Como o novo coronavírus se dissemina de forma similar à tuberculose, esperava-se uma medida minimamente humanitária do Estado Burguês para evitar esta catástrofe anunciada. Segundo o infectologista Jorge Panameño, a situação é uma "bomba relógio". Entretanto o presidente reacionário Nayib Bukele, que tem um histórico de campanha “contra as facções” (e presos por quaisquer delitos no geral), não tomou medida alguma para evitar a disseminação da doença nas cadeias. Pelo contrário, diante de confrontos recentes entre facções, o reacionário tomou medidas ainda mais radicais contra os presos em geral, inclusive autorizando os agentes a “atirar para matar”. O presidente e o vice-ministro da justiça ainda defenderam o isolamento dos prisioneiros para que "eles não possam mais ver a luz do dia. Após isso, surgiram vídeos e imagens do dia 25 de abril em prisões como a de Izalco mostrando abusos policiais contra os presos, que foram agrupados sob ameaças e uso de força, grudados uns sob os outros, sem respeitar as medidas de distanciamento recomendadas. Os Marxistas defendem vigorosamente em todos os países, a libertação de todos os presos políticos e também os chamados “comuns” que não ofereçam riscos ou ameaças de vida para a sociedade.